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Beber cerveja jogando pingue-pongue vira moda em Nova York
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IVAN FINOTTI
DE NOVA YORK
Jogar pingue-pongue em Nova York não é mais coisa de mestres japoneses.
Ao contrário, patricinhas que parecem saídas do seriado "The Gossip Girl" têm disputado raquetes e bolinhas coloridas em pelo menos cinco bares da cidade, que oferecem, além da óbvia cerveja, mesas de pingue-pongue.
A moda começou em 2009, com a inauguração do clube SPiN, em Manhattan, com 18 mesas profissionais, espalhadas por um ambiente lindo e azulado. A onda ganhou força mesmo quando a atriz Susan Sarandon, 65, recém-separada de Tim Robbins, 53, revelou ser uma das donas do lugar e apaixonada pelo jogo. E dá-lhe mídia: após largar o ator, Sarandon começou a namorar o sócio dela no salão de jogos, Jonathan Bricklin, 33.
Gilberto Tadday | ||
SPiN Galactic em Nova York conta com mesas de pingue-pongue; atriz Susan Sarandon é uma das proprietárias |
O SPiN cobra US$ 20 (R$ 35) por meia hora de jogo durante a noite. Antes das 18h, o preço cai pela metade. Organiza torneios com prêmios que chegam a US$ 500 (R$ 890). "Essas mesas custam US$ 15 mil (R$ 26.500) cada uma", orgulha-se o gerente, Tim Parker. Segundo ele, o SPiN encomenda mensalmente 14.400 bolinhas para a sua diversão, o que, se for verdade, revela um gasto de 27 bolinhas por mesa/dia. Portanto, se você leva pin-gue-pongue a sério, este é o seu destino na cidade. E, sim, Susan Sarandon aparece de vez em quando para jogar.
CANECAS E CHURRASCO
Outros lugares, porém, tratam o jogo mais na brincadeira. O Biergarten é um bar que mistura sofisticação com despojamento. Sofisticação porque ele faz parte do The Standard, um hotel de design caro e moderno cravado embaixo da High Line, o antigo minhocão transformado em parque suspenso. Mas é despojado em seu conceito: é um bar do tipo alemão, com longas mesas e bancos sem encosto, que serve canecas gigantes de cerveja, salsichões e pretzels.
Para jogar em suas duas mesas profissionais, é preciso paciência. "Recebemos 700 pessoas em uma noite movimentada", diz o gerente Julien Bizalion. Na quarta-feira em que a Serafina visitou o lugar, estava abarrotado por nova-iorquinos engomadinhos e garotas de salto alto. Diz o gerente, aliás, que as atrizes Renée Zellweger e Cameron Diaz são frequentadoras das raquetes do Biergarten.
Com quase 12 anos de funcionamento no Brooklyn, o simpático Iona, próximo à ponte Williamsburg, tem uma mesa de pingue-pongue ao ar livre.
Isso significa que as raquetes costumam hibernar no inverno, mas no verão, uau!, você pode dar cortadas fulminantes ao lado da churrasqueira em brasa, enquanto o dono do lugar, Victor Boyd, 44, grelha hambúrgueres e salsichas para matar a sua fome.
De acompanhamento, Boyd oferece 22 marcas de chope, 40 marcas de cerveja e nada menos que 30 uísques "single malt" escoceses.
"É o que eu chamo de 'social bar'", diz o norte-americano. "As pessoas não vêm aqui para beber, e sim para se reunir." Cerca de 20% da clientela, muito mais relaxada que no Biergarten, é formada por jogadores de pingue-pongue. E se você gostou da ideia do churrasco, é só passar lá no fim das tardes de verão, às quintas, sextas, sábados ou domingos.
Há meia dúzia de outros bares que merecem a visita do amante de pingue-pongue em Nova York, como o Slate, os salões "[Fat Cat Billiards]": http://www.fatcatmusic.org e, em Manhattan, ou o, no Brooklyn.
Agora só falta definir quem vai buscar a bolinha que foi parar lá longe.
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