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09/10/2011 - 02h30

Câncer, Tirulipa, Steve Jobs, PSD, Inflação, Copa, Educação

DE SÃO PAULO

Câncer

É necessário um esclarecimento quanto ao debate sobre recomendar ou não o exame de PSA para detecção do câncer de próstata. Os senhores doutores se manifestam e fica faltando o lado mais importante: o dos pacientes. A Força Tarefa americana precisa sim se pronunciar, porque suas decisões norteiam gastos governamentais com saúde.
Os estudos mostraram que para cada paciente cuja vida é salva com o rastreamento utilizando (não só) o PSA, outros 48 são tratados (com cirurgia, radioterapia, quimioterapia, castração química ou cirúrgica) sem benefício. Boa parte desses 48 acabam impotentes, com incontinência urinária ou problemas intestinais. Alguns morrem em decorrência do tratamento. A Força Tarefa decidiu então que a relação de risco-benefício do rastreamento é ruim, que não vale a pena onerar o orçamento de saúde com ele.
No nível do paciente individual, a questão é diferente: muitos homens querem se submeter ao rastreamento apesar dos dados acima, muitos outros, não. A grande questão, sempre omitida nos debates, é que os urologistas brasileiros, em sua imensa maioria, recomendam o rastreamento sem informar aos pacientes sobre seus riscos e sua eficiência medíocre. Nessa escolha, como em muitas outras, o que deve prevalecer são os valores dos pacientes, que não poderão optar de acordo com suas preferências se não forem corretamente informados.

FRANCISCO J.B. DE AGUIAR, médico (São Paulo, SP)

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Tirulipa

O palhaço Tirulipa, do Tiririca, filiou-se ao PSB e será candidato a vereador em Fortaleza. Mais um humorista na política não fará diferença. Nós, cidadãos pagantes, estamos cansados de ser motivo de chacota entre os políticos.

LEILA E. LEITÃO (São Paulo, SP)

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Steve Jobs

Associando-me aos que lamentam a morte prematura de Steve Jobs, vitimado por um câncer de pâncreas, exalto aquela que considero a característica pela qual ele ficará registrado nos anais da história: sua grandeza de espírito ao buscar incessantemente a popularização da informática, fazendo com que a sua utilização pudesse ser universalizada. Afinal, não basta ser um gênio em uma determinada área se não pugnar para que sua capacidade criativa passe a render objetos e serviços que possam ser paulatinamente barateados, tornando-se acessíveis aos "simples mortais". Acredito que a melhor forma de gerar um bom entendimento do papel de Steve Jobs em relação ao uso da informática no mundo é fazer uma analogia com o genial Henry Ford, que nos primórdios da "era automobilística", uma época em que os carros eram feitos quase que artesanalmente, visando atender aos anseios de uma elite econômica e financeira, resolveu criar automóveis através do uso de um sistema industrial que posteriormente ficou conhecido como "linha de montagem", possibilitando que, com a diminuição dos custos de fabricação, e a possibilidade de venda do produto a preços acessíveis à classe média, o automóvel, que antes era tratado como um símbolo de status, passasse a ser encarado como produto de uso geral e cotidiano, destinado ao transporte, lazer e trabalho. Com Steve Jobs ocorreu o mesmo, pois, assim como havia feito Ford, trabalhou incansavelmente para fazer dos equipamentos de informática um bem de uso absolutamente popular.

JÚLIO FERREIRA (Recife, PE)

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PSD

É decepcionante ver o recém-criado PSD, do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, já contar com a adesão de centenas de prefeitos e vereadores espalhados pelo Brasil. Quem precisa do PSD? Ninguém. Kassab faz uma péssima administração, só pensa na sua carreira política e nos seus interesses pessoais e é mal visto por boa parte dos paulistanos. O PSD foi mal parido pela direita conservadora e já nasceu sob o signo do clientelismo e dos piores vícios da política brasileira.

