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Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

Carro próprio perde prestígio entre os jovens

Aplicativos de transporte e compartilhamentos de carros conquistam os mais novos

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Carro zero foi, por muitas décadas, uma paixão inquestionável dos brasileiros. Tanto que sempre esteve no topo dos objetos de desejo da população. Mas ficou muito difícil dirigir nas grandes e médias cidades, que pararam de construir avenidas, viadutos e pontes, enquanto prefeitos criavam restrições, corredores de ônibus e outras medidas para coibir o uso de veículos particulares.

Enquanto os veículos autônomos —sem motorista— estão em fase de teste, aplicativos de transporte, home office e preocupações ambientais ajudaram a mudar a visão dos jovens sobre o carro, que passou de talismã a vilão.

O investimento em veículos elétricos vai de vento em popa em países europeus, mas não decolou no Brasil. Faltam locais para recarga e os preços são muito salgados.

Na verdade, em se tratando de automóveis, tudo é muito caro mesmo. No preço de um modelo novo, quase 40% são impostos. Como também ocorre com seguros automotivos, estacionamentos (especialmente em áreas mais concorridas das grandes cidades, como é o caso do entorno da Avenida Paulista, em São Paulo), peças, oficinas etc. As taxas cobrados pelos governos, idem, e o combustível também pesa no orçamento, devido aos tributos.

Por outro lado, a multiplicação de ofertas de aplicativos aumentou a concorrência com os táxis, mesmo em horários de pico e dias de chuva.

Surgem, ao mesmo tempo, opções para quem não abre mão do automóvel particular, como é o caso do carro por assinatura. Por um valor fixo mensal, o consumidor tem o carro zero, sem ter de pagar impostos (como IPVA), documentação, seguro e revisão.

Não é barato e o veículo não pertence ao assinante, mas é um serviço que se soma a outros, como o compartilhamento de carros por horas ou dias —carsharing. A carona solidária, contudo, não se desenvolveu tanto quanto poderia, devido a temores quanto à segurança.

Dentre os mais jovens, o uso de bikes cresceu muito e poderia ser ainda maior, se as prefeituras realmente fizessem boas ciclovias. Em alguns casos, só é reservado um espaço na via, o que não evita acidentes de trânsito. Apesar disso, nos últimos anos as bikes têm sido utilizadas até na entrega de alimentos em domicílio. Somente em São Paulo, há 30 mil entregadores ciclistas de apps!

Sem contar o uso de patinetes elétricos, que tem sido regulado depois de alguns conflitos.  
Enfim, o perfil de transporte está mudando no país, embora o metrô, ainda o melhor meio de deslocamento para grandes contingentes de usuários, não se desenvolva como deveria, por falta de recursos públicos, burocracia e má gestão.

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