Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
16/05/2011 - 02h30

Metrô, Palocci, MEC, Código Florestal, Sofia, Santa Casa

DE SÃO PAULO

Metrô

Sou morador de Higienópolis e não sou contra à estação do metrô em nosso bairro. Inclusive ofereço parte da minha sala e uma pequena vaga de garagem para que sejam utilizadas como escritório ou canteiro de obras. O progresso não pode parar.

ARCANGELO SFORCIN FILHO (São Paulo, SP)

-

O Grupo Folha e seus articulistas mantêm um foco equivocado sobre a questão do metrô. Enquanto se discute a gente diferenciada, não tenho a confirmação se a estação Pinheiros da linha Amarela realmente funcionará hoje, se as outras linhas e estações já começadas realmente vão ficar prontas no prazo estipulado e por que as estações do metrô de São Paulo são verdadeiros palácios, enquanto no exterior são escadarias na calçada. E a carente Brasilândia? Não seria melhor ligá-la à Barra Funda e deixar esta discussão em segundo plano? E que democracia é esta em que quem é rico não pode protestar nem ser atendido?

LILIAM ROSALVES FERREIRA (São Paulo, SP)

-

Eu morava em Higienópolis quando essa mesma associação de moradores fez movimento contra a instalação do shopping center, por razões parecidas com essas que usam contra o metrô. Com certeza hoje a associação pegaria em armas se o shopping fosse fechado. Em duas palavras: preconceituosos e reacionários.

JOSÉ ANTONIO DINIZ DE OLIVEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

-

Palocci

O caso do crescimento patrimonial injustificado de Antonio Palocci apenas é mais um entre tantos. É só ler o livro "Os Políticos do Brasil", do colunista Fernando Rodrigues, para se ter uma ideia deste descalabro. E, no entanto, estas constatações não são suficientes para que o Ministério Público abra um inquérito civil para investigar como se conseguiu este patrimônio gigante com o salário que tem.

MARCOS BARBOSA (Casa Branca, SP)

-

Um homem de finanças, como Antonio Palocci, não costuma imobilizar integralmente seu patrimônio. É lícito supor que, além do apartamento de quase R$ 7 milhões, o ministro tenha disponibilidades financeiras líquidas, que complementam seu acervo. Ninguém pode ainda considerá-lo culpado da prática de algum crime, mas explicações bem detalhadas devem ser prestadas ao povo brasileiro. Parabéns pelo trabalho jornalístico.

AMADEU ROBERTO GARRIDO DE PAULA (São Paulo, SP)

-

MEC

O aval oficial do MEC aos erros de concordância e outras barbaridades presentes em livros escolares que regularmente frequentam o noticiário parecem revelar uma estranha analogia com o sistema de medidas adotado pelo Império Britânico. Lá o tamanho do pé e do polegar do rei foram tomados como padrão de medida de comprimento. Aqui, a fala do rei do Brasil, sr. Lula da Silva, cheia de erros de português, vai virar padrão, ensinado nas escolas públicas. Aqueles que não a adotarem poderão ser processados futuramente por "preconceito linguístico".

CARLOS CESAR FERRANTE (São Paulo, SP)

-

O artigo de Clóvis Rossi (Opinião, 15/5) é um primor em termos de síntese do preconceito e ignorância linguísticos vigentes no Brasil. Recomendo-lhe a leitura do livro da professora Stella Maris Bortoni-Ricardo intitulado "Nós cheguemu na escola, e agora?". Nessa obra Rossi pode aprender algo sobre equivalência estrutural das línguas e dialetos e sobre estratégias educacionais para transmissão da norma-padrão a alunos oriundos das camadas insuladas social, econômica e linguisticamente. Depois da leitura, certamente seu pensamento será, no mínimo, menos superficial.

