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20/10/2010 - 02h30

Eleições, aborto, aeroportos, Gaiarsa

DE SÃO PAULO

Eleições

Mesmo após assistir aos debates da Band e RedeTV!, não consegui encontrar nenhuma proposta para os jovens, seja de educação, seja de reabilitação de dependentes químicos ou "drogados", segundo Dilma. Serra diz que continuará o ProUni e Dilma, como de praxe, deixará como está.
A respeito das cotas do ProUni, nada se foi falado na retirada da cota para negros, que para muitos é um preconceito, e cota por renda, que com certeza é a mais justa e concisa.
O maior investimento em segurança está na educação.

RAMON NUNES MEDEIROS (Campinas, SP)

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A candidata petista ataca Serra no caso do Paulo Preto, que teria desviado R$ 4 milhões da campanha do oposicionista. Na hipótese, o prejudicado seria o Serra. Já no caso em que o Banco do Brasil, a Petrobras e a CUT financiaram propaganda pró-Dilma, o prejudicado foi o povo brasileiro, pois são empresas públicas --e a CUT é beneficiada indevidamente por verbas estatais.

MÁRIO A. DENTE (São Paulo, SP)

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Os candidatos José Serra e Dilma Rousseff, visando angariar a simpatia e principalmente o voto do eleitorado religioso, sempre que têm oportunidade, exalando uma visível beatice de ocasião, dizem acreditar em Deus. Entretanto, será que Deus acredita neles? Eu desconfio que não.

TÚLLIO MARCO SOARES CARVALHO (Belo Horizonte, MG)

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Aborto

O advogado Ives Gandra insiste em que o aborto não é uma questão religiosa, mas jurídica. Mas a posição da Igreja Católica, que ele defende com unhas e dentes, é muito clara sobre o assunto, condenando não só sua prática como também medidas para o controle da natalidade.
O aborto deveria ser tratado como questão de saúde pública, mas dizer isso tira votos de parcelas conservadoras do Estado brasileiro. Ao citar a Convenção sobre os Direitos da Criança da ONU, segundo a qual "a criança necessita de proteção e cuidados especiais", Gandra parece desconhecer a realidade de boa parcela das crianças brasileiras, que vivem abaixo da linha de pobreza, nas ruas, pedindo esmolas e sem acesso a direitos básicos de cidadania.

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO (São Paulo, SP)

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"71% a favor de manter a atual legislação e só 11% a favor de ampliar os casos em que o aborto é permitido". Além de citar uma frase em que o país deveria ser governado por plebiscitos, o eminente jurista lembra a Constituição com suas proibições ao aborto, mas esquece que uma Constituição deveria ser feita para serem respeitados os direitos das minorias.
Mais de um milhão de mulheres praticam anualmente abortos no Brasil, não leem artigos do sr. Ives e, se nós cidadãos brasileiros não cuidarmos delas, uma boa parte vai morrer, além de nos fazer gastar mais nos hospitais públicos.

RONALDO JOSÉ NEVES DE CARVALHO (São Paulo, SP)

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Aeroportos

Excelente o editorial "Aeroportos ineficientes" . Nem é preciso grandes estudos para constatar que o governo federal não tem mostrado a menor competência em oferecer serviços e infraestrutura de qualidade em nossos aeroportos, que estão um verdadeiro caos. Basta transitar por eles.
Por força de trabalho, viajo regularmente pelo Brasil e ao exterior. É de uma claridade solar a precariedade e ineficiência dos nossos principais aeroportos: instalações apertadas e lúgubres; ambientes visualmente opressivos e sem graça; filas por toda a parte; atrasos nos pousos e decolagens por conta do excesso de tráfego; estacionamentos insuficientes; usuários irritados, quando não se agredindo por conta do caos.
Só não vê que não quer, além, é claro, do nosso presidente, nobres ministros, parlamentares e aspones em geral, que usufruem das regalias dos seus voos privativos pagos por nós.
Já passou da hora de tirar a gestão desse importante setor das mãos incompetentes do governo e da Infraero, e delegá-lo a quem tenha competência no assunto. Os usuários e contribuintes agradecem.

PAULO RIBEIRO DE CARVALHO JR. (São Paulo, SP)

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Gaiarsa

Espero que este extraordinário jornal dê uma cobertura mais ampla da passagem do dr. José Ângelo Gaiarsa, um dos principais e maiores cientistas sociais que o mundo já teve.
Disse um admirador no site do Instituto Integração, onde ele ainda formava terapeutas: 'Se [Gaiarsa] fosse alemão ou norte-americano já figuraria entre os maiores do mundo..."
Sinceramente, espero que a Folha, que se posiciona como uma mídia investigativa e capaz de fazer uma autocrítica, evite a pecha demagoga de "polêmico", palavra paupérrima para tentar definir um cientista da profundidade do dr. Gaiarsa. Suas ideias são muito bem embasadas nos princípios da cinesiologia (Moshe Feldenkrais), psicanálise (Sigmund Freud), psicologia analítica (Carl Gustav Jung), medicina psicocorporal (Wilhelm Reich), todas as outras escolas de psicoterapia, os mais abrangentes estudos de anatomia, fisiologia e biologia comparadas, sociologia, história etc.
Sofreu nossa sociedade como poucos, "aturando" as neuroses --família-- durante 50 anos em seu consultório, onde tratou dos mais diversos tipos de patologias (de origem social, e não apenas individual/familiar, como sugeriria Freud, que ele tinha como mestre, mas a quem não poupava críticas), e voltou --como um herói de uma missão mitológica, trazendo sabedoria-- em forma de livros (35), palestras, vídeos (em seu site www.doutorgaiarsa.com.br) e programas de TV.
Irônico, talvez um sinal (ver conceito Jungiano de sincronicidade), que ele se vá num momento em que a demagogia e o mais insidioso fanatismo prosperem tanto em nosso país.

HENRIQUE ÚCHIDA REZECK (Poços de Caldas, MG)

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Chile

A mídia classificou de "heróis" os 33 trabalhadores chilenos que ficaram mais de dois meses presos a 700 metros de profundidade após o desmoronamento em uma mina da região de Atacama, norte do Chile. No entanto, uma reflexão do ocorrido revela claramente que os personagens dessa tragédia foram, na verdade, vítimas e não heróis.
Graças à tecnologia foi possível salvar as vidas dos mineiros chilenos, mas a exploração midiática em busca de dividendos políticos foi lamentável, e sabe-se lá se os culpados pelo acidente serão punidos.

GABRIEL FERNANDES (Recife, PE)

 
 

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