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Governadora do DEM diz esperar boa relação com Planalto por ser mulher
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SÍLVIA FREIRE
DE SÃO PAULO
Para a nova governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini (DEM), a questão de gênero deve aproximar sua administração da Presidência da República.
Apesar de estar em um partido de oposição a Dilma Rousseff, Ciarlini, 58, disse à Folha que as mulheres sabem da importância de realizar uma boa gestão para mostrar que podem "fazer acontecer".
Ex-senadora e prefeita de Mossoró (RN) por três mandatos, ela falou que os investimentos para a Copa do Mundo de 2014 em Natal serão mantidos, apesar dos cortes já anunciados.
Folha - Ser de um partido de oposição vai dificultar o diálogo com o governo federal?
Rosalba Ciarlini - Confio nas palavras da presidente que disse que será "a presidente de todos". Ela mesmo entendeu que estamos numa democracia e que termos partidos diferentes não nos tira a responsabilidade de cuidar do Brasil.
Um oposição muito acirrada do DEM no Congresso pode prejudicar seu governo?
O partido entende que temos que separar as coisas. Uma é a relação administrativa. Outra é a defesa de ideais e de suas posições. Mas eu e o governador [de Santa Catarina] Raimundo Colombo [DEM], contaremos com a compreensão do nosso partido. Aqui as questões serão mais administrativas e lá [no Congresso] mais legislativas.
O fato de ter uma mulher na Presidência vai aproximar o Estado do Planalto?
Com certeza. Temos uma responsabilidade grande em provar que a mulher é capaz, é competente e que podemos fazer acontecer. A mulher tem sensibilidade e sabe que ter um bom resultado é importante para estimular outras mulheres que querem participar não só da política, mas de todas as atividades.
A presidente Dilma colocou a "erradicação da pobreza" como prioridade. Estará também no foco no seu governo?
Somos o quinto Estado em mortalidade infantil, temos mortalidade materna. E tudo está ligado ao combate à pobreza. É uma questão que vou me debruçar como prioridade. Faz parte da minha vida profissional, de médica. E o governo federal, com sensibilidade para nos apoiar nesta área, será fundamental. Para combater a pobreza, vamos também arranjar emprego para o povo.
O atraso na infraestrutura do Estado para a Copa de 2014 preocupa sua gestão?
Apesar de ter contido despesas em todas as áreas, as da Copa terão um tratamento especial. Vou estar diretamente ligada para não corrermos o risco de perder.
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