RICARDO CELSO ULISSES DE MELO (Aracaju, SE)

-

O artigo "Inguinorança", de Clóvis Rossi (15/5) nos deixa com um travo amargo na boca. Ao saber, pelo artigo, que o MEC aprovou um livro didático que permite que os alunos falem errado, a sensação que dá é de profundo desencanto com esse país. Fico imaginando quem estará ocupando os lugares dos brilhantes escritores e lúcidos articulistas atuais no futuro. Se não se exige rigor no trato com o vernáculo, que futuro teremos? Isso é uma "indecença e uma decadença" sem tamanho.

JOSÉ ELIAS AIEX NETO (Foz do Iguaçu, PR)

-

Não tive acesso a um contexto maior que me permita entender bem a que Clóvis Rossi se refere quando diz que o MEC deu aval a livro que ensina a falar "os livro". Mas mesmo assim dá para perceber que o articulista confunde o ensino do conceito e das causas da variação linguística com um aval para que as escolas ensinem os alunos a escreverem em desacordo com normas ortográficas vigentes. É comum o engano e logo surgem tolices como teorias de que a língua portuguesa está sendo assassinada. Nada disso, o próprio português é fruto de uma forte variação do espanhol e do latim. O que chamamos de "falar corretamente" já foi sim chamado de espanhol ou latim "errados". Geralmente quem é contra --ou não entende-- o estudo da variação linguística não são pessoas do ramo. Ou seja, não se veem linguistas defendendo "certo" e "errado" na língua, mas jornalistas, médicos, escritores... Pessoas que não conhecem a fundo o processo de formação das línguas, que se recusam a ler teorias linguísticas e ignoram as fortes e cruéis implicações do preconceito linguístico. Quando a escola chama a atenção para as formas variantes de registro não está abonando uma ou outra. Está tentando mostrar ao aluno que ele deve não só se comunicar, mas saber usar o registro certo na hora certa. Ah, e também que a língua é tão somente uma ferramenta de comunicação e não um ser que possamos assassinar. O ser, vivo e autônomo, é o falante.

LUIZ CARLOS GONÇALVES, professor de português do Cefet-MG (Belo Horizonte, MG)

-

É de aplaudir de pé a coluna de Clóvis Rossi intitulada "Inguinorança". Senti o rosto vermelho de raiva, vergonha e tristeza ao saber que o MEC avalizou um livro didático que diz ser correta a concordância de "os livro", com o alerta a quem assim escreve de que pode ser vítima de preconceito linguístico. Raiva pela minha impotência em evitar tal descalabro. Vergonha por engolirmos calados mais essa estocada. Tristeza por ver ferida de morte a nossa língua culta e bela, última dignidade que nos restava. Até onde vai a nossa leniência? Até quando iremos deixar a cangalha esfolar nossos pescoços sem reagirmos, sem mostrarmos a força que temos?

CECÍLIA MARIA DE LUCA SILVEIRA DE NORONHA (Belo Horizonte, MG)

-

O renomado escritor Clóvis Rossi, articulista desta Folha, foi infeliz (eufemismo) ao redigir o artigo "Inguinorança" de 15/5 e dizer "não pode, não, está errado, é ignorância, pura ignorância, má formação educacional, preguiça do educador em corrigir erros", referindo-se ao episódio do livro de português distribuído pelo MEC que continha a frase "os livro ilustrado mais interessante estão emprestado". Mostra-se, ainda, ignorante, pois o exemplo proposto no livro é evidente em determinadas situações informais de comunicação. Ninguém está com preguiça de ensinar, não. Sou professora de língua portuguesa e aponto aos meus alunos a norma culta, mas conversamos também sobre o fato de, em determinadas situações, usarmos frases como a citada, ou o renomado escritor diz "dê-me água, por favor" ou mesmo, na padaria, diz "dê-me dois pães"? Será que ele usa a mesóclise? Caso não use, segundo ele mesmo preconiza, isso é um crime linguístico. Fiquei decepcionada (outro eufemismo) com a posição do escritor, que é desrespeitoso e num tom eloquente (ou inflamado) chama de criminosos os que escreveram o livro. Que é isso! Temos muitos criminosos sim, mas em Brasília.

