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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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'Estamos sendo triturados', diz deputado pastor ao pedir saída de ministro da Educação

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O deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) afirmou nesta segunda (28) que os evangélicos estão sendo "triturados" por culpa do ministro da Educação, Milton Ribeiro. O parlamentar pede que Ribeiro "não retarde o seu licenciamento".

"Os únicos que estão apanhando somos nós, os evangélicos", disse Feliciano à coluna. "O ministro é pastor e facilitou a entrada de pastores no MEC. Só está sobrando para nós", seguiu ele.

Ele também fez postagem em uma rede social pedindo a saída de Ribeiro do cargo.

"Caro ministro. Por sua saúde emocional, por sua família que deve estar sofrendo, por nós evangélicos, que estamos sendo triturados, pelo presidente Jair Bolsonaro, que em um ano tão importante está sendo arrastado para essa história estranha, não retarde seu licenciamento!", escreveu o deputado.

O deputado Marco Feliciano (PL-SP)
O deputado Marco Feliciano (PL-SP) - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Ele se une a outros evangélicos que se mobilizaram para conter o desgaste envolvendo o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo episódio em que Ribeiro se envolveu com pastores acusados de negociar a liberação de verbas da pasta em troca de vantagem indevida.

Como antecipou a coluna, a bancada evangélica passou a bombardear o ministro, estudando pedir a demissão dele.

Na terça (22), o pastor Silas Malafaia afirmou à coluna que o ministro Ribeiro "é pastor, e tem que provar que é honesto".

Na sexta (25), ele voltou à carga, e pediu que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal quebrem o sigilo bancário, fiscal e telefônico dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura. Os dois são acusados de fazer lobby e de intermediar a distribuição de recursos do Ministério da Educação (MEC).

"Nós somos mais 200 mil pastores neste país e não vamos tomar lama por causa de dois camaradas", diz Malafaia em vídeo publicado no seu canal no YouTube.

Ribeiro deve ser afastado do cargo para tentar reduzir o desgaste do governo do presidente Jair Bolsonaro (PL)

Interlocutores relataram à Folha que o ministro discutiu o tema com o presidente. A ideia, dizem aliados, é que o titular do ministério argumente que vai se licenciar do posto para se concentrar em sua defesa. Bolsonaro disse na semana passada que 'bota a cara no fogo' por Ribeiro.

Apesar desse argumento, interlocutores destacam que não há justificativa para que o ministro apresente uma licença e que, portanto, deverá ser exonerado.

Com a saída de Ribeiro, o MEC deve ficar so b o comando do secretário-executivo, Victor Godoy Veiga. Mas aliados do centrão já cobiçam o cargo.

com BIANKA VIEIRA, BRUNO B. SORAGGI, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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