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08/05/2009 - 02h30

Educação, Suplicy, Bolsa Família, Sérgio Moraes

da Folha Online

Educação

"O pacote educacional anunciado por Paulo Renato e Serra reproduzem mais do mesmo. As 72 mil vagas para o concurso anunciado em 2008 se transformaram em 10 mil e outras 50 mil a perder de vista. Novamente querem submeter 80 mil profissionais que estão, alguns há 20 anos no magistério, a uma prova, que não lhes garante a efetivação. Afirma criar uma jornada de 12h. O salário será de R$ 580. Para coroar seu pacote, ainda deixarão de quarentena de 200 dias os novos contratados, após um contrato máximo de um ano de trabalho. Para defender a educação é necessário garantir a estabilidade aos professores, cumprir a lei do piso e garantir 1/3 de hora atividade e realizar concurso público para os 60 mil cargos que serão criados com o cumprimento da lei. É preciso reduzir o número de alunos por sala a no máximo 25 alunos e acabar com a famigerada 'promoção automática'. Quanto ao salário, é bom deixar claro que os professores PEB I (1º a 4º série) recebem R$ 6,54 por aula e os PEB II (5º série até ensino médio) recebem R$ 7,57 por aula. Os professores precisam ser respeitados. É necessário reajuste de salários."

JOÃO LUÍS DIAS ZAFALÃO, professor de história da rede estadual e secretário de Política Sindical da Apeoesp (São Paulo, SP)

*

"De tempos em tempos surgem ideias mirabolantes para reformular o sistema público de ensino.
Os grandes pensadores dos gabinetes do MEC acreditam que a simples mudança por áreas afins será a solução para atingir a almejada qualidade do ensino. Infelizmente não passa de mais uma utopia delirante daqueles que antes de ir para a Finlândia deveriam percorrer primeiro o Brasil. Burocratas, procurem sair de seus gabinetes e constatar a realidade da escolas públicas. Não se melhora o ensino público através de um decreto ou da troca de um secretário."

ANTÔNIO CARLOS FRANCISCO DE OLIVEIRA, professor da rede pública estadual e municipal de São Paulo (São Paulo, SP)

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"Na década de 1990, o governo FHC baixou diretrizes curriculares para o ensino médio que pretenderam romper as linhas demarcatórias das disciplinas, organizando os conteúdos em áreas do conhecimento. Tal proposta, exaustivamente discutida na academia, chegou às redes estaduais na forma de um discurso vazio, improdutivo e logo fadado ao fracasso.
Em que pese a distância político-ideológica entre aquelas diretrizes e o novo projeto do MEC que sugere acabar com a fragmentação curricular, as exigências para implementação são as mesmas e estão muito longe de estarem dadas: melhoria da estrutura de todo o sistema, formação adequada do magistério, dignas condições de trabalho (dedicação dos professores a uma só escola, por exemplo), recursos didáticos variados e atualizados, maior tempo dos alunos na escola, valorização do magistério, níveis salariais que atraiam os melhores profissionais, dispostos a serem avaliados periodicamente etc. Onde está a vontade política para investimentos de tal vulto?"

DAGMAR ZIBAS (São Paulo, SP)

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Suplicy

"Pesou muito o suposto perfil ético de Eduardo Suplicy para que os paulistas o elegessem senador. Se agora vimos constrangidos que a ética não o diferencia dos demais senadores, também precisamos nos atentar que ele trabalha mais ardorosamente para aprovar seu programa de Renda Mínima do que por São Paulo, Estado que foi eleito para representar no Congresso."

ENI MARIA MARTIN DE CARVALHO (Botucatu, SP)

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Bolsa Família

"O recente relatório do TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o mais importante programa de transferência de renda do governo Lula, o Bolsa Família, informa que 3,4% da folha de pagamento do programa são indevidamente pagos. Cerca de R$ 27 milhões mensais são distribuídos para beneficiários que têm renda maior do que o mínimo exigido, são proprietários de veículos, já morreram, são pagos em duplicidade ou, pior, são políticos eleitos nos pleitos de 2004 e 2006. Conclui-se que, da mesma forma que o pênalti no futebol deveria ser cobrado pelo presidente do clube, um programa de tal envergadura não poderia ser administrado pelo governo que aí está."

VICTOR GERMANO PEREIRA (São Paulo, SP)

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Sergio Moraes

"No momento atual brasileiro, confundem alhos com bugalhos. E os próprios meios de comunicação parecem não perceber. Ética não é crime, apenas comportamento --que é mais subjetivo.
Quando o deputado federal Sérgio Moraes declara tranquilamente para um repórter, publicamente antecipando seu voto, 'estou me lixando para a opinião pública, até porque parte dela não acredita no que vocês escrevem, vocês batem, mas a gente se reelege', está comprovando enorme falta de ética. E é o relator do processo contra Edmar Moreira. Deveria ser cassado na hora.
O último tem contra si delitos facilmente comprováveis na Justiça, mas tem imunidade parlamentar para fazer qualquer falcatrua dentro da Câmara ou fora dela, pelo corporativismo patente de seus pares. O problema é que, em parte, o relator tem razão. Provavelmente vai se reeleger.
Resta-nos apenas desabafar para os jornais."

JOÃO ALBERTO BERUTTI VARGAS (Brasília, DF)

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"Esse deputado Sérgio Moraes deveria ter vergonha na cara para dizer o que falou Câmara, afirmando que o povo que se lixe, pois não liga para nada do que falam dos deputados e continuam votando neles. O povo que o elegeu deve dar-lhe o troco e não votar nele.
Uma pessoa como ele, que nem fala o português direito, não deveria estar na Câmara do povo, somente usufruindo benesses, recebendo salário altíssimo e não fazendo nada de valor. Ele deve ser abolido da Câmara!"

MARIA DA PIEDADE DE PAULA (São Paulo, SP)

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Refis

"Temos 85% de 129 mil empresas excluídas do programa Refis. Quantas outras não foram aceitas no programa ou quebraram antes? Se cada empresa tem no mínimo dois sócios, será que temos por volta de meio milhão de empresários incompetentes, ou um governo usurpador e mofatrão?
De 1990 para cá, foram cometidos os mais airados desaforos econômicos neste país, com reduções sucessivas de prazos de recolhimentos de tributos, inflação, aumentos progressivos de alíquotas de impostos e planos econômicos recessivos e monetaristas, que inviabilizaram a atividade industrial da maioria das empresas que tradicionalmente vendiam a prazo e que viram os seus faturamentos virarem pó, no momento do recebimento dos seus títulos. Quem na época não enxergou uma inadimplência geral e irrestrita porvindoura não tem conhecimento mínimo de matemática elementar. E tudo corrigido pela Selic (Sistema Eficaz e Letal para a Imolação de Contribuintes)."

CARLOS FREDERICO BOMEISEL (São Paulo, SP)

 
 

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