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Reservatórios subterrâneos d'água do mundo passam por declínio acelerado, diz estudo

Problema é impulsionado por práticas insustentáveis de irrigação e pelas mudanças climáticas

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Reuters

Os níveis de águas subterrâneas do mundo apresentaram um amplo e acelerado declínio nos últimos 40 anos, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (24) na revista científica Nature. A queda nos reservatórios foi impulsionada por práticas insustentáveis de irrigação e pelas mudanças climáticas.

A água subterrânea é uma importante fonte de água doce para fazendas, casas e indústrias. Segundo o artigo, o esgotamento desses reservatórios pode representar ameaças econômicas e ambientais severas que incluem queda das colheitas e subsidência (afundamento) destrutiva da terra, especialmente nas zonas costeiras.

Segundo a Unesco, as águas subterrâneas representam quase 99% das reservas de água doce do planeta.

Tubulação de irrigação em Imperial Valley, Califórnia, Estados Unidos - Caitlin Ochs - 5.dez.2022/Reuters

"Um dos principais motivos por trás do declínio rápido e acelerado das águas subterrâneas é a retirada excessiva para agricultura irrigada em climas secos", disse Scott Jasechko, da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA), um dos coautores do estudo.

Mas a seca, impulsionada pelas mudanças climáticas, também teve um impacto. De acordo com Jasechko, a falta de chuva e calor excessivo provavelmente faz com que agricultores bombeiem mais água subterrânea para garantir que suas plantações sejam irrigadas.

O esgotamento tem sido especialmente acentuado em climas áridos com extensas áreas agrícolas, segundo o estudo, que analisou 170 mil poços em mais de 40 países. O norte da China, o Irã e o oeste dos Estados Unidos estão entre as regiões mais afetadas.

Mais de um terço dos 1.693 sistemas aquíferos —corpos de rocha porosa ou sedimentos que retêm águas subterrâneas— monitorados pelo estudo caíram pelo menos 0,1 metro por ano de 2000 a 2022, com 12% passando por declínios anuais superiores a 0,5 metro.

Alguns dos aquíferos mais afetados na Espanha, no Irã, na China e nos Estados Unidos tiveram redução de mais de 2 m por ano no período.

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