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Campeão mundial de patinação faz shows e dá aulas para completar a renda
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ROBERTA SALOMONE
DE SÃO PAULO
Aos seis anos, Marcel Stürmer assistiu a uma apresentação de patinação na escola onde estudava. O show era parte das comemorações de fim de ano e o menino ficou tão encantado com o que viu que disse aos pais que também gostaria de aprender a deslizar sobre rodinhas. Depois de arrumar um par de patins --bem maior que seus pés-- com uma vizinha, foi logo matriculado em um curso. Três anos depois, Marcel era campeão brasileiro de patinação artística.
Os pais, a professora e os amigos ficaram surpresos com a dedicação e os resultados do menino, que, aos 11 anos, virou campeão sul-americano. Na cidade onde nasceu e foi criado, a pequena Lajeado, que tem cerca de 70 mil habitantes e fica a 120 km de Porto Alegre, Marcel virou ídolo. "Ninguém esperava. Aconteceu tudo muito rápido mesmo. Era uma medalha atrás da outra", lembra o atleta.
Dez anos depois de começar a treinar, foi de mala e cuia para os Estados Unidos. Convidado por uma treinadora americana, Marcel morou três anos na cidade de San Antonio, no Texas. Aprendeu inglês, conheceu gente do mundo todo e treinou. E treinou. E treinou. Pouco tempo depois, conquistou a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo.
Ali, aos 18 anos, tornou-se o campeão mais novo da história da patinação do Pan. Hoje em dia, aos 27, é apontado como o maior atleta da história da modalidade no país. E é o segundo no ranking mundial, tetracampeão sul-americano, tri pan-americano e tem mais de 16 títulos nacionais.
FAMOSOS
Mas, apesar do sucesso, o esporte pouquíssimo difundido e incentivado no Brasil não gera dinheiro para o seu principal representante conseguir viver só disso. Ele tem patrocínios das empresas Banrisul, Rye e Ulbra, que o ajudam a pagar as despesas de treinamento.
Mas, para engordar a renda mensal, ele tem uma pista desmontável para fazer suas próprias apresentações. "Eu ainda consigo me virar. Faço shows e dou aulas, mas como um judoca faz para pagar as contas? Um 'ippon' em praça pública?", pergunta, referindo-se a um golpe de judô.
Estudante de gestão em marketing em uma faculdade de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, Marcel já tem planos: quer organizar um show com grandes nomes da patinação mundial ainda neste ano. "Vai ser uma coisa à 'Dança dos Famosos'", promete ele, que, claro, será a atração principal.
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