Cresce desmatamento em áreas indígenas do Acre, segundo Sipam
Relatório anual produzido pelo Sipam (Sistema de Proteção da Amazônia) revelou um desmatamento de 13,6 mil hectares em terras indígenas e unidades de conservação no Acre entre janeiro de 2006 e dezembro de 2007 no Estado.
Segundo o relatório, divulgado pelo diretor-geral do Sipam, Marcelo Lopes, o maior aumento do desmatamento se deu em terras indígenas --com 155% a mais de terras degradadas, o equivalente a 5,6 mil hectares.
Ainda segundo o relatório, as unidades de conservação federais tiveram redução de 81% no desmatamento, mas ainda somaram a maior quantidade de desmates em números absolutos, com mais de seis mil hectares. Já as unidades de conservação estaduais tiveram cerca de 84% de redução do desmatamento.
Durante o anúncio, Lopes explicou que as análises foram feitas a partir de imagens de satélites e de radares posicionados em aeronaves do próprio Sipam.
De acordo com Lopes, o relatório é baseado em dados do ProAE (Programa de Monitoramento de Áreas Especiais), que monitora áreas especiais a partir da observação de terras indígenas e áreas de conservação estadual e federal do Acre, Rondônia e Mato Grosso.
Os dados divulgados hoje apontam ainda que a Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes foi a campeã no ranking do desmatamento, com dois mil hectares, seguida pelo Parque Nacional Serra do Divisor, com 1,2 mil hectares de desmates e, na seqüência, pelas Resex do Alto Juruá (995 hectares desmatados), Riozinho da Liberdade (733 hectares) e Alto Tarauacá (513 hectares).
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