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03/11/2010 - 02h30

Eleições

DE SÃO PAULO

Eleições

Nunca ficou tão evidente aquela velha máxima: "quem vê de fora, vê melhor...".
O prestigiado sociólogo português Boaventura de Sousa antos fez, ao meu ver, a mais concisa e pertinente análise acerca do que de fato representava a via Serra para o Brasil. Ou melhor, para o imperialismo norte-americano.Perfeito e irretocável seu artigo. Respirar é possível. Parabéns!

MARCELO FERNANDO FERRARI (Santos, SP)

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A esmagadora vitória de Dilma Rousseff no Nordeste está provocando reações preconceituosas contra o nordestino. Os inconformados estão, via internet, chamando-o de esfomeado, nordestista (junção de Norte com Nordeste) etc. A ponto de uma "twitteira" aconselhar que se mate um nordestino afogado (sic). Não basta o uso de estereótipos, como pau de arara, paraíba, baiano etc.? Não custa lembrar que um governador de São Paulo, Lucas Garcez, baixou um decreto proibindo piada com nordestino, porque, àquela época, as ofensas eram devolvidas com golpes de peixeira. Hoje dispomos de meios civilizados para acontestar qualquer tipo de preconceito.

CARLOS NEVILLE (São Paulo, SP)

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Em contradita ao comentário do leitor Luiz Alberto Chaves de Oliveira, publicado na Folha.com ontem, faço a seguinte consideração: se eleições fossem uma simples conta matemática, poderíamos também concluir que o candidato derrotado José Serra não foi capaz de apresentar um programa de governo coerente aos propósitos da social-democracia a ponto de sensibilizar e atrair os 29,2 milhões de ausentes no segundo turno. Número muito além do necessário para tornar realidade a obsessiva e sonhada Presidência do tucano.
Portanto, os 12 milhões de votos a mais em Dilma Rousseff a tornam legítima presidente do Brasil.

ROBERTO GONÇALVES SIQUEIRA (São Paulo, SP)

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Não votei em Dilma, mas desejo-lhe que, juntamente com a maioria do Legislativo e dos governadores, possa fazer um excelente governo, combatendo implacavelmente a corrupção a fim de sobrar mais verba para investimentos no bem-estar social do nosso povo. Que Deus a ilumine!

LAFAETI TOMASAUSKAS BATAGLIA (Sertãozinho, SP)

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Nós que votamos em José Serra, temos que nos preparar para trabalharmos dobrado, a fim de sustentarmos a grande maioria dos que votaram em Dilma. Nada mais.

ARTUR ARMANDO INTASCHI (São Paulo, SP)

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O PSDB paulista não conseguiu emplacar um presidente, e isso pela terceira vez seguida. Não é de se admirar. Os tucanos aqui de São Paulo repetem a mesma administração pública desde o governo de Mario Covas: obras, administração, pedágios, salários e carreira, continua tudo do mesmo jeito.
Se em São Paulo ainda funcionou, em parte porque Alckmin era muito mais conhecido que Mercadante, no resto do Brasil não funciona. E o PSDB daqui não aprende.
O Brasil mudou muito desde que Fernando Henrique chegou à Presidência, e hoje as necessidades dos eleitores são outras. O PT soube entender e se adaptar a essas mudanças muito mais rapidamente. Marina soube entender que parte do eleitorado queria uma campanha com menos baixarias, e ocupou esse espaço. É a vez do PSDB escolher.

JOÃO PEDRO STRABELLI (São Paulo, SP)

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Discordo duplamente da presidente eleita ao dizer que atos de corrupção são inevitáveis e que cabe ao governo agir e punir seus autores.
Uma análise criteriosa da vida dos escolhidos certamente evitará maiores decepções. Punições tardam demais no Brasil e permitem que chefes de quadrilha andem com desenvoltura nos meios políticos, deitando e rolando, inclusive chefiando campanhas. Nomeações de pessoas desse quilate não merecerão perdão e atentam contra o princípio básico da ficha limpa, que é a maior novidade imposta, nada mais nada menos pelo povo brasileiro.

