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19/09/2011 - 02h00

IPI, educação, eleições, ministérios, Judiciário, rodeios, Center Norte, Descartes, Imigrantes

DE SÃO PAULO

IPI

O recente e absurdo aumento da alíquota do IPI para veículos importados foi um golpe duríssimo no consumidor brasileiro, tolhendo nosso direito de escolha. Agora muitos terão que se conformar com as carroças nacionais, cujas montadoras poderão até mesmo aumentar ainda mais seus já exorbitantes lucros!

GABRIEL QUIREZA PINHEIRO (Franca, SP)

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Se os importados populares estão conquistando o mercado brasileiro, não seria o caso de a industria "nacional" multinacional (Volks, Ford, Renault, Fiat) jogar pelas regras do livre mercado e reduzir os preços absurdos que pagamos no Brasil por carros muito inferiores aos que elas vendem mais barato em seus países? (E por favor, não ponham toda culpa no imposto).
Proteção alfandegária só se for para enfim termos a nossa própria indústria de automóveis, aliás inexplicável lacuna no Brasil.

MARIA INÊS AZAMBUJA (Porto Alegre, RS)

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Porque os governantes, em de aprenderem com os erros passados, insistem em repeti-los? Não sei se é falta de criatividade, incompetência ou uma mistura de ambos. Basta voltar alguns anos para percebermos que essa medida de aumento do IPI dos veículos importados fere o mais simples bom senso. É visível que tal medida se presta à lobby das montadoras nacionais, já perdedoras do nicho do mercado de luxo e agora, com a vinda de coreanos e chineses obrigando a queda de preços nos populares salutar ao consumidor, se veem ameaçadas. Incompetentes para melhorar seus produtos, pressionam pela reserva de mercado.
Em reportagens recentes publicadas em sites especializados, vemos que o carro brasileiro é o mais caro do mundo e que possui maior margem de lucro. Já foram combalidos os argumentos, não mais cabíveis, do "custo Brasil" e da falta de "escala". Agora o problema é o "lucro Brasil". As montadoras nacionais superam até mesmo suas matrizes em resultados financeiros. Mais incrível é ver o presidente da Anfavea, Cledorvino Belini, dizer que tal medida é benéfica aos trabalhadores brasileiros e visa a "garantir postos de trabalho".
O que se pretende, na verdade, é sustentar as matrizes, sob crise, por via de terras emergentes.
Nunca antes na história deste país as montadoras nacionais remeteram tanto lucro às matrizes. É o consumidor brasileiro pagando para que o primeiro mundo continue como tal, e o terceiro idem.

ADRIANO DE MOURA LARA RESENDE (Belo Horizonte, MG)

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Educação

Antes de tocar em questões cruciais como o aumento da remuneração e uma carreira docente realmente atraente, a proposta de aumentar o tempo que os alunos passam na escola (Opinião, 17/9), podem ser um tiro no pé, afastando educadores idealistas que só permanecem no magistério porque conciliam essa atribuição com outra(s) que lhes garantam o sustento.
Falta muito pouco para transformar os professores em escravos sem remuneração nenhuma. Chega de encarar o magistério como um sacerdócio, pois não é. É uma carreira de suma importância que deveria ser mais valorizada.
Oxalá, os professores mineiros, em greve há cem dias, tivessem coragem e condições econômicas para permitir que todos pedissem demissão em vez de tolerar um ordenado de R$ 700!

ANA MARIA MENDONÇA (Belo Horizonte, MG)

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Como professora, constato que a divulgação do ranking das escolas baseado no resultado do Enem serve para uso em anúncios de escolas privadas e reiteração do buraco em que se encontra a educação pública gerida por estados e municípios.
Diagnóstico sem remédio não resolve.
Mas aumentar os dias letivos/ carga horária diária, sem investir em formação/avaliação dos professores e gestores e remuneração condizente é transformar remédio em veneno. Isso porque hoje a relação de alunos e professores em escolas degradadas e muradas ou gradeadas é semelhante à de presos e carcereiros.