RENATO KHAIR (São Paulo, SP)

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Inflação

Deficit público ascendente, inchaço da máquina federal, liderança em número de ministérios, corrupção premiada com impunidade, política fiscal errática e aversão à devida reforma são os vetores de um desastre anunciado: a volta da inflação! Num passado não muito distante ela já bateu em 3.000%. Quem sobreviveu às seis tentativas frustradas de contê-la sabe tratar-se de uma armadilha tão fácil de entrar, pela via da gastança e da indexação, quanto difícil de sair. A estabilidade da moeda, legado de Itamar Franco e FHC, é o benefício econômico e social de maior alcance dos últimos 50 anos, alicerce da prosperidade e da autoestima do país, base do investimento produtivo, e instrumento eficaz contra a desigualdade. Temos todos o dever cívico de cobrar do governo, sem trégua, a preservação desse patrimônio.

CELSO LUIZ P. MENDES (São Paulo, SP)

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Copa

Luiz Flávio Borges D'Urso ("Tendências/Debates", 8/10) afirma que, em um acontecimento de significação global como a Copa do Mundo, pode-se vender bebida alcoólica em estádios, como deseja a Fifa e como ocorre em outros países. Nesse sentido, gostaria de perguntar ao ilustre jurista por que também não se retiram os alambrados dos estádios, tal como nos países europeus. Por certo, muitos dos brasileiros que frequentam nossos estádios, estimulados pela bebida alcoólica, iriam vibrar com a possibilidade de poder abraçar ou agredir os jogadores e os árbitros. Com a palavra, o advogado D'Urso.

JOÃO BATISTA CHAMADOIRA (Bauru, SP)

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Educação

Sobre os textos "Em protesto, pró-reitora deixa escola federal" e "Outro lado", publicados na Folha do dia 7/10, pergunto: qual professor, em sã consciência, será contra a abertura de escolas? O argumento de que "certamente há muitos descontentes com a expansão" revela ignorância da questão por parte do reitor do Instituto Federal de São Paulo, sr. Arnaldo Augusto Ciquielo Borges. Mas quantos diretores de antigas escolas de "segundo grau" não almejariam o status (e as gratificações, é claro!) de "reitor" e não obedeceriam cegamente às ordens eleitoreiras do MEC no sentido de inaugurar, ainda que em condições precárias, muitas escolas e implantar cursos para os quais não há demanda, para ter, a seu dispor, muitos e muitos cargos para distribuir entre os "politicamente afinados"? Apoiados numa política de cooptação e favorecimentos, um grupo de professores perpetuou-se nos altos cargos do IFSP para impedir a condução daquela instituição, que é pública, para as demandas de uma educação com qualidade, que se paute em critérios definidos pelo seu coletivo.

MARLY UMBELINA ESCUDEIRO, professora do Instituto Federal de São Paulo (São Paulo, SP)

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Sobre o texto "Em protesto, pró-reitora deixa escola federal" e o texto "Outro lado", publicados na Folha de 7/10, o reitor do Instituto Federal de São Paulo omite o fato de que a decisão de aumentar a carga semanal de aulas dos professores foi tomada por um colégio de dirigentes dos campi do IFSP, sendo que o próprio reitor nomeou 23 dos 25 desses dirigentes. Além disso, havia uma proposta de atribuição de carga horária docente elaborada pela comunidade que foi ignorada.
Tem mais: os cursos superiores da instituição são frequentemente mal avaliados pela quantidade de aulas que os professores lecionam (hoje, entre 18 e 20), enquanto nas universidades federais e nas universidades estaduais paulistas esse número fica entre 8 e 12. Enfim, a greve é contra a redistribuição de aulas e também contra a imposição de regras à revelia da vontade da comunidade, composta de centenas de professores e milhares de alunos.

BRENNO VITORINO COSTA, professor do Instituto Federal de São Paulo (São Paulo, SP)

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