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Em dia de julgamento, Bolsonaro aciona STF contra Lula

Petista sugeriu que imóvel milionário de família de Mauro Cid seria de Bolsonaro

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São Paulo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entrará, nesta quinta (22), com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que o presidente Lula (PT) explique as afirmações que fez atribuindo a ele a propriedade de uma mansão milionária nos Estados Unidos.

O presidente Lula e o ex-presidente Jair Bolsonaro - Marlene Bergamo/Folhapress e Gabriela Biló/Folhapress

Bolsonaro protocolará a ação no mesmo dia em que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abre o julgamento que pode torná-lo inelegível.

Em maio, durante evento em Salvador, o petista sugeriu que um imóvel milionário pertencente à família do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, na verdade poderia ser de Bolsonaro.

"Acabaram de descobrir uma casa de US$ 8 milhões do... Como é que chama ele? Do ajudante de ordens do Bolsonaro. Certamente, uma casa de US$ 8 milhões não é para o ajudante de ordens. Certamente, é para o paladino da discórdia, o paladino da ignorância, o paladino do negacionismo", disse Lula, na ocasião.

Na ação, Bolsonaro pede que Lula esclareça o que pretendeu ao dizer a frase acima, a quais pessoas físicas ele se referiu, e quais são as provas e fundamentos para o petista afirmar que o imóvel teria alguma relação com o ex-presidente.

O documento é assinado pelos advogados Paulo Cunha, Fábio Wajngarten, ex-secretário de Comunicação,
Saulo Lopes Segall, Thais de Vasconcelos Guimarães, Daniel Bettamio Tesser, Clayton Edson Soares e Bianca Capalbo Gonçalves de Lima.

Os representantes de Bolsonaro argumentam no processo que o dono da mansão é Daniel Cid, irmão de Mauro Cid. Eles dizem também que a residência foi adquirida por US$ 1,7 milhão (R$ 8,1 milhões), e não US$ 8 milhões.

Afirmam ainda que Daniel tem "longa e consolidada carreira" no setor de tecnologia e segurança digital nos EUA", e construiu "considerável patrimônio de forma completamente lícita".

"Além de haver trabalhado em grandes empresas do setor, é criador de diversos softwares, sendo certo que no ano de 2008, vendeu seu open source 'OSSEC' à empresa Trend Micro, e, em 2017, vendeu sua startup 'Sucuri' para a hospedeira e criadora de websites GoDaddy, companhia em que ingressou como vice-presidente de Engenharia (CEO), deixando o cargo no ano de 2020 para focar em outros projetos. Atualmente, Daniel é proprietário de três companhias", diz trecho da ação.

Segundo os advogados, o histórico profissional de Daniel "não guarda qualquer relação com seu irmão, Mauro Cid, e menos ainda com Bolsonaro que pudessem minimamente lastrear as desatinadas afirmações e insinuações publicamente verbalizadas pelo indagado [Lula]".

"Observe-se, inclusive, que a vida empresarial de Daniel Cid nos EUA é muito anterior ao início do mandato do indagante [Bolsonaro], não tendo qualquer congruência a insinuação de ocultação patrimonial em seu nome", afirmam.

Eles acrescentam que, embora o petista não mencione expressamente o nome de Bolsonaro, a sua intenção seria a de atingir pessoalmente o ex-presidente, "em linha com o discurso que recorrentemente vem notabilizando suas falas públicas desde que assumiu seu mandato".

Por fim, eles reforçam que Bolsonaro não tem qualquer relação com a mansão. "A fantasiosa hipótese insinuada aos ali presentes e à sociedade brasileira em geral —haja vista tratar-se de evento televisionado e imagens amplamente repercutidas e compartilhadas nas redes sociais—, é absolutamente inverídica, e sugere que o indagado [Lula] pretendeu, com esse expediente transverso e sub-reptício, atingir a honra e a imagem do indagante [Bolsonaro]."


PROJEÇÃO

A atriz Nanda Costa recebeu convidados, na noite de terça (20), na pré-estreia do filme "Derrapada". O diretor do longa, Pedro Amorim, e o ator Matheus Costa, que está no elenco da produção, também marcaram presença no evento, que foi realizado no Espaço Itaú Frei Caneca, em São Paulo.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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