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18/05/2009 - 02h30

corrupção, educação, Ronaldo, terceiro mandato

da Folha Online

Corrupção eleitoral

"Quero cumprimentar a Folha pela cobertura dada às investigações do MPE/SP acerca do abuso do poder econômico nas eleições de 2008. Na matéria 'Promotoria mira doações de empreiteiras' ( Brasil, ontem), a Folha destrincha a relação incestuosa entre grandes empreiteiras e candidatos nas eleições. A pergunta que não quer calar: 'Por que será que essas empresas derramam milhões de reais em campanhas políticas?'
Por que será que dez vereadores tucanos que receberam vultosas doações da AIB foram justamente os que deixaram Geraldo Alckmin falando sozinho na campanha? Torço para que o promotor eleitoral Mauricio Lopes não se renda às pressões políticas e tenha coragem para levar adiante as ações contra os 29 vereadores paulistanos que fizeram uso de verba ilegal na campanha de 2008. Cumpra-se a lei!"

ÁLVARO ALVES DA CRUZ (São Paulo, SP)

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Ronaldo

"Cada vez que um bem-sucedido se manifesta, tem de considerar a repercussão de sua fala para o orgulho de nosso povo, tão surrado e sem muito com que se orgulhar, para dizer o mínimo. Se Ronaldo escolhesse educar seus filhos no Brasil e em escolas públicas, certamente contribuiria muitíssimo para a melhoria da qualidade do ensino, entre outras vantagens. Seria muito bom, para os brasileiros e para o mundo, porque esse procedimento, com o tempo, proporcionaria benesses globalmente. Entretanto, cada pessoa tem o direito de escolher o que acha ser melhor para si e para os seus, ainda que para isso sepulte para sempre o sentimento patriota, incipiente."

GIL DOS SANTOS NETO (São Paulo, SP)

*

"Nosso craque Ronaldo faz questão de assegurar uma boa educação para seu filho deixando-o na Europa para estudar. Da mesma forma nossa família presidencial, como declarou dona Marisa Lula da Silva, providenciou passaportes europeus para os seus filhos a fim de assegurar um bom futuro para eles.
Não seria ótimo que o governo do sr. Lula criasse uma bolsa-educação para que todos os brasileiros pudessem mandar seus filhos para a Europa assegurando-lhes um futuro melhor e uma boa educação?"

JOSÉ LIMA MARTELLETTI (São Paulo, SP)

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Educação

"Gostaria de parabenizar a Folha pelo editorial de 17/5 onde aponta a violência dentro de sala de aula nas escolas ('Socorro ao professor'). A realidade é muito pior do que se imagina. Embora passe despercebida propositadamente pelo MEC e pelas secretarias da Educação, a realidade que nos é narrada e analisada nos cursos de práticas de ensino e estágios supervisionados da PUC-SP, observa-se que, além da violência entre alunos, verdadeiras gangues, há também a violência contra professores efetivos e eventuais, coordenação e direção.
Nota-se também a baixa procura por cursos de licenciatura, mesmo por sujeitos vocacionados, por medo do risco que eventualmente encontrarão, além dos salários de fome e da falta de subsídios necessários para a continuação de seu aprimoramento profissional, exclusivamente de responsabilidade do governo.
Os dados horripilantes semanalmente discutidos evidenciam um caos quase sem possibilidade de ordem. Não podemos culpar os professores, as escolas e os alunos. Eles são vítimas de um sistema oriundo de dirigentes de gabinete completamente longe da verdadeira realidade violenta que assola a escola como um todo.
Eis o motivo, além de outros gravíssimos, que coloca a educação brasileira como uma das piores do mundo."

