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17/05/2009 - 02h30

Petrobras, Ronaldo, violência, soluções

da Folha Online

CPI da Petrobras

"O que leva o nosso excelentíssimo presidente da República a pensar que a Petrobras é imune a desvios administrativos, morais, legais ou financeiros e que não deve ser investigada diante dos recentes indícios de má administração?
Retomemos a edição do programa "Café com o Presidente" veiculado pela Radiobrás em 28 de maio de 2007. Na ocasião, o noticiário nacional repercutia a Operação Navalha da Polícia Federal, que resultou na prisão de políticos, servidores públicos e empresários.
Questionado sobre como avaliava a operação, Lula foi claro: 'Eu tenho dito (...) todo santo dia: 'Sabe, se as pessoas não querem ser molestadas pelo Ministério Público ou serem molestadas pela imprensa, as pessoas que não cometam erros. Se não tiver erros, não há investigação a respeito das pessoas. Portanto, eu acho que é preciso que a gente estabeleça uma política de seriedade no Brasil. Todas as denúncias de corrupção, todas, sem distinção, contra quem quer que seja, serão investigadas''.
Em suas considerações finais naquela mesma entrevista, Lula completou: 'Nós iremos investigar todas as denúncias que forem feitas, doa a quem doer, seja contra quem quer que seja. Se houver indícios de prova, o papel do governo é facilitar que a Polícia Federal faça investigação, que o Ministério Público faça investigação'.
Não me parece 'briga de adolescentes' o interesse de investigar uma empresa, a maior do Brasil, que tem receitas líquidas superiores a R$ 40 bilhões e que reúne milhares de acionistas no Brasil e no exterior. Trata-se de uma questão de interesse geral e, como tal, não deve ser subestimada como uma contenda partidária qualquer.
É fato que, numa CPI, não é a Polícia Federal nem o Ministério Público que investigam, e tais comissões muitas vezes tornam-se palco de queixumes partidários, que só distorcem o seu real propósito. No entanto, desvio é desvio, independentemente de quem o revele e o investigue e, como tal, deve ser tratado e punido, se for o caso.
Em suma: mais irresponsável do que a criação de uma CPI para apuração de fatos é a incoerência do discurso, que se alterna ao sabor das conveniências. A propósito, quantas CPIs o então oposicionista PT de Lula tentou criar em outros tempos, e quantas já tentou abafar agora, que é governo?"

HEITOR DINIZ (Belo Horizonte, MG)

*

"A oposição ao governo Lula está desnorteada, sem projeto nem discurso com os quais se contrapor ao popular governo Lula. A instalação da CPI é uma maneira desesperada de tentar influenciar a narrativa da campanha, que inevitavelmente será favorável ao candidato(a) governista, porque é [quem apresenta] uma plataforma consistente. Todos sabemos desde já que o objetivo da CPI não é investigar a Petrobras e aperfeiçoá-la, mas sim criar constrangimentos numa área bem-sucedida da atual gestão. O esforço, no entanto, se revelará fútil: a 'CPI da Oposição' não responde aos anseios da sociedade, por isso não encontrará eco nela. Essa CPI descabida, inócua, inorpotuna e eleitoreira apenas revela a total falta de rumo e de propostas da oposição tucano-pefelista, assim como a total falta de contato com a opinião pública, que está preocupada com outras questões. Quem duvida que a popularidade do governo Lula permanecerá intacta? Lamentável a atitude antipatriótica da pposição tucano-pefelista, neste momento delicado em que deveríamos estar discutindo questões bem mais substanciais relativas à crise mundial, à educação no século 21 etc."

BERNARDO JUREMA (Londres, Inglaterra)

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Ronaldo

"Creio que não foi a hora certa de o Ronaldo 'fenômeno' revelar suas mágoas com relação ao presidente da CBF, Ricardo Teixeira ( Esporte, 16/5). Ronaldo tem que mostrar serviço jogando futebol, recuperando a forma para merecer ser convocado e não desrespeitar a hierarquia de quem tem o comando do futebol pentacampeão do mundo. Teixeira tem mostrado elegância e torcida favorável ao retorno de Ronaldo. Posicionamento perfeito. Agir com destempero e remoendo o passado não acrescenta nada ao convivio civilizado entre as pessoas. Ronaldo foi infantil, deu um tiro no pé e motivos para torpes maledicentes que ficam desapontados com o sucesso da seleção e da gestão Ricardo Teixeira."

