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Jornalista, foi editor de Opinião. É autor de "Pensando Bem…".

Descrição de chapéu senado

O que as urnas disseram

O mais eloquente é que Jair Bolsonaro se deu mal

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O que as urnas disseram no domingo? Várias coisas. A mais eloquente delas é que Jair Bolsonaro se deu mal.

Dos 13 candidatos a prefeito que o presidente decidiu apoiar, nove fracassaram já no primeiro turno, dois se elegeram —os de Ipatinga (MG) e Parnaíba (PI), que não chegam a ser megalópoles— e dois passaram para o segundo escrutínio —Rio de Janeiro e Fortaleza—, com chance maior de perder do que de ganhar.
Dos três membros da família estendida que concorreram a cargos de vereador ostentando o sobrenome Bolsonaro, só um, Carlos, o zero-dois, conseguiu uma vaga, ainda assim com 35 mil votos a menos do que obtivera em 2016.

Também parece lícito concluir que a onda niilista que tomou de assalto o eleitor em 2018 passou. Prevaleceram nomes e partidos tradicionais. Aparecem nas listas de legendas vitoriosas DEM (depois de quase ter sido extinto nos anos Lula-Dilma), MDB, PSD, PP, PSDB (se triunfar em São Paulo). O PSL, que, na esteira da eleição de Bolsonaro em 2018, se tornara o segundo maior partido (em cadeiras na Câmara), teve até aqui desempenho pior do que pífio.

A esquerda parece estar se recuperando do desastre que foram as municipais de 2016, mas sem a hegemonia do PT. O partido que brilha nestas eleições é o PSOL.

O que tudo isso diz sobre 2022? Um pouco, mas não muito. A aparente mudança de humor do eleitorado é relevante, mas seria um erro tomar os resultados de agora como uma prévia de 22. É que, em eleições locais, o eleitor tende a privilegiar questões locais. O fato de ele ter escolhido agora lideranças mais moderadas não significa necessariamente que repetirá isso no próximo pleito.

Alguns países renovam parte do Legislativo no meio do mandato do presidente. É uma opção interessante para uma eventual reforma política. Dá ao eleitor uma chance de se manifestar sobre a administração, e ao líder, uma oportunidade para corrigir rumos.

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