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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Palmeiras pode estar a caminho da quarta Academia

Três vezes no século passado o clube fez por merecer a honraria. Repetirá?

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A primeira Academia remonta aos anos 1960, seguida por outra nos anos 1970 e por mais uma, nos anos 1990, embora haja quem discuta e diga que Academias de verdade foram só as dos anos 60 e 70.

Por mais breve, porém, que tenha sido o time campeão paulista de 1996, recusar o carimbo nele é injusto.

Saibam a rara leitora e o raro leitor que o apelido nunca esteve necessariamente ligado ao número de títulos conquistados pelos times assim chamados, embora eles tivessem ganhado uma porção deles.

A referência sempre foi à qualidade desempenhada por tantos craques que, se aqui enumerados, seria necessária, no mínimo, a página inteira.

Gustavo Scarpa marca gol contra o Botafogo no Allianz Parque, em São Paulo - Carla Carniel - 9.jun.22/Reuters

A questão posta hoje em dia se estamos diante de uma nova Academia, a quarta da história alviverde, a primeira neste século, ainda se dá mais pelas taças levantadas, principalmente o bicampeonato seguido da Libertadores, do que pela qualidade.

Inevitável que depois da goleada por 4 a 0 sobre o Botafogo, com uma exibição no primeiro tempo que beirou a perfeição e o fecho de ouro no segundo com o golaço de Wesley, a pergunta voltasse a martelar: estamos diante da quarta Academia?

Difícil responder, mesmo que não caiba dúvida de que o Palmeiras é o único time que está jogando futebol gostoso de se ver hoje em dia no país. Se ganhar mais uma Libertadores, ou o Campeonato Brasileiro, a chancela virá inevitavelmente.

Porque em tempos frios de avaliação de resultados ninguém perguntará cadê um Djalma Santos, Valdemar Carabina, Djalma Dias, Julinho Botelho, Ademir da Guia, Luís Pereira, Cafu, Rivaldo, Djalminha, Luizão, Muller, cadê?

Talvez só Weverton possa ser comparado a Emerson Leão, e assim mesmo quem o fizer será acusado de forçar a barra.

Não importa. Importa que está dando gosto ver o Palmeiras e ouvir as entrevistas pós-jogo de Abel Ferreira.

Janio de Freitas, 90

O mestre dos mestres do jornalismo brasileiro completou suas primeiras nove décadas de vida no último dia 9.

Um privilégio merecido para quem as atinge com tamanha lucidez e em plena atividade a ponto de, a cada domingo, nesta Folha, iluminar os fatos nacionais com sua sabedoria.

Em 1995, ao vir trabalhar no jornal, ouvi de seu Frias que seria o Janio de Freitas do esporte da Folha.

Pensei em desistir, por ser missão inatingível.

Continua sendo, embora seja objetivo permanente como são as utopias que nos fazem caminhar.

Viva Janio de Freitas!

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