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06/06/2011 - 02h30

Palocci, legalização das drogas, Copa, bombeiros no RJ

DE SÃO PAULO

Palocci

Se o ministro Palocci não quer revelar os contratos de sua empresa por causa da tal confidencialidade, vá lá, mas por que não nos mostra ao menos os comprovantes de pagamento dos tributos que ela recolheu? Revelar isso não quebra nenhum sigilo bancário porque o faturamento da empresa no fim da campanha de Dilma já conhecemos: 10 milhões, as alíquotas dos tributos também sabemos (Ex: COFINS = 7,65%).
Então, se já sabemos o faturamento e a alíquota, não há mais nada a revelar, só a comprovar. Comprovar o quê? Que foi dinheiro limpo, não foi corrupção, porque desta não se recolhe imposto. Além disso, o DARF (Documento de Arrecadação da Receita Federal) contém somente o nome da empresa pagadora, o seu CNPJ e o valor recolhido (com a chancela do banco), nada que se precise manter em sigilo. Por que será que ele não nos mostra isso? Outra coisa, a Receita Federal do Brasil, que com a simples leitura de jornais sabe qual foi o faturamento e tem acesso aos recolhimentos de tributo da empresa, sabe se eles são compatíveis entre si. Se não são, e a Receita nada faz, há mais um alto funcionário a derrubar.

JOSÉ GERALDO DA COSTA LEITÃO (Florianópolis, SC)

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No meio do escândalo Palocci, o Senado publica ato no qual se isenta de avaliar a legalidade das notas fiscais apresentadas pelos seus membros.
Trata-se de mais um absurdo e um atentado à boa gestão publica. Enquanto isso, medidas saneadoras e moralizadoras ficam arquivadas por anos sem ao menos mereceram apreciação ou votação.
A este pouco caso com o dinheiro público vem se somar o completo abandono de uma das funções principais do Senado Federal, que é a fiscalização dos gastos do poder Executivo.
Mais e mais a Casa vai se afundando na imoralidade e na irrelevância completa, que custa bilhões aos cofres públicos. Até quando?

OSTILIO DOS SANTOS (São Paulo, SP)

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Bombeiros no RJ

É odioso o comportamento do governador Sergio Cabral, ao referir-se aos bombeiros como vândalos, por reivindicarem maciçamente um ajuste salarial justíssimo para os seus R$ 900.
Aliás, os noticiários já vinham em vários momentos mostrando o pedido deste justo aumento, enquanto o governador estava muito ocupado com assuntos irrelevantes para o boa organização da cidade como opções sexuais de gays etc.
O salário dos bombeiros digno é relevante à boa organização do espaço público. Isso é governar, diferentemente da mobilização feita com a questão de opções sexuais do indivíduo, isto é demagogia.

HELOISA ARAUJO (Rio de Janeiro, RJ)

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Aids

Quem leu o artigo do ministro Padilha ontem na Folha vai achar que foi o Ministério da Saúde que resolveu brindar os soropositivos com o coquetel anti-Aids. Não é verdade. É a Constituição que prevê o direito dos pacientes em receber tratamentos mais decentes. E foi necessário acionar o Poder Judiciário para isso, porque os serviços públicos negavam esse atendimento. Com as reiteradas derrotas na Justiça, o governo decidiu tornar a aquisição mais inteligente, comprando grandes volumes e obtendo desconto com isso. Nos dias de hoje, essa luta persiste, porque os burocratas do Ministério da Saúde insistem em negar acesso dos pacientes brasileiros aos medicamentos mais modernos, que não estão disponíveis na rede pública. Talvez por isso a Justiça pareça lenta. Na verdade, é atarefada.

HERCULANO KELLES (Belo Horizonte, MG)

Drogas

'Marcos Fernandes G.da Silva (Folha, 5/6) tem toda razão quando diz que "legalizar drogas é respeitar escolhas". É bom ver o ex-presidente FHC e tantos outros defenderem a descriminalização das drogas e o fim da falida "guerra às drogas", copiada por nós dos EUA e que só tem piorado as coisas. Pessoas adultas são livres para fazerem suas escolhas e a "redução de danos" é o caminho certo a ser adotado pelo Brasil.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Marcos Fernandes G. da Silva (A/3, 5/6) está com razão ao registrar o fardo terrível que o consumidor de drogas provoca para si e para sua família. Esta, se as drogras fossem legalizadas, sentiria-se muito mais à vontade para buscar o tratamento adequado à vítima de uma doença, como outra qualquer. Está certo, também, ao dizer que a recuperação dessas pessoas é bem mais plausível do que imaginamos.

AMADEU GARRIDO (São Paulo, SP)

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Copa 2014

Como ressalta Juca Kfouri, fica bem claro agora que todas as dificuldades impostas ao Morumbi e a pantomima da CBF em torno do "Itaquerão" tinham, como muitos de nós suspeitávamos, o objetivo de levar para o Rio de Janeiro também a abertura da Copa 2014.
Ao contrário do que se possa imaginar, confirmadas as expectativas, a abertura e mesmo jogos da Copa não são perdas que os paulistanos devamos lamentar, já que ficaríamos livres de ver gente ganhando caminhões de dinheiro construindo "elefantes brancos" e obras de viabilidade e utilidade no mínimo duvidosas para a população. Foi o que ocorreu no Pan 2007, que também tivemos a felicidade de "perder" para os cariocas, e acontecerá, sem dúvida, no Mundial de 2014 e na Olimpíada de 2016.
Não deixa de ser curiosa a facilidade com que são manobrados os políticos e dirigentes de futebol paulistas, que, sempre pensando nos próprios interesses políticos e financeiros, acabaram deixando de lado a opção mais prática e, como mostram claramente os cálculos, barata, para começar do zero, apostando nos inviáveis delírios de grandeza de Vicente Matheus reencarnado em Andrés Sanchez.
A ambição dos políticos e cartolas mais uma vez vai funcionando a nosso favor. Deus pode até não ser brasileiro, mas, como se sabe, escreve certo por linhas tortas e às vezes, nessas horas, vira cidadão paulistano.

CELSO BALLOTI (São Paulo, SP)

 
 

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