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20/06/2009 - 02h30

Lula e Sarney, USP, jornalismo, terceiro mandato, doutores

da Folha Online

Lula e Sarney

"Concordo plenamente com o presidente Lula. O senhor José Sarney 'não deve ser tratado como uma pessoa comum'. Uma pessoa comum não vive às custas dos impostos que o trabalhador paga."

NIVALDO GOIS (Maringá, PR)

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"O presidente Lula tem razão: entre Sarney e seu vice Perilo, com coceirinha pela cadeira da presidência do Senado, melhor não bobear. Esse goiano que espreita a vaga de Sarney é engraçado. Senador neófito e não candidato à reeleição em 2010, 'pode' se expor mais que os outros. Pode tomar jatinho de Jereissati e ir 'criar' CPI da Petrobras com o Senado às moscas. Pode também, num Estado negro como Goiás, se transformar no grande líder contra o PLC/180, as cotas para a escola pública, negros e indígenas nas universidades públicas, o ProUni das públicas. Ele se desgasta porque não é candidato. Outros não, se encorujam. De lambuja sonha em sentar-se na cadeira de Sarney, apeado. Haja hipocrisia."

SÉRGIO JOSÉ CUSTÓDIO, coordenador nacional do MSU --Movimento dos Sem Universidade (São Paulo, SP)

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"Penso que quando Lula faz elogios a Sarney e conclama que ele é uma pessoa especial, diferente e não pode ser julgado como uma pessoa comum, chegamos ao fundo do poço. Logo ele, que já chamou Sarney de ladrão em 1987. Não temos para onde correr, a não ser que façamos valer a nossa vontade e não é pelo voto, pois que esses caras estão sempre no poder. No mês que vem teremos um feriado em São Paulo onde toda a população do Sul e Sudeste poderia refletir se não é melhor seguir outro caminho, que é o da independência.
O medo começa a ficar mais próximo de todos, as nuvens de uma linha dura imposta pelo sr. Lula e os seus comandados está mais perto do que podemos imaginar."

ROBERTO GERMANO RIBEIRO (São Paulo, SP)

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USP

"Sobre a entrada de PMs na USP a chamado da reitora, é bom lembrar que, em situação semelhante e em épocas mais conflituosas, Zeferino Vaz, então reitor da Unicamp, insuspeito em relação ao governo por suas posições políticas, quando lhe foi sugerido chamar os militares para reprimir uma greve estudantil, deu a seguinte resposta: 'Na Unicamp só há uma porta de entrada, que é o vestibular'."

SANDRA N. BRISOLLA (Campinas, SP)

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"O crítico literário Antonio Candido, professor emérito da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas) da USP, do alto dos seus 90 anos, manifestou sua indignação contra a presença da PM na USP. No ato de repúdio à repressão na USP, seu discurso foi uma verdadeira aula de preservação das instituições democráticas e de como dialogar com o próximo, para as cerca de 450 pessoas que tiveram o privilégio de ouvi-lo e que o aplaudiram de pé.
A reitora Suely Vilela, ausente, certamente perdeu uma verdadeira aula magna e a oportunidade, quem sabe, de se familiarizar melhor com os valores democráticos, que excluem, entre outras coisas, o autoritarismo e a estrutura vertical e centralizada que a USP se tornou."

MARCELO DE CAMPOS PEREIRA, professor doutor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP (São Paulo, SP)

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Jornalismo

"O fato é que os brasileiros podem não querer ter suas opiniões formadas por leigos, e sim por profissionais formados e qualificados. O que vamos falar para nossos filhos, para as gerações futuras? Que prestamos vestibular, ingressamos num curso superior de jornalismo, mas, depois de formados, com diploma na mão, fomos comparados a cozinheiros? Nada contra a profissão, que é muito respeitosa, mas até os trabalhadores desse setor estão buscando escolas de gourmet, porque estão certos da necessidade de se formarem e qualificarem. A tendência natural do mercado é essa, e nós, jornalistas por formação, queremos uma resposta sobre o que faremos com nossos diplomas. As escolas de jornalismo devem fechar e os estudantes devem ir direto para o mercado? Qual a garantia que a nossa sociedade tem de que outros cursos não serão alvo de decisões insanas como esta? Que país é este? Que país será esse daqui alguns anos? Devemos ter esperança? Devemos recomeçar e prestar vestibular para novos cursos? Fazer testes vocacionais para saber qual caminho seguir? É com muita tristeza que vejo o Brasil à deriva."

CIBELE RAMOS LIMA, jornalista (São Paulo, SP)

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"Sugiro ao ministro Gilmar Mendes e a seus colegas de trabalho que demitam os jornalistas diplomados do STF e contratem cozinheiros iletrados. Acho que a Suprema Corte dará um belo exemplo de manifestação da liberdade de expressão ao país."

FABRÍCIO ZAGO (Brasília, DF)

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"Um pedaço de papel na parede não passa de um detalhe estético diante do exercício cotidiano da profissão --e de combustível para o ego inflado.
Curso jornalismo para completar conhecimentos que alguns anos de prática (ainda) não me proporcionaram. A faculdade dificilmente vai blindar o profissional de ser antietico e atuar de má-fé --ou ser o melhor de todos.
Se a seleção natural dos melhores já apontam os mais capacitados, por que então temer jornalistas sem diploma, que teoricamente não estão no nível de quem passou pela academia?
É na desleal selva do mercado de trabalho que se mede o peso e a força do prego que sustenta o pedaço de papel na parede --e de quem sabe usar o martelo."

DANIEL POLCARO PEREIRA (Passos, MG)

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Terceiro mandato

"Só posso parabenizar o deputado Genoino por pedir o arquivamento do terceiro mandato. Uma reeleição é válida em qualquer democracia, mas três ou mais reeleições já caracteriza golpe de Estado."

EVA MARCILIO (São Carlos, SP)

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Doutores

"O editorial 'Déficit de inteligência' ( Opinião, 15/6) conclui que autoridades deveriam diagnosticar e reverter a tendência decrescente na produção de doutores. Na verdade, essa é uma tragédia anunciada. Foi anunciada a partir do momento em que as universidades 'incharam', cedendo a pressões dos governantes. A partir das pressões, inclusive da própria imprensa, mostrando que o número de docentes era baixo em relação ao de alunos, foram aumentadas as vagas, sem o correspondente aumento no número de docentes. Ao contrário, na minha unidade, Faculdade de Ciências Agronômicas, éramos mais de 110; hoje somos pouco mais de 80 docentes. Menos docentes com mais carga didática na graduação é igual a queda na qualidade e na produtividade da pós-graduação. O diagnóstico é conhecido, assim como o remédio. Basta vontade política para aplicá-lo."

CIRO ANTONIO ROSOLEM, professor titular do Departamento de Produção Vegetal da Faculdade de Ciências Agronômicas --Unesp (Botucatu, SP)

 
 

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