Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Mercado Livre estuda processar quem o compara a 'camelódromo digital'
Empresa critica inclusão de seu nome em MP para taxar importações de Shopee e AliExpress
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O Mercado Livre estuda processar por difamação as empresas e associações que apontam a companhia como parte de um "camelódromo digital" e pedem que o governo comece a taxar o comércio eletrônico.
RINGUE
Entre os que encabeçam o movimento contra essas companhias estão Luciano Hang, dono da Havan e amigo do presidente Jair Bolsonaro, Alexandre Ostrowiecki, CEO da Multilaser, a Abrinq (Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos), a Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) e a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).
NO ALVO
Depois das manifestações dos empresários, a Receita Federal divulgou que pode baixar uma MP para impedir que empresas de comércio eletrônico estrangeiras vendam produtos para brasileiros sem pagar os devidos impostos.
NO ALVO 2
Se oficializada, a medida atingirá companhias como AliExpress e Shopee, da China, e Mercado Livre, fundada na Argentina e com atuação no Brasil desde 1999.
ALVO 3
"Parece um antijogo querer colocar o Mercado Livre nesse grupo, querendo prejudicar a nossa imagem", diz Fernando Yunes, vice-presidente sênior da empresa no Brasil. "Ou é isso ou estão desinformados sobre quem somos", segue ele.
RESIDUAL
Yunes aponta que a natureza do negócio do Mercado Livre é completamente diferente das outras citadas. "Enquanto essas empresas têm majoritariamente a importação dos produtos e vendas no Brasil, no Mercado Livre isso é uma pequenininha parte, de 5%", afirma.
LISTA
Ele ainda aponta que a empresa pagou R$ 2,5 bilhões de reais em impostos no ano passado, que o Mercado Livre exige a formalização de seus usuários que atuem com maior volume, que gera quase 7.000 empregos por ano e que a companhia prevê investir no Brasil R$ 17 bi em 2022.
OUTRA COISA
"Nos últimos anos, a gente vem ganhando participação de mercado em todos os trimestres. E, coincidentemente, começam esses ataques com mais visibilidade. Por isso parece um antijogo", avalia Yunes. "Concordamos que o Brasil deve ser mais duro, taxar as importações que vêm da Ásia. Mas não entendemos terem colocado a gente nesse grupo", finaliza.
TELA
A designer Paola de Orleans e Bragança e seu marido, o fotógrafo Tinko Czetwertynski, na abertura das exposições individuais dos novos artistas representados pela galeria Vermelho, Ana Amorim e André
Vargas. Os galeristas Jan Fjeld e Thiago Gomide, dono da Gomide & Co, também compareceram ao evento, ocorrido no sábado (26), em São Paulo.
com BIANKA VIEIRA, BRUNO B. SORAGGI, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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