Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.
Uma das maiores virtudes do Palmeiras é a nenhuma arrogância nas atitudes
Grupo é capaz de ser alegre sem ser provocador, de ser sério sem ser mal-humorado
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Indiscutível campeão brasileiro pela 11ª, 9ª ou 7ª vez, o Palmeiras ainda fechou a campanha com linda goleada sobre o bom time do Fortaleza, com direito a gols deste utilíssimo Rony, do ídolo Dudu e do xodó Endrick.
Só faltou estar sol à noite ou, ao menos, não chover.
De resto, foi tudo de bom.
Como é ótimo ver o comportamento do grupo, capaz de ser alegre sem ser provocador, de ser sério sem ser mal-humorado e, sobretudo, com taxa zero de arrogância.
Uma equipe que sabe vencer, postura tão difícil como a de saber perder —coisa que estamos vendo nas ações patéticas dos sociopatinhas estimulados pelo sociopatão e seus pervertidos propagandistas fascistoides, quase todos às voltas com denúncias de corrupção no Brasil e fora dele.
Será a quarta Academia?
É o que anda dizendo, com motivos de sobra para tanto, muita gente boa diante de tantas taças acumuladas desde a chegada de Abel Ferreira.
Há divergências.
Talvez seja melhor chamar o elenco tão vitorioso como a primeira Escola Técnica do Palmeiras.
Porque as Academias dos anos 1960/70 e 90 obtinham resultados e encantavam os olhos. As duas primeiras ganhavam do Santos do Rei Pelé, e a terceira era tão espetacular como o Cruzeiro de Tostão, o Inter de Falcão, o Flamengo de Zico ou o de Jorge Jesus.
Julinho Botelho, Djalma Santos, Djalma Dias, Ademir da Guia, Muller, Djalminha, Rivaldo, Edílson eram capazes de genialidades que Raphael Veiga, Gustavo Scarpa e Dudu quase são, mas ainda falta algo. Talvez falte a quem os compara aos acadêmicos ter visto os antecessores, e é possível que passem a ter razão caso Endrick permaneça e se transforme no que aparenta.
Não acusem a rara leitora e o raro leitor, por favor, de saudosista quem cita o Flamengo espetacular de apenas três anos atrás.
Escola Técnica é elogio, longe de minimizar quem quer que seja, porque fruto do entendimento tático do pessoal à disposição pelo treinador. Em notável progresso, diga-se.
De início pragmático na busca de resultados e seguimento igualmente bem-sucedido, com evidente refinamento.
Que este Palmeiras faz história é óbvio e que a campanha em 2022 é admirável até nas copas perdidas, também.
Quanto ao número de títulos brasileiros, a coluna fica com o justo: o Alviverde é eneacampeão porque os dois Robertões têm o mesmo peso dos sete Campeonatos Brasileiros conquistados desde 1971.
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