Veja seleção de botequins genuínos para petiscar sem frescura
Para beber e petiscar sem frescuras, casas como Mercearia São Pedro e Bar das Batidas são apostas garantidas.
Botecos genuínos, esses pés-sujos são as apostas despojadas do especial "O Melhor de sãopaulo" Restaurantes & Bares. Confira roteiro abaixo:
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Amigo Giannotti
Para ir a este bar, não é necessário escolher a melhor roupa. O botecão da família Giannotti atrai um público despojado, que pouco se incomoda com o salão, sem luxo algum –repare no jacaré empalhado na decoração. Fogaças enormes e com recheio transbordante (caso da de calabresa com mozarela) figuram na maioria das mesas ao lado das cervejas geladas em garrafa de 600 ml (tem Original, Serramalte, Heineken...). Possivelmente, o simpático proprietário, seu Antônio Giannotti, passará por sua mesa para dar um oi.
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Bar das Batidas
O apelido peculiar do boteco –cu do padre- se deve à sua posição geográfica, desde 1957 atrás da igreja Nossa Senhora do Monte Serrat, no largo de Pinheiros. A aura "antiguinha" se mantém na decoração simples, com embutidos pendurados e prateleiras cheias de bebidas. A batida de morango com coco e vodca é uma das especialidades da casa. Para comer, prove o sanduíche de calabresa com picles, queijo e ricota temperada.
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Bar do Biu
Este boteco pé-sujo tem balcão na frente e dois salões nos fundos, com fotos e camisas do Corinthians na decoração. O atrativo é a cozinha da mulher de Biu, dona Edi, que faz pratos nordestinos. O baião de dois mistura arroz, feijão-de-corda, carne-seca desfiada, linguiça, bacon e queijo de coalho. Acompanha batata-doce, abóbora e carne de sol. Outra atração é a feijoada, servida todos os dias. Para beber, vá de cervejas em garrafa.
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Bar do Giba
Comandado por Gilberto Turibus desde o início, em 1987, o bar é decorado com flâmulas do Santos F.C. (o time do coração do dono). A casa tem "manias" que só um boteco genuíno pode ter: não aceita cartões de crédito nem tem cardápio –as opções ficam inscritas em lousas espalhadas pelo salão. Para escoltar as cervejas em garrafa, a maioria dos clientes já tem o pedido na ponta da língua: os pastéis, nos sabores queijo, carne, palmito e camarão. O bife à milanesa em aperitivo e o steak tartare também são bem cotados.
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Bar do Luiz Fernandes
O boteco é parada obrigatória na ZN. Você pode não dar nada pelo ambiente (repleto de mesas de metal e banquetas de plástico), mas os bolinhos de dona Idalina, mulher de Luiz Fernandes, fazem salivar. São vendidas por unidade delícias como o bolinho de carne e o Surpresa da D. Idalina (de berinjela, é recheado de carne, mozarela e tomate seco). Tudo na companhia de batidas feitas na casa (amendoim com cacau, vinho com morango) ou cervejas de 600 ml.
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Bar do Luiz Nozoie
É um legítimo boteco pé-sujo, com paredes de azulejos e balcão de fórmica. O nissei que dá nome ao bar não toca mais o local no dia a dia, mas a atmosfera é a mesma. Continua lá a antiga máquina de fazer sorvete, que é usada para gelar as cervejas –mergulhadas por 15 minutos numa mistura de água e sal, as garrafas saem trincando. Da cozinha, Márcia, filha de Luiz, expede rissoles (nos sabores carne, queijo e camarão com Catupiry) e espetinhos de peixe-espada empanados.
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Del Mar
Nas proximidades do Bar Léo, a casa foi criada em 1984 e mantém o espírito de botequim espanhol, servindo um chope Brahma bem tirado. O cardápio tem como ponto forte a porção individual de "paella" valenciana. Para petiscar, fique com as lulas recheadas com os próprios tentáculos.
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A Juriti
Aberto em 1957, o boteco resistiu ao tempo com seu balcão de alumínio e azulejos nas paredes. As cerca de 30 opções de tira-gostos justificam a fama de "rainha dos aperitivos". Há rã à milanesa, sardinhas enroladas com cebola e a Joana D'Arc (calabresa flambada no álcool). Além de cervejas em garrafa, o bar vende batidas.
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Mercearia São Pedro
É a "Merça", para os mais íntimos. E eles não são poucos: o boteco "cult" reúne escritores, jornalistas, artistas e universitários, sempre com uma cervejinha na mão (e um pastel também). Prateleiras com DVDs e livros fazem parte da atmosfera fervilhante do local, e o público não se importa de bebericar em pé, na rua.
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Nação Nordestina
O boteco de decoração bem simples é tocado por Gilvan de Almeida, tio de Rodrigo Oliveira, chef do Mocotó. A matriz da cozinha é a mesma: nordestina, com mocofava e feijão-de-corda com carne-seca no cardápio. Criado para o festival Comida di Buteco deste ano, o bolinho de baião de dois alcançou o quarto lugar. Para beber, peça a cachaça com rapadura dissolvida.
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O Pescador
O salão tem jeito de boteco, com paredes azuis e as mesas viradas para o "calçadão" da avenida Zaki Narchi. Os pescados são as estrelas do cardápio, em opções como as iscas de porquinho e os peixes fritos inteiros servidos na companhia de vinagrete e farofa. O menu contempla também bons caldinhos: o que leva o nome da casa agrega lula, polvo, marisco e frango em cubos. Cervejas em garrafa acompanham as pedidas.
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Valadares
Em 2007, o boteco "old school" foi visitado pelo chef-celebridade americano Anthony Bourdain. Ele comeu testículos de boi, disponíveis nas versões ao alho e óleo, "doré" e à milanesa. Assim como Bourdain, boêmios das antigas e jovens curiosos vão atrás de "esquisitices" –também há rã empanada entre os petiscos. Se preferir algo mais "fácil", as batatas-bolinha vêm com "serragem" (farinha de mandioca e alho). Não esqueça de pedir uma cervejinha (tem Brahma, Skol, Heineken, Itaipava...).
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