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21/08/2011 - 08h00

A faxina no governo pode ser atribuída a Dilma Rousseff?

DE SÃO PAULO

A "faxina" realizada pela presidente Dilma Rousseff no governo --e apoiada por um grupo suprapartidário de senadores-- motivou a pressão no Senado por aprovação de medidas anticorrupção no poder Legislativo.

A reação de Dilma ante as denúncias de irregularidades terminou com 28 pessoas exoneradas de cargos no Ministério dos Transportes e órgãos ligados à pasta, inclusive toda a cúpula do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e o ministro Alfredo Nascimento.

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A faxina no governo federal pode ser atribuída à presidente Dilma Rousseff?

SIM

A nação inteira deveria estar saudando essa conduta da presidente, que iniciou, finalmente, um movimento consistente de faxina da casa. E vemos partidos, vide o PR, incomodados com a limpeza ou fazendo ouvidos de mercador. É bom notar também a participação de senadores, como Pedro Simon (PMDB-RS) e Cristovam Buarque (PDT-DF), neste movimento de apoio suprapartidário a Dilma.

JOÃO BERTOLDO DE OLIVEIRA (Campinas, SP)

NÃO

Acho muito engraçado as pessoas se referirem à faxina executada pela presidente Dilma Rousseff, como se ela fosse a guardiã da moralidade. Estamos nos esquecendo que a senhora Dilma esteve no governo de Luiz Inácio Lula da Silva por vários anos e nunca se mostrou disposta a iniciar uma limpeza ética enquanto esteve no comando do principal ministério, a Casa Civil. Será que as pessoas a estão condecorando corretamente? Creio que não.

ALEXANDRE BARONI (São Paulo, SP)

O ASSUNTO É APOSENTADOS

Divulgação

"O governo federal tem uma visão equivocada com relação aos aposentados. Não dá nossos aumentos reais, criou vários artifícios para achatar nossos salários como se estivéssemos recebendo um donativo pela simples razão de estarmos envelhecidos. Esquece-se o governo federal que pagamos religiosamente nossas contribuições, valores fixados pelo próprio governo. Em tempo, alguém nos perguntou se podíamos ou não pagar os valores descontados em nossos contracheques? Não, simplesmente descontava. E agora nos deixa na condição de pedintes, mas dinheiro para sustentar a corrupção não falta".

ALEXANDRE ARNO KAISER (São Paulo, SP)

OPERAÇÃO VOUCHER

Ao mesmo tempo em que a Folha noticia um vazamento de fotos de uma investigação policial, que podem ter sido obtidas por meios ilegais ou, mesmo que legais, de caráter eticamente questionável, decide pôr na Primeira Página (13/8) o respectivo material sem se preocupar com o fato de que são pessoas sob investigação, não condenadas, e que as fotos foram obtidas por vias heterodoxas. Pergunto se o jornal publicou as fotos dos Mamonas Assassinas que vazaram para a internet na ocasião do acidente. Ou as da necropsia de Michael Jackson e da cantora inglesa Amy Winehouse.

Veja a investigação no Ministério do Turismo
Dilma critica excessos na Operação Voucher

Não sou parente de nenhum dos investigados, mas fico imaginando se a execração pública espetacularizada não poderia, de maneira leviana, levar o jornal a ter de se retratar, como no caso do pobre dono de uma escola que foi acusado de abusar sexualmente de crianças.

Caso esses homens sejam pais de jovens em idade escolar, uma errata ou um pedido de desculpas num cantinho do jornal daqui a alguns meses repararia os danos causados pela publicação das fotos na Primeira Página? Além disso, o apedrejamento público é condenável no Irã, mas aceitável aqui?

Também acredito que políticos corruptos mereçam todas as punições dentro da lei e do Estado democrático de Direito. Com a publicação das fotos, a Folha incorre no mesmo erro de achar que os fins -purgar a sociedade dos corruptos- justificam os meios -agredir publicamente pessoas que já estão sendo punidas, mesmo que as investigações não estejam concluídas.

Um desserviço, um erro de tom grosseiro, que apenas põe o jornal no mesmo nível dos tabloides como o "News of the World".

MAURICIO MENDONÇA (São Paulo, SP)

EVANGÉLICOS

O que a Pesquisa de Orçamentos Familiares do IBGE detectou como crescimento dos evangélicos sem igreja a partir de 2003 já era previsível dentro das próprias igrejas ("Cresce o número de evangélicos sem ligação com igrejas", Poder, 15/8). Daí as mudanças constantes que vêm ocorrendo no modelo da igreja hoje.

Se a igreja local fosse a resposta para a profunda necessidade espiritual, teríamos indivíduos mais comprometidos e participantes. O mercado que oferece o produto religioso (fé) procura obter da sua clientela o lucro (mais-valia).

O segundo motivo dessa transferência está na falta de credibilidade que a instituição mantenedora oferece, principalmente após aparecer nas páginas policiais. A igreja continua sendo santa e una, mas os homens, nem tanto.

PAULO B. CAMARGO (São Paulo, SP)

 

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