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22/08/2009 - 02h30

Senado, educação, trânsito

da Folha Online

Senado

"Gostaria de dizer ao Lula que o Brasil não é um clube, onde não podemos deixar as coisas que não nos agradam (ou nos incomodam). Não quero que o Lula reconheça publicamente sua inabilidade de ter negociado algo mais decente referente ao Sarney e à Comissão de Ética. Mas teria sido mais prudente ter ficado calado --na melhor das hipóteses-- e, assim, ter falado menos besteira.
O Senado está num processo autofágico e o Executivo deveria deixar que o Legislativo se deixe levar pelos erros próprios. Em cartas anteriores já tinha defendido que o Senado é um órgão atrasado, corrupto e de valor democrático questionável, começando pelos oito anos de mandato. Portanto, redundante. Quanto ao Lulo-petismo, parece que o sr. Luiz Inácio optou pela parte Lulo apenas.
Fora Sarney. Viva um PT real, leal e original."

PAULO REIMANN (Cotia, SP)

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"Ao trilhar o pragmatismo eleitoreiro, o lulismo deixou cravadas as marcas de uma temerária inversão de valores, de um enorme retrocesso político, e transformou o PT em 'petezinho'. Além disso, acreditar que o PMDB é grato e fiel como os beneficiários do Bolsa Família ultrapassa a ingenuidade sobre a realidade política nacional. Como já dizia Ulysses Guimarães: 'o favor é a antessala da ingratidão'. Agora, é esperar para ver!"

PAULO FERNANDO CAMPBELL FRANCO (Santos, SP)

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"O Haiti é aqui. Aprendemos com o cinema que a terra de origem dos zumbis era o Haiti, assim como a terra dos vampiros era a Romênia. Isso foi antes da redemocratização do Brasil. A terra dos zumbis agora é aqui. Nunca se produziram tantos mortos-vivos no planeta quantos os produzidos no bizarro mundo político tupiniquim. O mais recente, o patético senador Aloizio Mercadante. Sem desmerecer os anteriores."

HELMIR ZIGOTO (Brasília, DF)

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"Um tapa na cara. Foi o que sentiram os eleitores do Partido dos Trabalhadores com a atitude da bancada do partido no Senado ao decidirem pelo arquivamento das denúncias contra Sarney. O PT sempre disse, pelas palavras do antigo Lula, então candidato à Presidência, que Sarney representava tudo que tinha de pior na política brasileira, o coronelismo, o fisiologismo e as negociatas que existiam no Congresso, pois o PT teve em suas mãos a oportunidade de varrer Sarney da política brasileira e decidiu por defendê-lo e, com ele, tudo que ele representa para o país e a política brasileira. Imagino que os militantes do PT devem estar com muita, mas muita vergonha, de dizer que são aliados de Sarney, Collor, Renan. No PT, não resta dúvida, o lema é tudo pelo poder."

HELENA WERNECK (Brasília, DF)

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"Hamlet, personagem de Shakespeare, afirma: 'há algo de podre no reino da Dinamarca'. Eu, cidadão brasileiro que assistiu todos os pronunciamentos na Comissão de Ética do Senado Federal, para definir o destino do presidente da Casa José Sarney, gostaria de plagiar Hamlet e afirmar: há algo de podre dentro do Congresso Nacional."

LEÔNIDAS MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

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"Peço perdão a Saramago pela apropriação do título 'Ensaio sobre a cegueira'. Porém, não encontro algo mais adequado para o momento. É espantosa a epidemia de cegueira que se abateu sobre o Senado Federal. Os poucos que ainda enxergam têm a visão obstruída pela tropa de choque do império.
Paradoxalmente, nunca vivemos um período de tanta transmissibilidade em tempo real pelas imagens luminosas geradas pela TV Senado. É uma pena que apenas um pequeno percentual da população brasileira possa assistir e desenvolver o democrático raciocínio crítico com o direito da revolta. Diria alguém menos combativo: 'quero cegar e estou vendo tudo'. Poucas vezes assistimos personagens bizarros, zombeteiros, que dependem da opinião pública para manter-se nos cargos, agirem desprovidos de qualquer ética ou pudor, posicionando-se à margem da lei, automaticamente identificados como marginais. Por essas características nada lhes atinge, nada lhes ofende.
Animam os movimentos de desconforto que desabrocham no seio da estrela vermelha, parindo para siglas impolutas seus filhos ainda abastecidos de idealismo e compromisso com o Brasil e, neste momento, saio citando novamente Saramago desejando que esteja iniciando um 'ensaio sobre a lucidez'. Espero que os homens de bem (e as mulheres, naturalmente), cantem sempre com muito orgulho: '... verás que um filho teu não foge à luta..., pátria amada Brasil...'"

JORGE ALBERTO LANGBECK OHANA (Belém, PA)

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Educação

"O artigo de João Batista Araujo e Oliveira ('A pedagogia é uma jabuticaba?' , 'Tendências/Debates', 18/8) propõe uma agenda educacional que mais parece um prato requentado. Faz afirmações categóricas (como a polêmica e radical convicção que a alfabetização fônica é a melhor técnica), assim como a já demonstrada fracassada proposta de aceleração de aprendizagem que gerou os piores desempenhos de alunos em Minas Gerais (comprovados pelo Simave)"

RUDÁ RICCI (Belo Horizonte, MG)

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Direito

"Os ilustres autores do artigo 'Os dois corpos do jurista' ('Tendências/Debates',20/8), ao que parece, escreveram a matéria inspirados em casos concretos, tanto que, num só parágrafo (o antepenúltimo), implicaram duas vezes com as 'somas astronômicas de dinheiro' recebidas por juristas, que dão pareceres e são 'regiamente remunerados por isso'.
Ora, se os pareceristas estão utilizando-se de 'duas máscaras' e cometendo 'um abuso da natureza camaleônica dessa profissão', para repetir os termos utilizados pelos articulistas, estariam, sem dúvida, cometendo grave falta ética a ser apurada e punida pela OAB; jamais pela imprensa ou pela ficção imaginosa de pensadores, por mais qualificados que sejam. Melhor contribuição à superação de eventuais fatos dessa natureza dariam aqueles que corajosamente denunciassem os casos concretos ao órgão competente para julgá-los. Mas, se tudo não passar de conjecturas, relembremos as palavras de Rui (advogado, jornalista e político): 'Duas profissões tenho amado sobre todas: a imprensa e a advocacia. Numa e noutra me voltei sempre à liberdade e ao Direito. Nem numa nem noutra conheci jamais interesses, ou fiz distinção de amigos e inimigos, toda vez que se tratava de servir ao Direito ou à liberdade'."

TALES CASTELO BRANCO, advogado (São Paulo, SP)

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Trânsito

"Com relação à reportagem de Vinícius Queiroz Galvão sobre a cidade de Americana ( Cotidiano, 20/8), sem discordar da correta afirmativa de Ciro Vidal sobre o estapafúrdio 'Stop', creio que o repórter exagera ao dizer que a faixa vermelha e branca reproduz as cores da bandeira americana. Não apenas falta o azul, como essa forma de ressaltar o branco das faixas interpondo um fundo vermelho sobre o asfalto para aumentar a visibilidade da área reservada à travessia de pedestres é usada em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, entre eles Belo Horizonte. Esta solução não afronta o Código de Trânsito, que não dispõe sobre a cor do pavimento, e aumenta significativamente a eficiência das faixas."

OSIAS BAPTISTA NETO, consultor em Transporte e Trânsito (Belo Horizonte, MG)

 
 

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