GRAÇA SETTE (Belo Horizonte, MG)

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Curioso o artigo "Critérios do Enem prejudicam São Paulo" (Opinião, 18/9), publicado por um educador. Justamente quando a discussão sobre a qualidade da educação está presente em todos os patamares da sociedade, aparece esse texto, que mais parece uma crítica encomendada por instituições pagas de ensino (muito bem pagas por sinal).
O valor das notas de exames devem sim ser questionados, mas de maneira geral e não se limitar a uma manipulação matemática de estatísticas sobre resultados do Enem que nada mais fazem do que trabalhar a favor do marketing de algumas instituições. Me parece muito lógico que o peso da redação seja maior do que o dos testes de múltipla escolha. E explico meu ponto de vista usando a mesma matemática utilizada pelo autor. Se em um teste existem cinco alternativas, a chance de acertar aleatoriamente uma entre cinco é de 20% (ou um quinto). Podemos concluir então que o ilustre educador está atribuindo o mesmo peso de um quinto de acertos aleatórios ao de uma redação. Pois se não for o correto entendimento do português o responsável pelo aprendizado de quaisquer outras matérias, o que seria então? A lógica utilizada pelo autor?

HELOISA DE OLIVEIRA FREIRE GASPAR (São Paulo, SP)

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Sempre que os jornais noticiam os resultados de exames como o Enem ou Saresp, aparecem inúmeros especialistas para apontar o que há de errado com a educação: a infraestrutura é deficiente, os profissionais são despreparados ou não entenderam a proposta, a realidade social dos alunos é "culturalmente precária" (santo preconceito!), há falta de comprometimento das famílias etc.
É interessante observar que, nas ciências, como medicina ou física, quando uma teoria não funciona na prática, pior para a teoria. Em pedagogia, é o inverso, se as teorias não funcionam, é porque a realidade está comprometida.
Hoje, professores que insistem em ensinar à moda antiga são xingados de "conteudistas". Não defendo a volta da palmatória, óbvio, mas qual o problema do bê-á-bá? Afinal, ele funcionava.
Em tempo: é claro que pedagogia é diferente de física e medicina as duas últimas têm evoluído.

JORGE LUIZ OLIVEIRA TOSTES (Bauru, SP)

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Eleições

Muito importante a reportagem sobre a possível candidatura do deputado Marcelo Freixo a prefeito do Rio (Poder, 18/9). Para um carioca descrente da política como eu, uma luz dessas no final do túnel pode representar uma esperança que há tempos estamos esperando.
Hoje moro em Florianópolis, mas se uma mudança dessa ocorre, volto correndo para o Rio, pois vou querer ver de perto.

OSMAR LOPES NEVES (Florianópolis, SC)

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Ministérios

Dos 38 ministérios, quantos foram os ministros indicados pela presidente Dilma? Para mim faz diferença se a presidente escolheu, ela própria, ou se ela teve que engolir em seco as indicações.
Se até agora cinco ministros caíram, como frutos maduros, em menos de nove meses e esses ministros não foram indicados diretamente pela presidente, a marca não é incomoda.
Dos 38 ministérios, se a presidente tivesse escolhido pela sua vontade, 11 ministros, isto é, eu quero fulano, sicrano, beltrano e assim por diante, até o final do seu mandato os 27 ministros indicados em nome da governabilidade cairão sozinhos.
A situação seria incomoda para qualquer governo se fossem indicados 38 ministros diretamente pelo presidente e todos dessem problemas.

CLAUDIR JOSÉ MANDELLI (Tupã, SP)

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Judiciário

Já esta na hora dos órgãos de Justiça fazerem justiça e não politicagens, o que a gente sempre ouviu falar que a ordem dos fatores não altera o produto, mas na verdade não é isso que a nação tem visto na justiça. Após casos de Daniel Dantas, Roger Abdelmassih, Jaqueline Roriz e agora o caso da família do Sarney, está na hora de termos um Ministério Contra a Corrupção, mas com carta branca, poder de investigação sem passar pelos outros órgão de Justiça, só assim a Polícia Federal, a CGU e a Receita Federal, vão poder trabalhar com sigilo e fazer justiça. Estamos cansados de ver todo trabalho e sacrifício deles serem jogado numa gaveta, pelos órgãos que tem os melhores salários do país. A nação esperava mais empenho e mais justiça e não é isso que a nação tem visto.

