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TSE encaminha ao Supremo recurso de Capiberibe
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DE SÃO PAULO
Um recurso do ex-senador João Capiberibe (PSB-AP) contra sua cassação, com base na Lei da Ficha Limpa, foi encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) por ordem do presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Ricardo Lewandowski.
Em dezembro, o TSE endossou decisão individual da ministra Cármen Lúcia que barrou a candidatura de João e sua mulher, Janete Capiberibe, no pleito de 2010.
Alan Marques/Folhapress |
João e Janete Capiberibe, do PSB do Amapá, tentam reverter decisão baseada na Lei da Ficha Limpa |
Senador pagou testemunhas no caso Capiberibe
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Em janeiro, o Supremo negou liminar em que Capiberibe pedia para ser diplomado senador.
Ao rejeitar a solicitação, o presidente do STF, Cezar Peluso, afirmou que o caso ainda precisava ser resolvido pelo TSE --o que aconteceu agora, com a remessa do recurso determinada pelo tribunal eleitoral.
Por ser considerado ficha-suja pelo colegiado, o casal se elegeu para Senado e Câmara, respectivamente, mas não pôde assumir a vaga.
Eles foram cassados pelo TSE, acusados de compra de votos nas eleições de 2002.
Com a saída de cena de João Capiberibe, Gilvam Borges (PMDB-AP) ganhou cadeira no Senado.
SUBORNO
A Folha revelou na semana passada que, segundo uma ex-secretária da emissora de TV da família de Gilvam, houve suborno no processo que resultou na cassação dos Capiberibe.
Ela, que trabalhou 20 anos com o peemedebista, disse que foi incumbida de comprar casas para duas testemunhas contrárias ao casal do PSB.
No ano passado, a três meses das eleições, Roberval Coimbra Araújo, ex-funcionário da mesma TV, disse que o político comprou três testemunhas no processo de cassação. Ele foi esfaqueado após a acusação.
Em outras ocasiões, Gilvam negou ter comprado testemunhas e chamou o cinegrafista Roberval Araújo de "bandido" e de fazer "armações escusas".
Em artigo publicado em janeiro na Folha, Capiberibe afirma que ele e sua mulher foram vítimas de "armação perpetrada pelo PMDB dos senadores Gilvam Borges e José Sarney".
Ele nega a compra de dois votos por R$ 26, em duas prestações, em 2002 --acusação que teria resultado na cassação dos dois políticos.
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