Franceses Le Jazz e Ici Bistrô comprovam 'popularização' do gênero
Os bistrôs se espalham pela cidade a ponto de já se tornarem tipicamente paulistanos, quase como as pizzarias e os japoneses, ainda que sem o lastro dos imigrantes para fixar as balizas da tradição.
Vemos brotar até bistrôs italianos, bistrôs em shoppings e uma profusão de casas que mais mereceriam o nome de "bistrote".
O empate de dois bons bistrôs na categoria melhor restaurante francês, no delicado momento em que as duas casas se desdobram em filiais, só dá prova da recente "popularização" do gênero.
De tão "autênticos", Le Jazz e Ici Bistrô mais parecem restaurantes temáticos. Nem em Paris há bistrôs tão lustrosos quanto os nossos.
Mas é ali que o paulistano poderá realizar uma pretensão cada vez mais dispendiosa: namorar, comer e beber com os amigos ou apenas ruminar a solidão diante de um bom bife.
E, caso ela resista, basta sufocá-la com o "pain perdu", rabanada francesa que é o ponto de contato entre os cardápios do Ici e do Le Jazz.
Depois, uma "assiette de fromages" –afinal foi um francês, Brillat-Savarin, que nos ensinou: "Uma sobremesa sem queijo é como uma bela mulher a quem falta um olho".