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04/09/2011 - 08h00

Enem deve ser adiado devido à paralisação dos professores em MG?

DE SÃO PAULO

No dia 1 de setembor, a Fapaemg (federação que representa pais de alunos de escolas públicas de Minas) disse que vai pedir à Justiça Federal a suspensão do Enem para resguardar o direito de 350 mil alunos mineiros da rede estadual --que vive greve de professores há 86 dias-- aptos a fazer o exame.

"O Brasil não tem culpa do que ocorre em Minas, mas Minas também é Brasil", disse Mário de Assis, presidente da entidade.

O Enem deve ser adiado devido à paralisação dos professores em Minas Gerais?

SIM

"A decisão do MEC de não adiar o Enem é equivocada. É uma injustiça deixar que 350 mil alunos de escolas de Minas Gerais disputem vagas com estudantes que tiveram o ano letivo regular. Creio que ainda há muitos pontos a serem discutidos nessa questão, afinal não estamos falando de qualquer prova e, certamente, não estamos falando de poucos estudantes afetados com a tal decisão. Acredito que o ministério precisa repensar sua decisão."

TAINÁ LOURENÇO (São Paulo, SP)

NÃO

"Compreende-se que alunos mineiros serão prejudicados pela greve de professores. Contudo não seria correto suspender o exame, já que o total de inscritos na prova chega a quase 5,4 milhões. Deve-se levar em conta que os outros milhões de jovens se prepararam o ano todo. O fato de os mineiros não estarem em situação de igualdade com os outros é, sem dúvida, um infeliz fator. Mas não é suficiente, já que os problemas na educação não atingem um único Estado."

FABIO H. SANTOS (São Paulo, SP)

O ASSUNTO É JAQUELINE RORIZ

Sérgio Lima- 21.set.2011/Folhapress
A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), durante a sessão na Câmara em que foi absolvida de cassação
A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF), durante a sessão na Câmara em que foi absolvida de cassação

"A absolvição da deputada federal Jaqueline Roriz só faz aumentar a indignação do cidadão. Pelo decepcionante placar da Câmara, depreende-se que já não há diretriz ética que remedeie tamanha distorção de valores. Já é tempo de se extinguir males da política, como a imunidade parlamentar e o sigilo em votações. Afinal, não vivemos em uma democracia? O cidadão tem o direito de saber como e no que vota o seu eleito."

Assista ao vídeo em que Jaqueline Roriz aparece recebendo dinheiro

JOÃO CARLOS ARAÚJO FIGUEIRA (Rio de Janeiro, RJ)

DEUS

Quando vi o cartum de Rafael Campos Rocha (Ilustríssima, 28/ 8), gostei muito. Por vários motivos: além da charge em si ser boa (o desenho é arrojado, a ironia é fina), considerei um enorme avanço um jornal grande e sério publicar quadrinhos dessa natureza, criticando tão diretamente um assunto ainda considerado tabu por muita gente.

Não só esse cartum me causou muito gosto, mas todo o conjunto dos desenhos em que a divindade judaico-cristã é representada como uma mulher negra em várias situações cotidianas -e humanas. A genialidade disso poderia ser discutida por horas.

Além disso, pensei: vai haver uma enxurrada de críticas. Para minha (não) surpresa, li a carta do senhor Luciano G. de Carvalho Pereira ("Painel do Leitor", 31/8 - veja abaixo a carta do leitor). Não se podia mesmo esperar outra coisa dos cristãos praticantes.

Muitos não sabem que a Inquisição acabou. Não aceitam, não toleram e não suportam a crítica, a discordância, o diferente. Pensam que suas ideias obscuras e seus mitos tidos como verdades devem ser aceitos sem questionamentos. Essas pessoas pensam que estão acima de qualquer escrutínio, e querem defender suas ideias pobres, censurando quem pensa diferentes.

Alô, senhor Luciano Pereira, se não quer ver seus dogmas questionados, tranque-se numa igreja e vá ler apenas encíclicas. Num meio de comunicação plural e democrático, o senhor terá que suportar suas crenças serem criticadas. A propósito, o texto de Luiz Felipe Pondé, que compartilha a página, de fato é bastante interessante. Penso que o cartum e o texto compuseram um bom painel. Só não foi melhor do que o texto sobre Marx no século 21, uma página adiante.

THIAGO MACHADO SAMPAIO RIBEIRO (Belo Horizonte, MG)

Editoria de Arte / Folhapress

*

Considero de extremo mau gosto a charge intitulada "Deus, essa gostosa", de autoria de Rafael Campos Rocha, publicada no caderno Ilustríssima no último domingo (28/8). Na mesma página, publicou-se um texto de alta qualidade, de autoria de Luiz Felipe Pondé, acerca de livros de Ratzinger, o papa Bento 16. O contraste entre as duas peças é total. Enquanto o texto de Pondé traz uma reflexão séria e inteligente sobre relevantes questões teológicas, na charge há escracho malicioso e ignóbil. Trata-se de uma tirinha de qualidade abaixo da crítica, que não mereceria figurar em um jornal da importância da Folha.

LUCIANO G. DE CARVALHO PEREIRA (Brasília, DF) - Publicada no dia 31.ago.2001, na seção de Cartas

JUDICIÁRIO

Os nobres juízes estão chateados porque o Orçamento de 2012 não prevê aumento para a categoria, que, claro, ganha muito mal, tem apenas 60 dias de férias e se aposenta com valor integral dos salários ("Revolta do STF por aumento faz Dilma rever Orçamento", Poder, 2/9).

Bem mesmo estão os aposentados que recebem salário mínimo e têm de se virar para bancar remédios, que só aumentam a cada ano. No Brasil, fala-se muito em corporativismo dos políticos, mas, infelizmente, isso espalha mais rápido do que notícia ruim? Se pararmos para prestar atenção, veremos que o que hoje acontece no STF está muito disseminado pelo país, principalmente nos centros de poder.

Não tem jeito, cada um puxa a brasa para a sua sardinha, não se importando uns com os outros.

ANTONIO JOSÉ G. MARQUES (Rio de Janeiro, RJ)

 

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