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Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

Campanha eleitoral com pena de morte

No Rio, governador transforma chacina em palanque; em Sergipe, retrato do país asfixiado

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Oficialmente a campanha eleitoral começa em agosto. Mas ela está em todo lugar, com variadas e inusitadas ações. Há estampas de Lula e Bolsonaro nas bancas de comércio popular que se espalham nas avenidas Paulista e Nossa Senhora de Copacabana. Em algumas regiões do país, sobretudo aquelas beneficiadas com verbas do orçamento secreto, o clima é de véspera de votação: carreatas e showmícios.

A eleição —garantem de marqueteiros a cientistas políticos— será a mais movimentada desde a redemocratização nos anos 80. Como era de conhecimento geral —até do TSE—, informações falsas grassam nas redes. Estagnado no segundo lugar das pesquisas, Bolsonaro domina a audiência do TikTok. São vídeos curtos, um minuto no máximo, com memes e paródias. O presidente interpreta o tiozão do pavê. Já circula na plataforma a notícia de que ele mandou congelar, na marra, o preço da gasolina e dos alimentos.

Candidato velha-guarda, Lula costura alianças. Ciro Gomes, tentando sobreviver a uma disputa que derrubou oito representantes da terceira via, faz o sabichão do debate, o jovem rebelde. É impagável o desenho animado, lançado no Twitter, em que Ciro, vestido de Homem-Aranha, vira o "Ciranha" e ataca os vilões "Lulatman" e "Bolsoringa".

Está sendo uma campanha de vida ou morte. Desesperado por votos, o governador Cláudio Castro se especializou em matanças. Fez delas plataforma para atrair eleitores. A mais recente, na Vila Cruzeiro, com 23 vítimas. Sob Castro, a região metropolitana do Rio conta 74 chacinas em operações policiais, com 330 mortos.

Depois de reforçar a operação da PM na favela carioca, a Polícia Rodoviária Federal provou que está pronta para agir nas eleições. Em Sergipe, dois agentes torturaram e mataram um homem, asfixiando-o com gás. Genivaldo de Jesus foi abordado por pilotar uma moto sem capacete –infração que Bolsonaro está cansado de cometer.

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