ANDERSON APARECIDO (Hortolândia, SP)

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Rodeios

Com todo respeito aos jornalistas e editores, mas a curta reportagem "Barretos ganha título de capital do rodeio" não deveria aparecer em um jornal como a Folha, nem mesmo ser cogitada para publicação.
O título que a presidente conferiu oficialmente ao município de Barretos bem que poderia ser "capital nacional da tortura contra animais", ou talvez "capital nacional dos energúmenos que gostam de assistir animais inocentes sendo torturados".
Enquanto nações como a Espanha se empenham em erradicar a tortura cultural de animais institucionalizada ("touradas"), nossa presidente vai na contramão da tendência mundial e só faz estimular oficialmente essa prática desumana.

RODRIGO MARTINS (São Paulo, SP)

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Enquanto entidades de proteção animal lutam para acabar com o sofrimento dos animais em rodeios, a presidente Dilma sanciona a lei dando o título a cidade de Barretos como capital nacional do rodeio, que pena! E, ao mesmo tempo, que bom porque já sei em quem não votar nas próximas eleições.
Uma sugestão a presidente, a cidade de Barretos deveria ser lembrada e agraciada com o título "a cidade que cura", em respeito ao hospital do câncer daquela cidade que tanto faz pela população de todo país.

CECILIA ROCHA (Ribeirão Preto, SP)

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Center Norte

Torna-se indispensável a manifestação concreta das autoridades de vigilância no que diz respeito a dar a devida publicidade de áreas contaminadas que devem ser averbadas nos seus respectivos registros no fólio registral. Tais medidas são das mais importantes, considerando que a publicidade é um direito constitucional.
Somente com essa providência é que poderemos evitar que nessas áreas sejam edificados prédios ou qualquer outro tipo de benfeitoria que possam trazer risco à saúde e à vida dos ocupantes, como é o caso citado em que o gás metano pode a qualquer momento provocar explosão (Cotidiano, 17/9).

WILLIAN ROBERTO PINHEIRO (Birigu, SP)

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Descartes

Li e apreciei sobremaneira o "O sonho de Descartes", de César Benjamin (Ilustríssima, 18/9), pelo acurado resumo, apresentado de forma didática e elucidativa quanto ao pensamento e obra do célebre personagem do qual, como frisou o autor, apesar de não mais possuir adeptos, sua "obra penetrou profundamente no espírito de nossa época e se confunde com ele, para o bem e para o mal. Não seríamos o que somos, sem ele".
De fato, se atentarmos para o surgimento das ideologias veremos que elas se baseiam numa interpretação cartesiana da realidade social. Seu "cogito ergo sum" que faz da mente a criadora do universo deve ter inspirado de Kant a Marx produzindo esse alheamento da realidade que caracteriza todas as revoluções inspiradas nesses princípios subjetivos engendrados pelos que cogitam demais e nada produzem para o bem estar social exceto o terror e a destruição.

PEDRO UBIRATAN MACHADO DE CAMPOS (Campinas, SP)

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Imigrantes

Para uma concessionária que fatura um dos pedágios por quilômetro mais caros do mundo, o seu investimento em segurança deixa muito a desejar. Em estradas onde os usuários e o governo cobram o que pagam às concessionárias, existem sistemas que evitariam essa tragédia, como tachas (olhos de gato) luminosas inteligentes que detectam a presença dos veículos e de acidentes, sinalizando aos motoristas a mais de 500 metros que existe problema a frente e de acordo com a cor dos leds, o motorista pode tomar a decisão de reduzir ou parar.
Aconselho às vítimas da tragédia de 15 de setembro na Imigrantes (Cotidiano, 16/9) a buscar seus direitos, pois, somente doendo o bolso, a empresa irá se sensibilizar a fazer os investimentos de segurança.

LUIZ CLÁUDIO COSTA (Santos, SP)

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