CLAUDIO PICOLLO (São Paulo, SP)

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"Extremamente oportuno o editorial da Folha 'Socorro ao professor' sobre a crescente escalada da violência juvenil nas escolas públicas. Como os pais, na maioria das vezes separados, estão ausentes do processo educacional, recai sobre os ombros do professor uma carga enorme de responsabilidades: educador, orientador, psicólogo etc.
O governo estadual, sob o comando do PSDB, tornou-se, lamentavelmente, um grande ausente diante disso tudo, seja por sua política educacional equivocada, seja por não dispor de profissionais aptos para enfrentar tal situação. Com isso, o caos está instalado: alunos indisciplinados e professores despreparados e desmotivados.
É preciso que a Folha vá fundo na questão, elaborando matérias completas sobre os verdadeiros problemas enfrentados por alunos e professores no seu dia a dia, principalmente nas periferias das grandes e médias cidades do estado de São Paulo."

GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

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Aposentados

"Lula precisa saber que os 20 milhões de aposentados ou são ajudados por parentes e amigos ou, por incrível que possa parecer, sustentam parentes mais desafortunados do que eles. Assim, certamente, esse número deve ser multiplicado por três, e 60 milhões de eleitores não é um número desprezível nas eleições de 2010. O veto ao projeto do senador Paulo Paim é um tiro no pé e vai pesar muito na hora do vamos ver. Tem mais envolvidos no 'affair' aposentadoria do que nas alegrias irresponsáveis do Bolsa Família."

JOUBERT TREFFIS (Rio de Janeiro, SP)

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Terceiro mandato

"Com muito desgosto, leio a matéria 'Base aliada tem proposta de referendo para o terceiro mandato' ( Brasil, 17/5). É muito triste ver ruir a democracia brasileira conquistada pela luta de muitos. Uma Constituição existe para proteger a minoria; 51% da população não tem o direito de esmagar 49%, um referendo para um terceiro mandato não passa de uma manobra rasteira para ignorar a Carta Magna e esfaquear a democracia brasileira nas costas. É uma pena, uma lástima, uma vergonha."

JORGE DE AZEVEDO (Salt Lake City, EUA)

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O valor da publicidade

"Diz um velho ditado que 'a propaganda é a alma do negócio'. E é verdade. Às vezes ela até consegue vender 'gato por lebre'. Há quem diga que no Brasil a publicidade em órgãos de comunicação custa muito caro. Não sei, sou leigo no assunto. Mas confesso que fiquei impressionado com o montante gasto pelo governo federal no período de 2003 a 2008. R$ 6,3 bilhões. Para que o contribuinte tenha uma ideia, com esses bilhões poderiam ser construídas 240 mil casas populares, que abrigariam 1,2 milhão de pessoas, com cinco moradores por residência. Se em vez de casa se pensasse em adquirir carros populares, o número giraria também em torno de 240 mil unidades, o que daria para formar uma fila de Brasília ao Rio de Janeiro. Será que deu para o contribuinte entender este relato?"

JEOVAH FERREIRA (Taquari, DF)

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Cenário difícil

"Os três artigos da página A2, da edição do dia 16/5 ( Opinião), por coincidência ou por causa e consequência batem na mesma tecla e fazem as pessoas mais sensíveis se sentirem inúteis diante da fragilidade moral que nos marca atualmente.
Clóvis Rossi sugere que, para o jogador Ronaldo, não dá para educar o filho no Brasil, pois a educação que os pais oferecem aos filhos não inspira confiança para a convivência.
Segundo o texto de Fernando Rodrigues, o presidente Lula tenta, a todo custo, impedir uma CPI de investigar corrupção na Petrobras. Na minha condição de mero observador da nossa realidade, Lula, como nosso líder, deveria dar o exemplo, exigindo uma investigação. Afinal, quantas vezes, antes de ser eleito, brigou para que se combatesse a corrupção?
Ruy Castro mostra a impunidade quando ela parte especialmente das pessoas mais privilegiadas nas condições socioeconômicas, citando absurdo caso em que um deputado paranaense, com seu carro numa velocidade de 190 km por hora, bateu em outro matando seus dois ocupantes. E esse deputado já estava com a carteira cassada por excesso de velocidade.
Finalmente, em 'Frases', o nosso novo secretário de Segurança Pública afirma que só teremos uma polícia eficaz para combater a criminalidade se reduzirmos a corrupção.
Realmente, está difícil termos alguma esperança na melhoria da nossa sociedade e do Brasil. Mas, como professor, tenho ainda esperança, senão não seria mais professor."

