Siga a folha

Advogada especializada na área da defesa do consumidor.

Compre em lojas de bairro

A solidariedade exigida para amenizar o sofrimento talvez nunca termine totalmente

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Quem tiver condições financeiras, encomende alimentos, bebidas, remédios e outros itens do comércio do bairro. Muitas lojas, mercadinhos, quitandas e feirantes passaram a fazer entregas em domicílio. Assim, você estará valorizando os lojistas da rua e das imediações, que lutam para sobreviver em meio à crise de saúde mais desafiadora das últimas décadas, desde a chamada gripe espanhola.

Também rogo a aqueles que consigam manter a renda neste período que não cancelem os pagamentos de diaristas, empregadas domésticas e academias de ginástica.

É evidente que muitos –microempresários, profissionais liberais e autônomos– enfrentam expressiva redução de renda. Neste caso, terão mesmo de cortar uma série de serviços ou de renegociá-los com as empresas e profissionais responsáveis. Ainda assim, seria melhor conversar antes de simplesmente cortar uma série deles, para evitar maior deterioração da economia nos próximos meses.

Uma empregada doméstica, por exemplo, como sobreviverá se não puder trabalhar e não receber nada? Nesta segunda-feira, foi concluída a votação do auxílio de R$ 600,00, por três meses, para trabalhadores informais. Ajudará, é claro, mas também devemos contribuir para reduzir a crise social que segue o vírus.

Não se trata de ser bonzinho. A solidariedade exigida para amenizar o sofrimento, durante o recolhimento pelo coronavírus, talvez nunca termine totalmente, pois antecipa, de certa forma, ações que teremos de adotar mais adiante, quando inteligência artificial e robôs deletarem milhões de postos de trabalho.

Será inevitável criar programas de renda mínima e mudar as relações de consumo. Se esta pandemia nos fizer raciocinar coletivamente, com menos egoísmo e mais compreensão, acerca das dificuldades enfrentadas por bilhões de pessoas em todo o mundo, teremos evoluído.

Ficou claro que problemas antes distantes, localizados, agora podem afetar as vidas de todos os habitantes do planeta. Dentre eles, a insuficiência de saneamento básico (água tratada e coleta de esgoto), problema grave no Brasil, que ainda não motivou governantes a agir, terá de ser atacada assim que o cenário ficar mais próximo do normal.

Se voltarmos, contudo, ao pensamento autocentrado de antes, continuaremos despreparados para pandemias e catástrofes ambientais, que podem se tornar mais frequentes. Teremos sofrido sem evoluir.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas