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15/04/2011 - 02h30

Oposição, política, massacre no Rio, futebol, água

DE SÃO PAULO

Oposição

Lendo o editorial "Oposição de fato" (Opinião, 14/4), que focaliza o artigo de FHC "O Papel da Oposição", dois aspectos sobre a iniciativa do ex-presidente saltaram à minha vista: um positivo e outro negativo.
De positivo, a iniciativa de FHC teve o mérito de provocar a oposição a "sair da letargia diante do petismo", como bem assinalou o editorial. Há necessidade de uma oposição atuante, para o bem da própria situação e do país.
De negativo, entendo que o ex-presidente pecou em assinalar a nova classe média como objeto de conquista dos tucanos. Admito até que o alvo seja este. Porém ao citá-lo claramente, em detrimento das "massas carentes e pouco informadas", provocou reações negativas, como deu a entender, acho eu, a charge do cartunista Angeli, na mesma página do editorial.

JOSÉ BUENO LIMA (Santo André, SP)

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Política

É inacreditável a falta de ideia dos políticos deste país, principalmente quando querem se expor aos holofotes e se autopromover. O sr. José Sarney quer ressucitar o plebiscito sobre o desarmamento, pegando carona na tragédia de Realengo. O sr. Michel Temer, do alto do cargo que ocupa [Vice-Presidência da República], demonstrou estrelismo ao condecorar o sargento que, na escola em Realengo, apenas cumpriu sua obrigação.
Agora me deparo com um projeto do Senado obrigando hotéis e pousadas a fornecerem camisinha aos hóspedes ("Senado obriga hotel a dar camisinha", Cotidiano, 14/4). Será que [tais políticos] conseguem olhar seus filhos e netos nos olhos e dizer a eles que estão contribuindo para o benefício da pátria? Respondam se tiverem um mínimo de decência.

CLAUDIO TERRIBILLI (Guarulhos, SP)

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Massacre no Rio

O Brasil é mesmo um país que procura se diferenciar dos demais. Em outros países, quando ocorre uma tragédia inusitada ou natural, uma série de medidas é tomada de imediato, seja no âmbito local ou no nacional, conforme os aspectos causadores sejam localizados ou abrangentes. É fato que para o ocorrido [em Realengo] não tenha mais jeito, mas a discussão deve se ater a evitar ou a amenizar tragédias semelhantes.
O choro diante de uma tragédia demonstra nobreza de sentimento. É muito louvável. O choro de autoridades somente após as tragédias soa mais como defesa ou ressentimento pelo que não fizeram.
Após isso, segue o silêncio, a inoperância, sem nenhuma medida real, passivamente assistindo à desordem e à violência tomarem conta do país.

PEDRO CARDOSO DA COSTA (São Paulo, SP)

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Como escreveu Contardo Calligaris ("Realengo", Ilustrada, 14/4), eis o fanatismo religioso, que está sendo difundido não só no Brasil, mas no mundo. As pessoas buscam respostas na religião, o que gera uma obsessão, fazendo com que o homem tenha tanta frieza em defesa de sua crença a ponto de matar crianças (principalmente meninas) como uma vingança de seu passado (e de seu presente) doente, que nenhuma das religiões que Wellington [Menezes de Oliveira] frequentou explicaria. E o argumento do assassino é que a fé autorizou toda essa falta de humanidade.
Na verdade, estamos diante de ausências: da família, de auxílio psiquiátrico, de segurança nas escolas públicas, de fiscalização na venda de armas. Descobrir o porquê da matança é de extrema complexidade.

CAROLINA FERREIRA (São Paulo, SP)

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Futebol

Já fui torcedor fanático do Santos. Hoje apenas acompanho os resultados [do time] pelo jornal. No primeiro semestre de 2010, jogadores como Neymar e Ganso não eram [tão] conhecidos, o Santos encantou o país, foi campeão paulista e da Copa do Brasil.
Após isso, o Santos veio ladeira abaixo, pois passou a representar o que ocorre hoje nos bastidores dos times grandes do futebol brasileiro e também da seleção: salários altíssimos, jogadores com a cabeça na Europa, máscara, resultados pobres, compromissos com patrocinadores, jogadores mais poderosos do que técnicos e diretores, cartolagem tupiniquim, intermediários desonestos, imprensa distorcida, um verdadeiro esgoto a céu aberto.
Bem, o ciclo se repete, os craques vão para a Europa e, no fim da carreira --ricos, gordos e cheios de problemas--, vêm para o Brasil. É assim que o Brasil vai sediar a Copa de 2014. Longe se vai o tempo em que o Santos conseguiu manter Pelé, "o atleta do século", por quase duas décadas.

ALFREDO RIBEIRO DE FREITAS (São Carlos, SP)

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Água

A poluição, o consumo crescente, o desperdício, a ocupação das nascentes e a construção de novos reservatórios são sinais de alerta quanto à sustentabilidade do nosso planeta em relação ao uso da água. O crescimento urbano desordenado, a industrialização e a falta de saneamento elevaram o consumo e a poluição das águas.
O crescimento econômico tornou-se maior que o cuidado ecológico. O custo do progresso é um desequilíbrio no ambiente e na qualidade da vida. Educação ambiental é fundamental para reaver uma distribuição justa da água e a justiça social. A água é um bem de todos!

PAULO ROBERTO GIRÃO LESSA (Fortaleza, CE)

 
 

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