Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Projeto que proíbe homenagem à escravidão por empresas e órgãos públicos é articulado na Câmara
Ideia é que PL, de 2019, ganhe força num momento em que estátuas são removidas no exterior
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O mandato da deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) se articula para aprovar com urgência um projeto de lei (PL) de sua autoria que proíbe homenagens relacionadas à escravidão ou a figuras do movimento escravagista por empresas privadas ou órgãos públicos.
A ideia é que o PL, protocolado no final do ano passado, ganhe força neste momento em que estátuas de racistas são removidas na Europa na esteira de protestos nos Estados Unidos.
"Infelizmente, muitos estabelecimentos comerciais e marcas ainda se utilizam de inúmeros nomes e símbolos vinculados ao período da escravidão sem se preocuparem com o fato de estarem fazendo exaltação a um período histórico no qual milhares de pessoas foram sequestradas em seus países de origem, escravizadas, estupradas, sujeitas às mais diversas formas de tortura e mortas", diz o texto.
Entre os exemplos citados, estão hospedagens com o a palavra "senzala" em seu nome e lojas do ramo alimentício que carregam o termo “sinhá”.
Se aprovado, o projeto de lei prevê multa proporcional ao faturamento da empresa privada que descumprir a norma. O valor seria destinado a políticas públicas, programas e projetos voltados à igualdade racial.
Se a ocorrência se der em órgãos públicos, eles poderão ser investigados e submetidos a ação civil pública.
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