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14/02/2011 - 02h30

SUS, Egito e Guilhotina

DE SÃO PAULO

SUS

Excelente o artigo do Elio Gaspari sobre a avaliação do SUS ("O SUS é mais bem avaliado por quem o usa", Poder, ontem), com a percepção de quem usa e de quem não usa o sistema público de saúde e o desconhecimento implícito nessa análise.
Em nossa área, a cirurgia cardiovascular, o SUS é responsável por 80% das cirurgias cardíacas realizadas no país. E podemos assegurar o privilégio que tem hoje o paciente previdenciário que é atendido pelo sistema. As cirurgias são realizadas pelos melhores e mais competentes cirurgiões do país (e do mundo), em hospitais acreditados (mesmo por organizações internacionais) como excelentes até aqueles que lutam com dificuldade, mas provêm o básico necessário para um procedimento de qualidade.
Diferentemente dos convênios privados, o SUS não nega procedimentos e equipamentos requeridos para as cirurgias ou tratamentos, paga em dia e remunera os cirurgiões cardiovasculares e suas equipes melhor que a maioria dos convênios.
É sintomático que hoje os cirurgiões prefiram operar os pacientes do SUS a receber os degradantes honorários pagos pelo sistema privado. E ainda ter que degladiar com a burocracia desses sistemas privados para liberar o uso de próteses e dispositivos necessários para alcançar a qualidade rotineiramente conseguida no SUS.

PROF. DR. WALTER J. GOMES, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e da Sociedade Latinoamericana de Cirurgia Cardiovascular e Torácica

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Eremildo é um idiota. Ele ouviu dizer que o SUS é bem avaliado pelos seus usuários e foi ao postinho tratar de uma ferida na perna. A consulta com o cirurgião vascular saiu em um ano e o mapeamento "doppler" levou mais dois. Há três anos com a perna enfaixada, sentido dor e vazando puz, Eremildo recebeu um comunicado que o seu exame foi transferido para daqui a 6 meses.
Resolveu fazer por sua própria conta. Pagou R$ 400 (pechinchou muito) e levou o exame para o seu cirurgião. A cirurgia está marcada para 2014, dois meses depois da final da copa do mundo.
Eremildo e mais de 30% da população acreditam no SUS (Sistema Único de Saúde, que não promove a saúde, não é único e nem chega a ser um sistema mas uma consigna gerada pela demagogia e perpetuada na corrupção).
Há 5.000 coisas diferentes que se chamam SUS. Se o paciente estiver realmente doente, nenhuma delas funciona. Mais de 30% das pessoas que se consultam ficam boas com o médico, sem o médico ou apesar do médico.
Logo, avaliação positiva de 30% de quem usa qualquer sistema de saúde, a rigor, não quer dizer absolutamente nada. Mas engana os idiotas.

CARLOS ANTONIO ANSELMO GUIMARÃES, médico (São Paulo, SP)

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Egito

Falar em democratização e até mesmo em volta à normalidade no Egito, nesse momento, é pelo menos uma precipitação ou total falta de conhecimento de geopolítica da região em que o país está.
O equilibrio entre as forças políticas e religiosas é extremamente complexo e sensível.
O Iraque está hoje, muito pior, nos mais diversos sentidos, do que na época de Saddam Hussein.

MÁRCIO ASSAD (Lapa, PR)

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Operação Guilhotina

A megaoperação da PF que desbaratou uma quadrilha dentro da polícia do Rio retrata a total ingerência política da segurança pública. Vemos quadrilhas e propinas no alto da escala, enquanto no baixo vemos furto a tênis, televisões e objetos pessoais retirados de cenas de crime.
Governos que permitem o policial fazer "bico" como complementação de renda, para não ter que pagar a dignidade de quem está trabalhando, é mais culpado que o integrante da quadrilha.
Treinar uma pessoa em táticas e armamentos, fornecer-lhe o material bélico para o trabalho e depois não pagá-lo devidamente é fazer uma escola para o desastre.

MARCELO CARVALHO (Praia Grande, SP)

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Partidão

Chamada do alto da primeira página da Folha ontem: "Partidão". Não era uma matéria sobre o antigo PCB, mas sobre um filho de empresário, identificado assim, pois, na visão do jornal, constitui boa opção de casamento.
Fiquei na dúvida se estava lendo a Folha ou uma dessas revistas de fofocas

RICARDO DREGUER (São Paulo, SP)

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Bichos

Venho acompanhando a coluna de Vivien Lendo e nesta sua última coluna ("História de gatos", Cotidiano, 12/2), me decepcionei com uma história de mau gosto.
Quem gosta de animal oferece proteção e segurança a ele. Cães e gatos não foram domesticados para viverem nas ruas. Eles devem ficar protegidos em casas, pois há riscos de envenenamentos, atropelamentos, torturas e outras crueldades. Quem gosta de animal sabe disso.
E castração? Até uma criança sabe sobre a proliferação de cães e gatos se os animais não são castrados. Quem o mantém em casa, deixando-o sair pelas ruas sem ser castrado, é irresponsável.
"Constance olhou-me fundo como se disesse 'obrigada por tudo' e eu soube que era uma despedida." Não. Provavelmente ela deve ter dito: "Você não me me protegeu. Vou embora procurar por um lar onde haja carinho e eu me sinta segura".
Gosta de animais? Castração e posse responsável!

CRISTINA BONAGAMBA (São Bernardo do Campo, SP)

 
 

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