JOÃO BATISTA NETO CHAMADOIRA (Bauru, SP)

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Carli Filho

"Agora aparece o pai do deputado playboy Fernando Carli Filho (que também tem uma lista enorme de multas por alta velocidade -e, convenhamos, nenhum funcionário vai arriscar tomar multa com o carro do patrão) e diz que 'não foi provado isso... não foi provado aquilo...', ou seja, é a velha prática dos políticos brasileiros: insistir numa mentira até que ela pareça verdade.
Enquanto o deputado playboy faz plástica em São Paulo para recuperar sua carinha bonita, os jovens assassinados por ele não têm mais nenhuma chance. Mas a família de um deles está montando uma ONG para combater a impunidade de políticos e tem o apoio de toda a sociedade paranaense.
Esperamos que a Justiça prevaleça, apesar da influência que os políticos têm sobre ela."

MÁRIO NOGUEIRA NETO (Ponta Grossa, PR)

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Voto em lista

"Não creio que alguém em sã consciência defenda a amputação como tratamento para unha encravada. Mas é essa a estapafúrdia tese de Pedro Vieira Abramovay e Felipe de Paula ('Em defesa das ideias', Tendências/Debates, 15/5): como no sistema atual o voto do eleitor pode beneficiar outro candidato que não o de sua escolha, propugnam como 'solução' suprimir-lhe a possibilidade de escolha, e transferi-la para o cacicado político. Por que não declaram logo que são a favor da perpetuação das oligarquias partidárias? Seria mais honesto."

CARLOS MARTINS (Rio de Janeiro, RJ)

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Sérgio Moares

"O deputado Sérgio Moraes, que declarou na semana passada estar 'se lixando para a opinião pública', pode ser inocentado de sua atitude. O corporativismo irá falar mais alto do que qualquer atitude que a sociedade venha tomar. O Conselho dito de Ética irá colocar tudo numa gaveta, fechar com uma chave e derreter a mesma para que ninguém, no futuro, venha a abrir.
Mas no fundo estamos todos nos lixando também.
Estamos nos lixando pelos deputados que dão passagens aéreas para parentes e amigos para conhecerem a Europa.
E o que dizer de alguém que se diz de um 'grupo ético'? O deputado federal Fernando Gabeira, um dos líderes do movimento conhecido como 'grupo ético' do Congresso, reconhece ter permitido a integrantes de sua família viajarem ao exterior usando passagens da Câmara. E depois chorou.
Não vamos ligar para o senador Magno Malta que passou quatro dias de folga em Dubai, nos Emirados Árabes, bancado pelo Congresso Nacional.
Deixamos de lado os juízes que vão para resort com seus familiares e depois dizem que fizeram isso com dor no coração.
Esquecemos que o deputado Edmar Moreira é investigado por mau uso da verba indenizatória.
Quem de nós irá se preocupar que o senador Tião Viana emprestou seu celular a filha numa viagem dela ao México por duas semanas. O resultado foi uma conta telefônica de mais de R$ 14 mil.
O Senado gastou R$ 6,2 milhões em horas extras em janeiro, mês de férias. Sem comentários.
Estamos nos lixando para este país. Vamos continuar nos lixando, virando as costas para os famintos nas esquinas. Vamos nos trancar em nossas casas enquanto assassinos, bandidos e afins têm liberdade para sair das prisões em datas comemorativas.
Sorria, pois moramos no melhor país do mundo. Melhor para quem?"

RODINEI SILVA E CAIQUE MONTANHOLI BUENO (Presidente Prudente, SP)

 
 

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