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Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

Se Trio de Ferro se reunir à mesa, cada um olhará para páginas diferentes do cardápio

Os três grandes paulistanos têm agora metas bem claras até o fim da temporada

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Ao Palmeiras restou ganhar o Campeonato Brasileiro, o que não só não é pouco como é muito, diria até que é o mais importante e, sem dúvida, o mais difícil.

Abel Ferreira disse aos seus jogadores que daqui para a frente, depois da doida eliminação na Libertadores, faltavam 13 finais.

Na verdade, eram 11, porque com sete pontos de dianteira sobre o segundo colocado Flamengo, o alviverde pode dispensar dois jogos.

Gabriel Menino e Murilo, do Palmeiras, marcam Vitor Roque, do Athletico, na semifinal, vencida pelos paranaenses, da Libertadores - Miguel Schincariol - 6.set.22/AFP

O tricampeonato continental seguido, o tetra inédito para um clube brasileiro, a chance de ganhar, enfim, o Mundial que falta, tudo isso tem de ser esquecido em nome do título brasileiro.

As pretensões do rival Corinthians são menores, e uma delas, ganhar a Copa do Brasil, bem menos possível.

Porque, se o time passar pelo Fluminense na próxima quinta-feira (15), em Itaquera, osso duro de roer, embora a seu alcance com apoio da Fiel, as finais contra o Flamengo, nos dias 12 e 19 de outubro, vão se apresentar como desafio para o qual o alvinegro não mostrou ser capaz durante o ano todo.

Daí ser fundamental permanecer atento à busca de lugar no G4 do Campeonato Brasileiro, meio menos difícil de garantir lugar na Libertadores de 2023.

Ao São Paulo sorri a chance de ganhar a Copa Sul-Americana pela segunda vez, agora contra o equatoriano Independiente Del Valle, no dia 1º de outubro, em Córdoba, na Argentina.

Segunda divisão do continente ou não, eis a oportunidade para não passar a temporada em branco e soltar o grito de campeão, assim na base de um passo de cada vez.

No ano passado foi o Paulistinha, agora a Sula —quem sabe o que o aguarda em 2023? Mas tem porque tem de vencer o adversário incomparavelmente menor em grandeza.

Pablo Maia e Patrick comemoram gol contra o Atlético-GO na semifinal, vencida pelo São Paulo, da Copa Sul-Americana - Nelson Almeida - 8.set.22/AFP

Como precisa assegurar final de campanha sem sobressaltos no Brasileiro, porque só falta ganhar uma taça, assegurar vaga na Libertadores e cair pela primeira vez.

Copa do Brasil contra o Flamengo? Esqueça!

Em resumo, se o Trio de Ferro se reunir em torno da mesma mesa, cada um olhará para páginas bem diferentes do cardápio.

Os três, no entanto, bem perto de estar na fase de grupos da Libertadores-2023, dois deles, alviverdes e tricolores, próximos de gritar é campeão, e o alvinegro, provavelmente, sem ter tamanho prazer.

O Majestoso

O São Paulo teve apenas dois dias para se recuperar antes de enfrentar neste domingo o seu maior rival.

A vantagem do Corinthians é óbvia, mesmo no Morumbi.

Que São Paulo teremos?

De ressaca, depois da sofrida e desgastante jornada para eliminar o Atlético Goianiense nos pênaltis, ou de moral elevadíssimo, exatamente por ter superado a desvantagem do 3 a 1 com a vitória por 2 a 0?

São tantas a teorias em torno do futebol que após o clássico, de acordo com o resultado, as explicações girarão por aí: ganhou porque entrou de peito estufado ou perdeu porque estava no bagaço.

Jogadores discutem durante semifinal do Campeonato Paulista 2022 entre São Paulo e Corinthians, no Morumbi, em março - Danilo Verpa - 27.mar.22/Folhapress

Vamos aos números?

Será o 354º Majestoso, com 131 vitórias corintianas, 113 empates e 109 vitórias são-paulinas.

Pelo Campeonato Brasileiro será o 70° clássico: 23 vezes deu Corinthians, e 18, São Paulo. Os empates preponderam, 28.

E, finalmente, pasme: no Morumbi o Corinthians também leva vantagem, com 50 vitórias, 43 derrotas e 59 empates.

Mas, atenção, desde a triste imposição de torcida única, em 2016, o panorama mudou completamente.

O São Paulo ganhou oito vezes, empatou quatro e só perdeu uma, em abril de 2017.

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