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IPI, Descartes, EUA
DE SÃO PAULO
IPI
O aumento do IPI para os carros importados é uma faca de dois gumes (Mercado, 18/9). Se, por um lado, tende a proteger as indústrias aqui instaladas, livrando-as da concorrência do fabricante estrangeiro, também cria arestas para o automóvel brasileiro nos mercados internacionais. Soa, inclusive, como barreira fiscal que, sem qualquer dúvida, deverá ser questionada na OMC (Organização Mundial do Comércio).
Toda vez que tenta regular o consumo através do aumento de impostos ou da criação de salvaguardas, o governo deixa de enfrentar o cerne da questão. A medida pode até atender aos atuais fabricantes nacionais, mas não é solução para o problema e, muito menos, para o consumidor brasileiro. Não há garantias de que o fabricante estrangeiro que hoje coloca seu produto aqui a preço inferior ao nacional possa fazer o mesmo no dia em que transferir tecnologia e nacionalizar sua produção. A partir de então, estará sujeito a grande carga tributária e será refém dos esquemas de lucratividade estabelecidos para a indústria automobilística, ficando o seu veículo brasileiro caro e sem competitividade.
DIRCEU CARDOSO GONÇALVES (São Paulo, SP)
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Descartes
Excelente o artigo de César Benjamin "O sonho de Descartes" (Ilustríssima, 18/9), sobre a dúvida, a razão e o método. A história da ciência, ramo importante da história da filosofia, é imprescindível para entendermos a evolução do pensamento humano e reconhecermos que o conhecimento científico é necessariamente limitado, ao mesmo tempo que não tem limites. Talvez aí esteja a prova da existência de Deus, admitida por muitos cientistas brilhantes depois de Descartes, como Newton e Einstein.
ROBERTO CASTRO (São Paulo, SP)
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EUA
O Partido Republicano diz que tributar os ricos é luta de classes. Na realidade, o que Barack Obama está propondo é igualar o tributo dos mais ricos ao da classe média. Para esses ricos, só o investimento e suas aplicações financeiras é que trazem crescimento e desenvolvimento. Eles também são contra o seguro-saúde para os pobres. Consumidor endividado e desempregado é secundário para a economia.
No Brasil, rico também não paga por que é investidor.
ANTONIO NEGRÃO DE SÁ (Rio de Janeiro, RJ)
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