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25/11/2010 - 02h30

Violência, Roger, Anac, trem-bala, palestina

DE SÃO PAULO

Violência no RJ

Será que só quando um veículo oficial for incendiado ou a residência do governador for alvejada é que cairá a ficha de que estamos em guerra?
Vivemos um estado de conflito urbano há décadas, e o Estado não vê ou não interessa enxergar o óbvio.

RINALDO S COELHO (Rio de Janeiro, RJ)

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Violência na Paulista

Quero muito estar enganado, mas, historicamente no Brasil, quem pode pagar um bom advogado jamais é penalizado por qualquer crime que venha a cometer, salvo raríssimas exceções.
Espero que o episódio de violência gratuita e covarde praticada por jovens marginais de classe média alta, e não "bons garotos", como alegam seus pais, não acabe em impunidade. Se a família não educou, cabe ao Estado aplicar todo o rigor da lei a esses criminosos.

CLAUDINEI BENTO PAULINO (Goiânia, GO)

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278 anos

A Justiça brasileira se expõe ao ridículo quando condena alguém a 278 anos de prisão . Não seria mais coerente se falar na instituição da prisão perpétua? Será que ninguém se lembrou que a Constituição proíbe que alguém fique preso mais do que 30 anos? Se por um acaso Roger Abdelmassih for de fato preso, vamos ver quantos minutos vai demorar para obter um novo habeas corpus.

MÁRIO BARILÁ FILHO (São Paulo, SP)

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Anac

A Anac "proibiu" as empresas aéreas de realizar, no fim do ano, o famigerado "overbooking" (venda de passagens aéreas em quantidade superior a dos assentos existentes nos aviões).
Trata-se de medida paliativa, pois o "overbooking" devia ser definido como crime contra as relações de consumo. Quem comprou e pagou antecipadamente uma passagem, chegou com antecedência ao balcão de check-in e não conseguiu viajar por causa dessa prática infame, sabe bem o que estou dizendo.
As empresas alegam que ele compensa o "no show", ou seja, o não comparecimento na hora do voo de pessoas que haviam reservado ou pago as passagens, o que, em tese, levaria à diminuição da taxa de ocupação dos voos.
Esse argumento não resiste à menor análise. Primeiro, porque o enorme número de pessoas que, principalmente nas épocas de pico --isso se repete todo ano--, ficam impossibilitadas de viajar, apesar de terem comprado as passagens e chegado a tempo aos aeroportos, mostra ser uma falácia esse tal de "no show".
Em segundo lugar, porque se uma pessoa não comparece ao voo, seja por qual motivo for, mesmo tendo comprado a passagem, deveria ser punida com uma multa, prevista pela Anac, a ser descontada do valor a ela devolvido pela empresa aérea --se essa fosse sua opção. Se a mesma pessoa preferisse ficar com um crédito junto à empresa aérea para uso futuro, deveria sofrer a mesma multa quando fosse utilizá-lo.
O que não faz sentido, e atenta profundamente contra os direitos do consumidor, é desrespeitar famílias inteiras (muitas vezes com crianças) sobre a alegação de que o avião já está cheio?

CARLOS FREDERICO COELHO NOGUEIRA (São Paulo, SP)

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Trem-bala

O trem-bala vai ser o maior investimento do país após a construção de Itaipu. Eu e certamente a maioria dos contribuintes e beneficiários de fundos de pensão não concordamos que se gaste uma fábula de dinheiro num investimento de retorno altamente duvidoso como o trem-bala.
Nos EUA, desde 1976, discute-se dois projetos de trem-bala, Orlando-Tampa, na Flórida, e São Francisco-São Diego, na Califórnia, pois não se confia que os projetos sejam financeiramente autossustentáveis. No projeto da Califórnia está previsto um gasto entre US$ 30 bilhões e US$ 50 bilhões para um trecho pouco superior a mil quilômetros, temendo-se que seja necessário subsídio permanente do governo. Aqui, a estimativa inicial era de R$ 19 bilhões, mas atualmente está em R$ 33,1 bilhões. Mesmo assim, especialistas afirmam que ele não sairá por menos de R$ 63,4 bilhões.
Para se ter uma ideia desse absurdo, essa importância daria para construir mais de 100 hospitais ou 2 milhões de casas populares, beneficiando e não onerando a população. A obra, além de complexa --pois a maioria do percurso será por linha elevada e numerosos túneis escavados em rocha, envolvendo ainda fenomenal custo de desapropriações--, tem muita gente puxando a linha para que passe em suas propriedades. Deve-se levar em conta também que é uma obra para uma década. Até lá, a aviação civil deve ter evoluído consideravelmente, diminuindo bem mais o tempo de viagem e, consequentemente, comprometendo ainda mais o interesse dos usuários.
Atualmente a passagem do trem-bala é quase o dobro da ponte aérea e levará o dobro de tempo. Somente mesmo para quem tem horror de avião e adora andar em túneis, pois terá quase 100 quilômetros deles.

