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12/01/2011 - 02h30

Enchentes, Belas Artes, Dilma, corrupção, Comissão da Verdade

DE SÃO PAULO

Enchentes

Faltam políticas públicas eficientes e transparentes no combate às enchentes. Há mais de 20 anos os problemas se repetem, mas agora com mais intensidade. Rios e córregos continuam imundos, e o poder público cruza os braços e reza para que são Pedro ajude. Enquanto isso, sem piedade, continuam os impostos (IPTU e IPVA) para uma cidade em completa desarmonia urbana, cujos carros ficam submersos e debaixo d'água.
O governo federal deveria entrar com recursos do BNDES e fazer um programa sério para terminar este insolúvel problema, que causa prejuízos e infelicita o paulistano cotidianamente.

YVETTE KFOURI ABRÃO (São Paulo, SP)

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Imagens da enchente no bairro do Limão (zona norte de SP) mostram um amontoado de sacolas, sacos plásticos, garrafas PET e todo tipo de lixo. Não há bueiro que dê conta de tamanha sujeira. É claro que na primeira chuva mais forte o sistema de escoamento entra em pane.
Já passou a hora de a Prefeitura de São Paulo fazer uma grande campanha contra o lixo na rua, além de punir severamente os "sujismundos", que são os causadores desses transtornos.

MARIA CRISTINA ROCHA AZEVEDO (Florianópolis, SC)

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Belas Artes

No momento em que o Estado começa a investir na inserção do cinema na grade curricular das escolas, o mercado, na contramão, opta pelo fechamento de um importante espaço cultural como o Cine Belas Artes, em favor de outro empreendimento. Foi ali que aprendi a amar os filmes de arte.

MARCOS A. PAULINO DA SILVA (Brasília, DF)

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Mais um cinema de rua que fez história desaparece por interesse da ganância comercial. É desastroso para a cultura de São Paulo o fechamento do Cine Belas Artes, onde muitos iguais a mim puderam ter acesso a grandes filmes de arte no início dos anos 80. Depois de assistir a belos filmes, atravessávamos a rua para tomar uma cerveja com os amigos no Riviera, que também não suportou a transformação dos tempos.

GUILHERME BONFIM, diretor de teatro e dramaturgo (São Paulo, SP)

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Dilma

No artigo "Cruz credo" Hélio Schwartsman, com a lucidez costumeira, discorre sobre a retirada pela presidente Dilma da Bíblia e do crucifixo que adornavam seu gabinete e o real significado da separação entre a igreja e o Estado.
Logo em seguida, a coluna "Painel" ("Passarinho") informa que a presidente usou cerca de duas horas de seu domingo para fazer sua fotografia oficial, que passará a ornamentar as paredes das repartições públicas.
As duas coisas, embora possa não parecer, têm muito em comum. Se a atual Constituição brasileira, que rege o Estado Democrático de Direito que pretendemos ser, assegura a liberdade de crença e a laicidade estatal, também prescreve como um dos princípios basilares da administração pública o da impessoalidade, vedando expressamente qualquer tipo de publicidade ou medida que caracterize promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos (art. 37, caput, e parágrafo 1º).
Portanto, desde a promulgação da Carta de 88, tornou-se inadmissível essa prática nefasta e antirrepublicana de afixar fotografias oficiais de presidentes, governadores ou prefeitos nas repartições públicas, triste herança do fascismo e dos demais Estados autoritários. Mas as carantonhas permanecem lá, a nos velar, guiar e vigiar, como o "Big Brother", não o global, mas o de Orwell.

ANTONIO CARLOS AUGUSTO GAMA (Ribeirão Preto, SP)

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Corrupção

Muito boa a entrevista de Dimmi Amora com Jorge Hage, ministro da CGU (Controladoria-Geral da União).
Embora opine que o "Brasil avançou no combate à corrupção", Hage reclama da estrutura da pasta, dos limites do seu trabalho e cobra mais investimentos do governo no combate à corrupção. É tema da maior importância na política de hoje, que repercute em toda sua ética e, por extensão, na da população em geral.
Segundo Amora, o que Hage considera o "calcanhar de aquiles" do combate à corrupção é a falta de punição: "A população continua cobrando porque quer ver o corrupto na cadeia".
Conclusão: se algo não for feito, que consequência esperar?
Oxalá o propósito de Hage seja bem-sucedido.

ESTHER KULLOCK (Rio de Janeiro, RJ)

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Comissão da Verdade

A criação da Comissão da Verdade tem a aprovação do ministro da Defesa, Nelson Jobim. Entretanto o ministro ressalta que é preciso investigar também a atuação de grupos armados que tentavam derrubar o regime e instalar no Brasil um regime castrista, que está levando a ilha de Cuba a uma autêntica falência múltipla de todos os órgãos.
A violência campeou nos dois lados, assim como a violação dos direitos humanos. A lei 6.683 de 28/8/79, Lei da Anistia, não pode ser revista em nome de uma enrustida revanche.

JAIR GOMES COELHO (Rio de Janeiro, RJ)

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Animal Planet

Para fugir da mediocridade das programações das TVs abertas, fiz assinatura da TV a cabo a fim de assistir a programas e filmes de maior qualidade, e sintonizamos o "Animal Planet". Acredito que essa emissora deva mudar seu nome para "Dog Planet", pois 90% de sua programação só fala sobre cachorros.
Ora, a gente quer ver leões, crocodilos, hipopótamos, rinocerontes, girafas, leopardos e outras feras, as quais não passeiam pelas ruas. Para ver cachorros, basta sairmos de casa, pois esses existem aos montes nas calçadas, até atrapalhando a nossa locomoção. Chega de passar sempre as mesmas coisas sobre cães. É uma "cachorrada" o que o "Animal Planet" faz conosco.

FERNANDO FARUK HAMZA (Rio de Janeiro, RJ)

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Porto de Santos

No terminal de passageiros Giusfredo Santini, em Santos, na Baixada Santista, considerado o mais moderno do Brasil, o caos se instala quando atracam mais de três embarcações no cais. Por lá devem passar 620 mil passageiros na atual temporada de cruzeiros.
O desempenho no setor aumenta 30% ao ano, segundo a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). Os investimentos até que existem, mas são acanhados, dada a importância do maior porto da América Latina.
Por isso, não há justificativa em ser bonzinho com Cuba, concedendo financiamento para recuperar seu sucateado porto e deixando o porto de Santos, de tamanha importância para o Brasil, a ver navios enfileirados, esperando sua vez de atracar.

BENONE AUGUSTO DE PAIVA (São Paulo, SP)

 
 

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