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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Dólar alto deverá ajudar gigante agrícola a alcançar receita recorde

Se concretizada a previsão, será uma alta de 17% em relação à receita de 2017

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A desvalorização do câmbio deve contribuir para o resultado de empresas do agronegócio no Brasil. O dólar bateu em R$ 3,77 na sexta-feira (18).

Na Cargill, vai contribuir para um resultado recorde, segundo o diretor-presidente, Luiz Pretti. “O dólar mais alto ajuda no balanço. Estimo que a receita alcance R$ 40 bilhões pela primeira vez.” 

Navio da Cargill é carregado com soja em terminal do porto de Santos (SP) - Jean-Pierre Pingoud - 20.mar.2003/Bloomberg

Se concretizada a previsão, será um aumento de 17% em relação ao faturamento de 2017. “A Cargill vai bem na volatilidade. Tem uma área de inteligência e é a única a ter banco.”

 Os investimentos devem voltar a crescer no ano que vem. A estimativa é que sejam aportados cerca de R$ 600 milhões —foram R$ 420 milhões em 2017. Será preciso ampliar alguns empreendimentos, como portos, que se aproximam de sua capacidade máxima. 

“Traders”, como a Cargill,  são as principais beneficiadas pela valorização do dólar porque contrataram a compra da produção com a cotação mais baixa, e receberão os grãos com câmbio alto, diz André Nasser, da Associação de Empresas de Óleos Vegetais. 

A cadeia da soja também se beneficia da seca na Argentina, que fará com que o país vizinho tenha uma safra ruim. 

O país deverá exportar 18% a mais em 2018, calcula Nasser. “A grande razão da melhora de margem do setor no país tem a ver com a Argentina.”

Não para a Cargill, diz Pretti. “É indiferente. Ajuda o segmento agro no país e prejudica também —tem preço maior para venda, mas quem consome o produto processado precisará pagar mais.”

A empresa também tem produtos finais, lembra.

23
são as fábricas da Cargill

6
é o total de portos

10 mil
são os funcionários

 

Clínicas e hospitais recuperam 43% de pagamentos bloqueados em SP

Hospitais, clínicas e laboratórios privados paulistas recuperam, em média, 43% dos valores glosados (bloqueados pelo pagador por algum motivo), segundo a Fehoesp (que representa o setor) e a consultoria Websetorial.

Aproximadamente 90% dos bloqueios são efetuados por planos de saúde, mas também há casos em que o responsável é o governo, quando estabelecimentos particulares são contratados para atender a rede pública.

Entre as situações que podem levar ao não pagamento estão erros por parte do prestador de serviço (como o registro incorreto de dados do paciente), o surgimento de custos adicionais que não estavam previstos e inadimplência.

“O nosso grande problema é quando o pagador cria uma dificuldade de propósito. Quando há glosa, o valor é recebido 90 ou 120 dias depois, e isso impacta o nosso caixa diretamente”, diz Yussif Ali Mere Júnior, presidente da entidade.

Quase todos (97%) os estabelecimentos enfrentam algum tipo de glosa, de acordo com a Fehoesp.

 

Com o pé atrás

O índice de segurança de crédito, que mede a parcela de consumidores paulistanos com alguma reserva financeira, subiu 11,5% em maio, segundo a FecomercioSP (federação do comércio).

O indicador subiu de 74,5 pontos em abril para 83,1 neste mês, em uma escala de 0 a 200 (maior reserva).
O aumento maior, de 20,6%, foi entre os endividados.

“Há famílias que recuperaram o emprego, mas estão receosas de retomar o consumo porque não enxergam firmeza na retomada e, por isso, guardam dinheiro”, afirma Fabio Pina, assessor econômico da entidade.

“Pouco mais da metade dos não endividados e um terço dos que têm débitos pendentes faz alguma poupança. No geral, algo em torno dos 35% dizem ter alguma reserva.”

 

Opção pela estabilidade

Cerca de 7% dos trabalhadores brasileiros foram promovidos nos últimos seis meses, segundo a multinacional de recursos humanos Randstad.

A porcentagem é inferior à de países emergentes como China (15%) e Índia (15%). Foram entrevistados ao menos 400 profissionais em cada um dos 33 mercados analisados pela empresa.

Ao se considerar os trabalhadores que mudaram de companhia para assumir outro cargo, o percentual brasileiro cai para 5%.

“Com o desemprego atual, é natural que pessoas fiquem mais inseguras de abrir mão de sua segurança e estabilidade”, afirma Pavel Kerkis, diretor da Randstad. 

“Além disso, não temos tido propostas tão boas como há cinco anos, quando eram oferecidos aumentos salariais de até 40%.”

 

Farmácias A receita das redes independentes que atuam de forma associativa, com a mesma central de compras, subiu 21,5% nos 12 meses até abril, segundo a Febrafar (do setor).

Inteligência artificial A rede de laboratórios Fleury começou a realizar testes genômicos com o software Watson, da IBM, para exames de oncologia.

Flexível Sete em cada dez brasileiros gostariam de trabalhar em casa ou em um local fora do escritório mas não têm essa possibilidade, segundo a Randstad, de recursos humanos. ​

 

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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