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05/01/2011 - 16h04

Decisão de Lula sobre caso Battisti é um 'grave equívoco', diz presidente de comissão

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GABRIELA GUERREIRO
DE BRASÍLIA

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) criticou a decisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de negar extradição ao italiano Cesare Battisti.

Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Azeredo disse que a decisão de Lula "é um dos mais graves equívocos" cometidos pelo ex-presidente na política externa brasileira.

"O asilo a Battisti, terrorista condenado à prisão perpétua por 36 crimes, incluindo quatro assassinatos, coloca em risco as relações excepcionais que o Brasil mantém com a Itália e a União Europeia. Ao mesmo tempo, atrai contra nosso país o desprezo das vítimas sobreviventes, que encabeçam protestos diante da embaixada brasileira em Roma", afirma o senador.

Segundo Azeredo, Lula desrespeitou decisão da Justiça da Itália, que decretou a prisão perpétua de Battisti. "Trata-se, portanto, de desrespeito à Justiça de um país democrático, que possui instituições consolidadas, e à própria Justiça brasileira, que considerou o réu criminoso comum."

O senador diz ainda, na nota, que Lula manifestou apoio e respeito a decisões tomadas por "regimes totalitários" enquanto esteve no governo --por isso seria "mais lógico" defender a ação da Itália. "A liberdade de Cesare Battisti, sem dúvida, mancha sua biografia", encerra a nota. Azeredo ainda manifesta "solidariedade" à Itália nos protestos contra a decisão de Lula.

No último dia de seu governo, o então presidente Lula negou a extradição de Battisti e abriu uma nova crise diplomática com a Itália.

Ao anunciar que Battisti ficará no Brasil com o status de imigrante, e não como refugiado ou asilado, Lula argumentou que o italiano, caso volte ao seu país, poderá sofrer perseguição por "opinião política, condição social ou pessoal".

 

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