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Coluna é assinada pelo jornalista e tradutor Daniel de Mesquita Benevides.

Treze coquetéis vermelhos, para não deixar dúvidas

Conheça e aprenda a fazer as receitas de drinques clássicos em tons avermelhados

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Negroni: Imbatível, no gosto e na aparência, é poção mágica para enfrentar a ultradireita que tomou conta de seu país de origem, na bota europeia.

Manhattan: Preparado em geral com bourbon, mais acessível no Brasil. Se puder, experimente com rye e ponha um tantinho mais de Angostura. Uma mudança nesse momento é mais que bem-vinda. E você não vai querer tomar outra coisa.

Manhattan servido no bar de drinques Santana, em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo - Pedro Knoll/Divulgação

Bloody Mary: Faz pensar na frase de Jânio Quadros, ex-presidente de justa má fama, que abriu caminho para o golpe de 1964 com sua renúncia inexplicada. "Bebo porque é líquido; se sólido fosse, come-lo-ia." No caso do bloody mary, dá para fazer as duas coisas: beber a mistura de suco de tomate, temperos e vodca —uma sopa, a depender da espessura— e comer o salsão que vem de enfeite, como o democrata Brad Pitt em "Era uma vez em… Hollywood".

Rhett Butler: Com bourbon (60 ml), suco de cranberry (120 ml), suco de limão (12 ml) e xarope de açúcar (20 ml). O nome foi tirado do personagem de Clark Gable em "...E o vento levou". Cabe a frase final do filme, em outro contexto e um pouco alterada: "Francamente, meu caro, espero que você seja julgado e preso."

El Diablo: Como o diabo gosta —tem 45 ml de tequila, 20 ml de suco de limão, 5 ml de grenadine e 90 ml de ginger ale. Fácil de beber, vai subindo, subindo, subindo…nem precisa de segunda rodada.

Strawberry and Mint Daiquiri: Daiquiri feito com morango e hortelã. Vale muito esse brinde de primavera, que combina com as recentes aberturas na terra do rum, principalmente em relação ao universo LGBTQ+, mesmo que tímidas.

Red Earl: Dez framboesas, 45 ml de vodca, 15 ml de limoncello e 5 ml de xarope de açúcar dão o recado numa taça coupe. Pode também ser com 13 framboesas, a escolha é sua.

Red Haven: Esse drinque britânico como Harry Potter, aquele que derrotou o inominável, traz nosso conhecido Cynar. São 45 ml de uísque, 20 ml do aperitivo de alcachofra e 20 ml de vinho do Porto ruby.

Rabo de Galo: o Cynar também se destaca em nosso vice-coquetel (só perde para a caipirinha, com o adorável macunaíma logo atrás), perfeito para as recepções diplomáticas durante o aguardado retorno à presidência.

Red Marauder: Leva licor de framboesa preta (15 ml), sucos de limão (7 ml) e de cranberry (45 ml) , e o conhaque (60 ml), que remete à Revolução Francesa, quando se cunhou o negroni dos direitos civis: três doses iguais de liberdade, igualdade e fraternidade.

El Presidente: rum, vermute seco, licor de laranja e grenadine —aliança que garante a eleição de um drinque para não queimar a língua nem o país.

Old Friend: Ah, como é boa a volta de um velho amigo, depois de 11 anos! Leva 45 ml de gim, 20 ml de suco de grapefruit, 10 ml de licor St-Germain e 15 ml de Campari.

Traçado: Finalmente chegamos a essa mescla, que muda de feição a depender do lugar, do freguês e dos ingredientes disponíveis na tasca ou no boteco.

Em Portugal existe o traçadinho, uma combinação de vinho verde, cerveja e açúcar ou água com gás. Tem também a versão com vinho tinto e Coca-cola, pouco recomendável.

Já no Brasil, o traçado, sem o diminutivo luso-sentimental, pode denominar o rabo de galo ou outras tisanas clássicas de birosca, como pinga com jurubeba, groselha, licor de anis ou vermute.

A primeira-dama, já de malas prontas, não aprova —o que é mais um motivo para experimentar.

O caminho está traçado.

Traçado

  • 45 ml de cachaça
  • 15 ml de Campari
  • 5 ml de vermute doce
  • Uma espirrada de limão

Passo a passo
Mexa de leve em um copo com gelo.

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