Depois de vandalizado e furtado, Marco Zero resiste desde a última reforma
O ponto inicial de São Paulo é uma placa de bronze hexagonal sustentada por mármore. Tentaram furtá-la em 1959. Camelôs a utilizavam como base para vender barbeadores em 1995. E, na eleição de 2010, adesivos de um candidato ao governo paulista a decoravam.
O Marco Zero, na praça da Sé, foi inaugurado em 1934. Sugerida pelo jornalista Américo Netto e executada pelo artista plástico Jean Villin, a obra é o ponto central de referência para ruas, avenidas, estradas e ferrovias do Estado.
Originalmente, diz o arquiteto José Lefèvre, professor da FAU-USP, ela tinha um pedestal com degraus de granito, mas alguns foram enterrados em meio à reforma da praça, em 1952.
Durante a construção da estação Sé do metrô, nos anos 1970, ganhou a rosa dos ventos de mármore e granito que a circunda até hoje.
Em 2007, veio a última alteração: o restauro. "Chumbamos a nova placa de bronze com resina especial para dificultar a remoção", diz o arquiteto André Aaltonen, responsável pela reforma.
Aos 79 anos, não serve mais a camelôs nem está com propaganda. E, até aqui, segue à prova de furtos.
Pça. da Sé, s/nº