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Jornalista, assessor de investimentos e fundador do Monitor do Mercado

Descrição de chapéu Eleições 2022

Eleições favorecem Bolsa, mostra levantamento

Semestre anterior ao pleito tende a ser negativo e os seis meses seguintes costumam ser positivos para o Ibovespa

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A queda de mais de 12% do Ibovespa neste ano deixará feridas, principalmente em quem cultivava a esperança de que a pandemia tinha prazo de validade e apostou na recuperação do mercado em 2021. Mas os dados trazem uma boa notícia para quem gosta do mercado de ações, veja só.

O desastre fiscal, a economia empacada e a inflação galopante têm atrapalhado a vida dos investidores. O cenário se agrava com a incerteza típica de um ano eleitoral.

O foco do governo Bolsonaro na reeleição já ficou claro para os grandes investidores. A falta de perspectiva de mudanças estruturais e de compromisso com o teto de gastos afasta o dinheiro do país e torna o mercado mais volátil.

Os pré-candidatos a presidência Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT), Sérgio Moro (Podemos), João Doria (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) - Alan Santos/PR, Divulgação, Agência Senado, Pedro Ladeira e Eduardo Knapp/Folhapress

Acontece que Jair Bolsonaro (PL) não é o primeiro presidente que o Brasil já teve. E não será o último. Apesar de jovem, nossa experiência democrática após a ditadura militar serve como base de comparação e termômetro do mercado financeiro.

Levantamento exclusivo feito pelo site Monitor do Mercado mostra que as perspectivas para a Bolsa até outubro, quando acontecem as próximas eleições, são, sim, das piores. No entanto, depois da tempestade, o mercado tende a respirar aliviado, independente de quem sair vitorioso.

O estudo mostra que nas últimas seis eleições, o semestre imediatamente anterior ao pleito tende a ser negativo para o Ibovespa, enquanto os seis meses seguintes à votação costumam ser positivos.

Às vésperas da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1998 (primeiro dado disponível), o índice caiu cerca de 45% em apenas seis meses. Antes da primeira eleição de Lula (2002), a queda foi de praticamente 35%.

No entanto, após a votação, a Bolsa tende a reagir bem. Nos seis primeiros meses depois da reeleição de FHC, o Ibovespa subiu impressionantes 60%. Após a reeleição de Lula (em 2006), o principal indicador do nosso mercado ganhou cerca de 25% em sua pontuação.

Tirando a primeira eleição de Dilma Rousseff (2010), todas as votações seguiram a mesma lógica: os seis meses após a definição do novo presidente foram positivos para o mercado de ações.

O raciocínio não parece fazer distinção entre candidato ou partido. Mandatários eleitos pelo PT, PSDB ou PSL tiveram sua lua de mel com o mercado.

Quando aumentamos o período da análise, olhando os 12 meses posteriores ao pleito, as altas do Ibovespa são ainda mais significativas. Foram desde 22% de alta após a confirmação de Bolsonaro até 75% de alta com a primeira eleição de Lula. A exceção, novamente, fica a cargo de Dilma Rousseff. Imediatamente um ano após suas duas vitórias nas urnas, o mercado caía.

Como você deve saber, o que incomoda os investidores mais do que qualquer coisa é a incerteza. E a véspera de qualquer eleição é uma verdadeira roleta russa, ainda que as pesquisas tentem mitigar isso, o grau de imprevisibilidade continua altíssimo.

Claro que seis eleições não são uma base perfeita para determinar tendências, mas é essencial levar em consideração os dados que temos à mão na hora de escolher os nossos investimentos. E o passado costuma dizer muito sobre o futuro.

Falando em futuro, um feliz Ano-Novo, com ótimos investimentos, informação de qualidade e bons negócios!

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