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Universidades, trem-bala, professores, crise financeira, Poderes
DE SÃO PAULO
Universidades
Parabéns à Folha por discutir, no editorial "Educação inferior" (Opinião, 15/7) a proposta deletéria, em tramitação no Congresso, que pretende retirar a porcentagem mínima de mestres e doutores no ensino superior. Fica a impressão de que os representantes do povo riem cada vez mais desavergonhadamente de nós. Já é penosa a presença de docentes mal formados nas universidades e que não conseguem tocar seus projetos de pesquisa por inépcia ou desinteresse e, agora, querem oficializar os cursos caça-níqueis e a venda chancelada de diplomas. A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) deverá estar atenta a isso e agir, com apoio da comunidade científica brasileira, para evitar essa tragédia.
ADILSON ROBERTO GONÇALVES, professor universitário (Lorena, SP)
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Trem-bala
O nosso sistema de transporte está sucateado. Antes do trem-bala ligando Campinas, São Paulo e o Rio de Janeiro, precisamos revitalizar a via Dutra. A rodovia está ultrapassada há tempos. Outra opção seria a construção de uma "express way" paralela à Dutra, que deveria ser gerenciada pela iniciativa privada. Essa alternativa certamente seria mais viável do que o faraônico projeto do trem de alta velocidade. Trens convencionais, com velocidade de até 200 km/h, e embarcações de cabotagem e fluvial deveriam ser usados para transporte de cargas e de passageiros. No futuro, quem sabe, poderíamos desenvolver o trem-bala.
NESTOR RODRIGUES PEREIRA FILHO (São Paulo, SP)
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Professores
Não satisfeito em parcelar em quatro anos o reajuste dos professores de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin ainda quer "parcelar" as férias (Cotidiano, 15/7). Em vez dos 30 dias corridos, serão 15 em julho e 15 em janeiro. Isso é um absurdo completo para uma categoria mal remunerada, estressada além do limite e que perde, agora, até o descanso merecido.
MARA CHAGAS (São Paulo, SP)
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Crise financeira
A semana termina com alguns acontecimentos que causam muita preocupação. Quando um país que não tem influência na economia mundial está em crise, a repercussão é mínima. Mas quando dois países desenvolvidos como os EUA e a Itália mostram que suas economias estão com sérios problemas, a preocupação se estende pelo resto do mundo. E o mais interessante é que o setor econômico, por meio de seus mandatários, sempre arranja formas de escapar dos problemas, transferindo os encargos para o erário. Uma verdadeira contradição de posições.
URIEL VILLAS BOAS (Santos, SP)
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Poderes
Quando é que as autoridades das três esferas do governo, principalmente do Legislativo, vão deixar de agir de forma pueril, corporativista e egocêntrica, e começar a tomar atitudes mais patrióticas, éticas e morais? Será que as autoridades não percebem que estamos caminhando a passos largos para o caos total? Será que dentro das três esferas do governo não encontramos alguns poucos bons e justos brasileiros para gritar e brigar por um país melhor? Será que a ganância e a autopromoção são mais importantes do que ver uma sociedade mais justa e igualitária?
SERGIO TAKEO MIYABARA (São Carlos, SP)
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