GERALDO DE PAULA E SILVA (Rio de Janeiro, RJ)

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O povo decidiu, mas não sei se é bom para o país ou para aquele que votou. A verdade é que a escolha recaiu no benefício da esmola que o governo concede e na conquista do subemprego. Como se vê, a população sonha com uma igualdade que nunca será possível, pois se Deus quisesse todos seriam iguais e não haveria, há séculos, tantos países com cidadãos diferenciados pela educação e cultura.
A presidente eleita não será mais subordinada ao Lula, e talvez isso mude o rumo desastroso de querer igualar todos por baixo. Quando queremos dividir muito a riqueza, o país empobrece e não progride. Isso é notório desde que o mundo existe.

ODILÉA MIGNON (Rio de Janeiro, RJ)

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O discurso de Dilma foi bom e conciliador, onde governará para todos, respeitará a imprensa livre e defenderá a democracia. Mas, para ficar perfeito, faltou dizer que o governo Lula foi bom porque o anterior proporcionou isso com, por exemplo, o Plano Real. E, só para lembrar, FHC abriu, por três meses, no final de 2002, todo o seu governo para que a equipe de Lula se inteirasse de todos os assuntos governamentais.

ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

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Tenho 47 anos e sempre votei no PSDB, apesar de nem ser filiado. Tudo restringe-se à afinidade ideológica. Agora, após essa derrota, penso que o partido tem a obrigação de repensar, e suas lideranças também. Caso contrário, o partido corre o risco de definhar até perder completamente sua presença nacional e virar somente uma força regional. Nesse contexto, cabe ao candidato Serra a obrigação de conduzir esse processo com que só as honras de duas derrotas permitem. Suas ambições não mais se adequam as aspirações do povo brasileiro. Sua hora passou. Cabe a ele o papel de rejuvenescer o partido e abrir espaços para jovens lideranças.
José Serra, por favor, coloque o pijama da aposentadoria da candidatura e conduza o partido a renovação. Caso contrário, seria mais um a dar um adeus a você, ao partido e aguardar a recomposição de forças para dar meu voto nas próxima eleições.
Adeus Serra!

ANGELO RAPOSO (São Paulo, SP)

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Parabéns a Dom Bertrand de Orleans e Bragança, trineto de Dom Pedro 2º, que tanto ensinei às crianças e que tanto amou o Brasil, pelo artigo "Insurreição eleitoral" .
De fato, o amplo setor conservador brasileiro não tem voz, não tem em quem votar. Onde está o nosso direito? E chamam a isso de democracia!

MARLI MIRA HOELTGEBAUM (São Paulo, SP)

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Não sendo filiado a nenhuma agremiação político-partidária, afirmo que a derrota de José Serra deve servir de lição ao partido que pertence. Ele colheu o que plantou quando governador de São Paulo: espezinhou o funcionalismo público, especialmente a classe aposentada. O mesmo ocorrera com Geraldo Alckmin na penúltima disputa ao Planalto. O pior é que o PSDB não acordou e, se assim continuar, o partido, no próximo pleito presidencial, sofrerá outro revés. É a lógica!

JOSÉ CARLOS ROSSATO (Votuporanga, SP)

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Lobato

Estamos chegando ao fim da picada. Uma professora escreve à Folha para dizer que "Monteiro Lobato legitimou o 'bullying' que os meninos e meninas afrodescendentes sofrem diariamente", ("Painel do Leitor", 31/10) relacionando o escritor a apelidos pejorativos sofridos por crianças negras e, por fim, manifestando ter entendido o "mal-estar quando lia determinadas passagens de... 'O Sítio do Pica-Pau Amarelo'".
Para começar, Lobato jamais escreveu qualquer livro chamado 'O Sítio do Pica-Pau Amarelo'. Portanto, o que a senhora missivista alega ter-lhe incomodado "há quase 50 anos" pode, no máximo, ter sido um popular e benfeito programa de TV. Além disso, se, como professora, recusa-se a "passar uma leitura que prejudique a autoestima dos alunos", é melhor começar a escrever seus próprios livros, pois literatura de qualidade sempre trará conflitos humanos, e isso nunca acabou com a autoestima de ninguém.
Não há nada pior para a educação do que disfarçar a má qualidade do trabalho sob o manto do politicamente correto.

JAYME SERVA (São Paulo, SP)

 
 

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