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Estilo simples explica parte do sucesso de Jonathan Franzen
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PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ESPECIAL PARA SERAFINA
Para os franzenmaníacos, "Liberdade" e "Correções", os grandes romances de Jonathan Franzen, são "Guerra e Paz"no Meio-Oeste dos Estados Unidos. Nada mais, nada menos. Os literatos quase enfartam com a comparação.
Mas Franzen conseguiu uma proeza. Faz literatura de qualidade para as massas e convive na lista dos mais vendidos com porcarias de sucesso como "Cinquenta Tons de Cinza", de E L James.
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Os romances com sua grife são narrativas longas e ambiciosas, que traçam um panorama da vida na imensidão das casas sem cercas dos subúrbios da classe média americana, habitadas por neuróticos supermedicados.
O leitor sempre vai encontrar determinados ingredientes nas obras do autor, tanto nos romances como nos seus livros de não ficção, como "A Zona do Desconforto" e "Como Ficar Sozinho" (publicados pela Companhia das Letras).
Sempre haverá famílias ditas disfuncionais (não são todas?), envolvidas por grandes temas atuais -ambientalismo, crise financeira, estouro da bolha ponto.com, epidemia de antidepressivos e mal de Parkinson.
Haverá também aspectos prosaicos da vida americana que serão descritos nos ínfimos detalhes -velhinhos que colecionam cupons de desconto, vizinhos que trazem bandejas de cookies para socializar, adultos republicanos que passam a vida jogando Playstation.
Você pode até não conseguir resumir exatamente o enredo dos livros, mas vai dormir e acordar pensando nos personagens. É gente como Patty Berglund, de "Liberdade", uma dona-de-casa tão boazinha que não consegue criticar ninguém, ela diz no máximo que fulano é "estranho". Essa mesma Patty é capaz de cortar os pneus do vizinho, republicano, barulhento e cafona, e trai seu marido com o melhor amigo dele.
Franzen já declarou ser contra a literatura cheia de experimentalismos e pirotecnias. E é justamente esse estilo enganosamente simples -fácil de ler, mas muito difícil de reproduzir- que explica parte de seu enorme sucesso.
E é viciante: prepare-se para passar a noite em claro, sugado pelos personagens.
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