Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
02/07/2011 - 02h30

Fusão, Eike, pedágio, maconha

DE SÃO PAULO

Fusão

Uma coisa é certa: quem conseguiu arrancar da BNDESPar R$ 4 bilhões de dinheiro público para a fusão dos grupos Carrefour e Pão de Açucar (Mercado, 29/6), e também convencer a presidente Dilma Rousseff de que esse negócio é excelente para o nosso país, deve ser muito influente no mundo político-empresarial.

ANTONIO AUGUSTO DE CASTRO OLIVEIRA (Osasco, SP)

-

Eike

Lamentável o artigo "Eike, o aventureiro atrevido", de Luiz Fernando Emediato ("Tendências/Debates", 1º/7), que tenta justificar as relações íntimas de amizade do empresário com o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB). Eike Batista tem negócios bilionários e grandes interesses no Rio.
Emediato deve ser a pessoa mais ingênua do mundo. Ou então age de forma cínica e de má-fé. Ele subestima a inteligência dos leitores ao pretender defender algo indefensável sob os pontos de vista ético, moral e legal, que é a promiscuidade entre o público e o privado, algo tão comum no Brasil e que deveria ser combatido por todos. Depois de tamanho elogio publicamente expresso, imagino que Emediato ganhará uma medalha e alguns bons presentes de seu grande amigo e ídolo, Eike Batista.
A Folha é democrática, mas não deveria abrir espaço para artigos tão parciais e bajulatórios. Triste ver um jornalista e escritor como Emediato se prestar a um papel desses.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

-

Pedágio

Considerando o crescimento contínuo e intenso no número de automóveis em circulação em São Paulo, não há justificativa para o aumento das tarifas nos pedágios ("Pedágio sobre até 12% nas estradas de SP", Cotidiano, 28/6)

EDSON FREIRE (São Paulo, SP)

-

Maconha

O procurador que a Folha chama de "um dos principais especialistas do país em crime organizado" mostrou ser, na verdade, apenas mais um desinformado disposto a confundir o debate sobre drogas ("Sonho de qualquer traficante é a maconha liberada, diz procurador", Cotidiano, 29/6).
Ele diz que a Holanda e Portugal são países distantes dos mercados produtores. Os fatos: a Holanda é o maior produtor europeu de maconha e exporta a chamada "nederwiet", droga com maior teor de THC do mundo. Portugal, por sua vez, faz fronteira com o Marrocos, segundo maior produtor global de haxixe. Mais: estima-se que 80% da maconha consumida no Brasil venha do Paraguai, e não do Nordeste, como sugere o "especialista".
Se ele se refere aos mercados produtores de cocaína, a bobagem é ainda maior, porque a distância nunca foi problema para traficantes. Em 2009, por exemplo, a Europa consumiu mais de 123 toneladas de cocaína andina, enquanto a América do Sul, a Central e o Caribe, juntos, consumiram 96 toneladas.
Ele afirma também que o traficante de maconha é o mesmo que vende cocaína e crack. Está certo. Mas diz que "liberar" ­-termo vago e impreciso-­ beneficiaria esse traficante, quando o argumento de legalizar a maconha é justamente separar esses dois vendedores e afastar o usuário do mercado de drogas "pesadas" ­-outro termo vago. Diz que "liberar" dobraria o consumo, mas isso não aconteceu em nenhum lugar que o fez. Em Portugal, por exemplo, o consumo até diminuiu.

TARSO ARAUJO (São Paulo, SP)

-

 
 

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo - SP, CEP 01202-900).

As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

Serviço de Atendimento ao Assinante:

0800-775-8080
Grande São Paulo: 0/xx/11 3224-3090
www.cliquefolha.com.br

Ombudsman:

0800-015-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman

Acompanhe a Folha no Twitter

Publicidade


Publicidade

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página