CINTIA BARTOLOMEU GARCIA, mestre em linguística (São Carlos, SP)

-

Código Florestal

Nesta batalha milionária e inescrupulosa pela aprovação, ou não, do Código Florestal, a baixaria está correndo solta. O negócio chegou ao ponto de o deputado Aldo Rebelo confessar que praticou um ato imoral e ilegal, ao declarar que usou o seu poder de líder do governo Lula para evitar que um contrabandista de madeira fosse interrogado por uma comissão da Câmara. É a confissão pública de que ele, Aldo Rebelo, estava defendendo os interesses dos contrabandistas. Segundo palavras do deputado, ele sabia que o marido de Marina Silva fazia contrabando. Assim sendo, se a Câmara dos Deputados tivesse um histórico ético razoável, deveria enquadrar imediatamente o deputado Aldo Rebelo, criando uma CPI para investigar o fato, intimando o deputado do PC do B para prestar esclarecimentos. Todos os cidadãos devem estar querendo fazer várias perguntas ao deputado. Por que o deputado Aldo Rebelo não permitiu que o marido de Marina Silva fosse prestar um depoimento na Câmara? O deputado foi pressionado pelo governo Lula para que ele praticasse tal ação? Na época, a ministra Marina Silva pediu para que ele sustasse a ida do seu marido à Câmara? Quais foram os interesses reais que fizeram com que ele tomasse tal atitude? A atitude correta do deputado Aldo Rebelo na época, seria ter subido a tribuna do plenário da Câmara dos Deputados, e denunciado o fato. Marina Silva fez muito bem em solicitar que o Ministério Público investigue o caso.

WILSON GORDON PARKER (Nova Friburgo, RJ)

-

O Código Florestal só será aprovado quando a lei tiver brechas suficientes que permitam mil interpretações diferentes, dependendo do grau de influência de quem estiver sob contestação de mau uso da terra. A lei só será aprovada quando houver garantia de espaço para uma manobra legal que permita produzir impunidades. Para apimentar essa discussão devíamos incluir no texto a reforma agrária, tema que há dois séculos o Parlamento brasileiro não consegue resolver de forma clara e definitiva. Por que favorecer os poucos grandes proprietários, ou que comandam grandes corporações, e subtrair a livre iniciativa, o empreendedorismo de outros, o direito dos pequenos, subjugando-os a trabalhadores assalariados daquelas corporações? E por que não fazer tudo isso respeitando um bem natural talvez único em todo o universo?

JULIO CÉSAR CALDAS ALVIM DE OLIVEIRA (Curitiba, PR)

-

Sofia

Maravilhoso o texto "Mundo de Sofia", de Ana Estela de Sousa Pinto (Opinião, 15/5). Tem a cara do brasileiro, infelizmente. Sofia terá de entrar neste mundo em que vivemos, e que em muitos casos não se pode entender, e sim fazer: consumismo, mundo inflacionário, aberrações seguidas de injustiças, e por aí vai. A base fundamental de tudo é a educação, essa desprezada e sem estímulo nenhum. Infelizmente Sofia ingressará neste sistema em que vivemos porque mudanças, por aqui, ficam só na conversa.

ADALBERTO FERNANDO SANTOS (Taubaté, SP)

-

Sob a égide da salvação do planeta, Ana Estela de Sousa Pinto escreve uma fábula contra o capitalismo e o lucro. De fato, os males a eles inerentes são muitos. Contudo, mantidas as liberdades individuais, inclusive a de expressão, esteve e está ao alcance das sociedades balizar o regime em benefício coletivo, como ensina a história. Já os países que aboliram o lucro fuzilaram os dissidentes. Deles só restou escombros. E a salvação do planeta, com energia limpa, renovável e abundante, emerge inexoravelmente da economia de mercado. O resto é retórica.

CELSO LUIZ P. MENDES (São Paulo, SP)

-

Santa Casa

Fiquei impressionada com nenhum comentário de leitores sobre o fechamento do pronto-socorro da Santa Casa. Não é possível que nenhum leitor tenha se sensibilizado!

ROSANGELA DIAS CRUZATO BERG (São Paulo, SP)

-

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página