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É jornalista e vive em Londres. Cobriu seis Olimpíadas, Copa e Champions. Mestre e professora de jornalismo esportivo na St Mary’s University

Descrição de chapéu Seleção Brasileira

Ancelotti, Mourinho, Dorival Júnior, nenhum deles?

Europa acompanha a distância quem será o próximo treinador da seleção brasileira

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Janeiro costuma ser um mês, digamos, mais calmo para o esporte europeu. No caso do futebol inglês, a agitação com os jogos da Premier League durante o Natal e o Ano-Novo passou, e há uma pausa no campeonato nos próximos dias. A Copa da Inglaterra, segunda principal competição doméstica, ainda começa a engrenar. A janela de transferências de inverno não tem tanta graça quanto a de verão do meio do ano. Até existe uma notícia aqui, outra ali, por exemplo, sobre a saída do inglês Jadon Sancho do Manchester United e sua volta para o Borussia Dortmund; ou qual será o futuro de Kylian Mbappé —será que o craque vai para o Real Madrid daqui a alguns meses?

Fora isso, a falta de assunto até tem gerado, a meu ver, um exagero na cobertura de notícias esportivas que nem teriam tanto destaque assim. Tudo bem que os britânicos adoram o jogo de dardos e conseguiram transformar o hobby dos pubs em torneios vistos por milhares de fãs ao vivo e na televisão. Mas a participação de um adolescente inglês de 16 anos na final do campeonato mundial nesta semana ocupou boa parte da programação do principal canal esportivo do país. No dia seguinte à final, em que perdeu, Luke Littler foi capa de todos os jornais. Se fosse em outra época do ano, dificilmente isso aconteceria.

Dorival Júnior, técnico do São Paulo - Carla Carniel - 21.out.2023/Reuters

Já que sobra tempo para especular sobre o futuro esportivo dos principais clubes e nações do planeta, um dos assuntos em debate pela imprensa inglesa nos últimos dias tem a ver com o Brasil. Há interesse sobre quem será o novo técnico da seleção brasileira, principalmente porque envolveu nomes badalados por aqui.

O tema voltou às páginas esportivas quando surgiu a expectativa de Carlo Ancelotti assumir. Apareceu também quando, em dezembro, o Manchester City disputou a final do Mundial de Clubes contra o Fluminense comandado por Fernando Diniz, então interino na seleção –demitido nesta sexta (5). Dias depois, a confirmação da renovação de Ancelotti com o Real Madrid pôs fim aos rumores. Nesta semana, foi a vez de José Mourinho —que já tem uma enorme habilidade de voltar os holofotes para si mesmo— entrar na tal lista de especulações. Seria esse o novo desafio do português que já ganhou quase tudo treinando clubes europeus? O idioma ajudaria, disse um jornal britânico. O perfil vencedor, também.

Durou pouco. O atual treinador da Roma afirmou na última quarta-feira (3) que nunca foi procurado diretamente pelo Brasil. "Eu disse para o meu agente que, até que o clube decida se eu fico ou não, não quero saber ou falar com mais ninguém", disse o "special one", acrescentando que também acredita na honestidade do clube italiano.

Na Itália, fala-se de que a Roma, em sétimo lugar no campeonato doméstico, a Serie A, estaria procurando um novo técnico. Em um passado recente, Mourinho afirmou que recusou duas ofertas: uma para comandar a seleção de seu país quando Fernando Santos foi demitido depois da Copa do Mundo ("o presidente da federação portuguesa não me disse que eu era a primeira opção, mas sim a única opção") e outra na Arábia Saudita ("a maior e mais louca oferta que um treinador já recebeu na história do futebol").

Os novos rumores, com nomes como o de Dorival Júnior, já começam a chegar, discretamente, em terras europeias. Assim que a definição sair, o mundo do esporte estará aguardando ansiosamente. E a reputação da seleção brasileira agradece.

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