VICENTE LIMONGI NETTO (Brasília, DF)

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"Ronaldo, o fenômeno, prestou mais um serviço à sociedade brasileira quando afirmou que prefere que seu filho seja educado na Europa: mostrar como nossa sociedade está decadente. Há muito os nossos valores estão sendo invertidos e subvertidos. Sou filho de imigrantes e ouço do meu pai, com mais de 80 anos, como a sociedade brasileira mudou _e para pior. Falamos muito dos políticos, mas ninguém fala dos motociclistas de São Paulo que 'se lixam' para os demais motoristas e circulam perigosamente entre os carros. Ninguém fala dos motoristas que furam filas e 'se lixam' para os que estavam aguardando sua vez. Ninguém fala das pessoas que passam sua frente para pedir 'apenas uma informaçãozinha' e 'se lixam' para os que estavam horas na fila aguardando sua vez. Poderia ocupar todo este espaço com outros exemplos e 'me lixar' para os demais que gostariam também de expressar sua opinião. Mas vou parar por aqui e citar o fabuloso colunista Clóvis Rossi na coluna de 16/5 ( Opinião): 'Como fica ilusória essa história de potência emergente diante da constatação de que não emergiu um país em que um brasileiro típico deseje criar filhos'. Eu completaria dizendo como fica um país emergente em que vários imigrantes que conseguiram vencer também querem desistir?"

JOSÉ VALTER MARTINS DE ALMEIDA (São Paulo, SP)

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"Sabemos todos que, quando o deputado Sérgio Moraes disse que estava 'se lixando para a opinião pública', ele refletia o posicionamento da maioria dos parlamentares deste país, os quais a quase totalidade não tem a sinceridade de expressar, de maneira tão tosca quanto a dele, o seu pensamento.
O que tem de ser analisado é que a maioria dos brasileiros está 'se lixando para o Brasil', principalmente para as suas instituições mais representativas, como os Parlamentos, também hipocritamente alcunhados de 'casas do povo'. O depoimento de Ronaldo Fenômeno na sabatina da Folha mostrou bem o que significa isso. O maior ídolo do nosso futebol na atualidade também está 'se lixando para o Brasil', preferindo educar seu filho na Europa. Enquanto os ricos, como Ronaldo, podem adotar tal posicionamento, a classe média, que 'carrega o piano' pagando impostos absurdos para manter as políticas equivocadas e até desonestas que os nossos políticos patrocinam, arrogante e alienadamente continua 'se lixando' para a política. Esse é o retrato mais acabado do Brasil. Lamentavelmente."

JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

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"O jogador do Corinthians, Ronaldo, quando disse que prefere que seu filho seja europeu e tenha amigos europeus a brasileiros simplesmente foi sincero. Infelizmente essa é a dura realidade, nosso país sofre uma crise moral muito profunda, onde vemos todos os dias pessoas querendo levar vantagem sobre as outras, atitude que apelidamos de 'jeitinho brasileiro'. O reflexo está nas ruas, no trânsito, no Congresso, seria hipocrisia negar isso. Todos nós cidadãos brasileiros devemos pôr a mão na consciência e nos perguntarmos se estamos sendo éticos nas nossas atitudes, se não estamos ferindo as liberdades individuais dos outros, [se estamos] respeitando as leis. Só assim este país sairá do buraco moral em que se encontra e será um país digno de ter orgulho."

GUILHERME VERHALEN (São Paulo, SP)

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Segurança pública

"É um alento ver um homem público como o secretário da segurança paulista Antonio Ferreira Pinto ( Cotidiano, 15/5) assumir posição clara e corajosa contra a corrupção, num momento em que amorais que comandam máquinas públicas acham que defender valores vitais no serviço público é hipocrisia.
Tem razão o secretário, que deu mostras de sua rara coragem ao enfrentar lideranças criminosas nos presídios quando comandava a administração penitenciária. O início da trajetória vencedora da polícia de Nova York começou com a declaração de tolerância zero contra a corrupção nos quadros policiais e nossos verdadeiros policiais devem declarar essa intolerância aos maus colegas. E que isso sirva de exemplo a qualquer um tenha responsabilidade com recursos públicos. É chegada a hora de as pessoas de bem terem a mesma ousadia dos canalhas."

JOSÉ VICENTE DA SILVA FILHO (São Paulo, SP)

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Soluções

"É curioso ler na Folha, durante a semana, os textos escritos por alguns políticos de grande expressão nacional. Gabeira e Sarney, na sexta-feira ("Chovendo em nossa cabeça" e "A pedra angular", respectivamente), e Marina Silva, na segunda-feira ("Vigília pela Amazônia"), são bons exemplos. Quase sempre, todos reconhecem a existência de graves e variados problemas no Brasil, apontam os responsáveis, apresentam possíveis soluções e indicam ações a serem tomadas pelos diversos governantes. Reconheço que o espaço concedido pelo jornal é importante. No entanto, temos poucos resultados concretos no cotidiano dos brasileiros. Onde estaria o erro? Aparentemente, não é na falta de ideias. Seria, então, na incapacidade administrativa? Ou seria apenas na falta de real interesse da classe política? Aparentemente, os problemas continuam rendendo mais votos do que as soluções!"

FLÁVIO GALVÃO PEREIRA (Campinas, SP)

 
 

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