JOÃO HENRIQUE RIEDER (São Paulo, SP)

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Servidores

Deixo meu apelo aos nobres deputados estaduais para que, por ocasião da tramitação do projeto de lei orçamentária de 2011, empenhem-se em aprovar as emendas que garantem o repasse dos valores necessários à demanda dos servidores do Poder Judiciário.
Não é demais lembrarmos da situação que se encontra a categoria, que viveu em 2010 uma greve de 127 dias devido ao descaso das autoridades com o direito dos trabalhadores. Esperamos que os legisladores paulistas não permaneçam cúmplices de tais ilegalidades e imoralidades.
Aguardamos a adesão dos nobres parlamentares, que ainda não o fizeram, ao pedido de instauração da CPI do Judiciário, necessária para que seja aberta a caixa preta que é o orçamento do Judiciário paulista.

GLEISON LUIZ ZAMBON (Piracicaba, SP)

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Artes

Muito interessante a abordagem do jovem professor da Faculdade de Direito da USP sobre os urubus na 29ª Bienal de São Paulo e o paralelo que traçou sobre o sofrimento deles e dos animais que são criados e abatidos para nos alimentar.
Poderia haver também alguma ligação entre a violência do conjunto das obras "Inimigos", também expostas na Bienal, e a agressão gratuita dos marginais covardes ao pacato rapaz que andava na av. Paulista?
O professor dr. Virgílio Afonso da Silva não acha um tanto incoerente falar em "liberdades artísticas e de expressão" em se tratando de uma mostra que tem curadores, recebe dinheiro público, utiliza uma propaganda fabulosa para divulgar o evento e seus organizadores se declaram frustrados por não conseguirem atingir a meta prevista de visitas, culpando os ônibus escolares?

MARIA GILKA BASTOS DA CUNHA (São Paulo, SP)

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Palestina

A legítima defesa do povo palestino diz respeito ao sucesso das conversações difíceis, mas pacíficas, entre a Autoridade Palestina da Fatah (AP) que governa a Cisjordânia e o governo israelense.
Diferentemente, o artigo de Arlene Clemesha e Bernadette Siqueira Abrão culpa Israel por todas as mazelas de Gaza, ignorando que o Hamas, que detém o poder nesta região, após um sangrento golpe contra a AP em 2007, a pretexto da Guerra Santa-Jihad contra a existência do Estado judeu.
O artigo tenta emperrar os entendimentos entre Israel e os legítimos representantes do povo palestino, a AP, favorecendo os interesses espúrios do Islã radical.

MARX GOLGHER (Belo Horizonte, MG)

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"Planta nuclear"

Reportagens recentes da Folha informam que a Coreia do Norte tem uma "planta nuclear" . Cacildis! O que será uma planta nuclear? Será uma samambaia? Uma seringueira? Uma singela roseira? Todas elas resultados de contaminação atômica? Ou será, simplesmente, pedantismo do repórter ao usar um estrangeirismo desnecessário ("plant", em inglês)? O mesmo pedantismo de quando a Folha utiliza "publisher", "CEO" etc. Por que isso, se temos palavras em português perfeitamente cabíveis?
Concordo com a mobilidade da língua, mas em alguns casos o que há é um claro exagero.
Antes que me acusem de xenófobo, caipira etc., informo que falo, leio e escrevo em inglês fluentemente, mas não chego em casa gritando "Honey, I'm home".

ANTONIO PEDRO DA SILVA NETO (São Paulo, SP)

 
 

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