Mônica Bergamo é jornalista e colunista.
Marcos Frota, o Tonho da Lua, diz que adoraria voltar a fazer novela
Ator Marcos Frota fala do sucesso de 'Mulheres de Areia' e saudade de atuar na TV
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O ator Marcos Frota conta que estava recentemente com o seu circo em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, quando uma "senhora muito distinta" se aproximou e lhe deu uma bronca. "Ela me disse: 'É que meu neto não quer mais dormir à tarde. Ele tem cinco anos e só dorme depois do Homem das Areias'."
Intérprete do icônico Tonho da Lua, de "Mulheres de Areia" (Globo, 1993), Frota narra a história à coluna para falar sobre o sucesso que, mesmo 30 anos depois, a novela e o seu personagem fazem com o público. O folhetim voltou a ser exibido nas tardes da Globo no fim de junho, o que explica a bronca da avó com o ator.
"Onde eu vou, as pessoas comentam [sobre o Tonho da Lua]. Na verdade, nunca deixaram de falar nesses anos todos", diz o ator.
Ele mesmo afirma não ter muito tempo para rever a trama. Quando consegue dar uma espiada na TV, seus sentimentos são divididos. Há emoção e choro, mas também autocrítica. Mesmo sendo o papel de maior sucesso da sua carreira e um marco da teledramaturgia brasileira, Frota diz que observa momentos em que poderia "fazer melhor".
"É um personagem que me permitia um pouco... não do improviso, mas do molho da cena. Mas tem horas que você está perto de um Raul Cortez, de uma Susana Vieira, de uma Gloria Pires, de um Sebastião Vasconcelos, de uma Laura Cardoso, e é um jogo de atores mesmo, cada um com o seu personagem. É uma arena", detalha. "E, às vezes, o Tonho… Eu vejo e penso que devia ter falado o texto, devia ter dado mais a pegada da cena", prossegue.
"Mas isso também só a gente que sabe", pondera o ator, na sequência.
Frota relembra também os bastidores da novela. Cita que Raul Cortez (1932-2006), o malvado Virgílio, tinha uma atitude muito séria nas gravações. "Ele não brincava em serviço, não". Já com Gloria Pires, a intérprete das gêmeas Ruth e Raquel —uma boazinha com Tonho, e a outra, muito má—, o contato era próximo e marcado pela emoção. "Ela chorava o tempo todo ou ria o tempo todo. Era um deleite."
Além de ter sido muito importante para a sua trajetória profissional, Marcos Frota destaca que "Mulheres de Areia" também foi essencial para que ele conseguisse atravessar a morte da sua primeira mulher, Cibele, em um acidente de carro no fim das gravações.
"Como eu tinha feito o Tonho, eu não pirei. Ele meu deu o estofo espiritual para entender aquela dor", afirma. "Por isso, eu nunca vou esquecer desse personagem, por tudo que ele fez com a minha vida e com a minha carreira", destaca.
Longe das novelas desde 2016, quando fez uma participação em "Sol Nascente", Frota diz que gostaria de voltar a atuar na TV. "Adoraria [fazer novela]. Se me chamarem e o personagem couber em mim, vou, sim. Adoro o corredor, os bastidores das gravações, conversar com os colegas", afirma.
REI DO BLUES
O diretor do MIS (Museu da Imagem e do Som), André Sturm, recebeu convidados na abertura da mostra "B.B. King: Um Mundo Melhor em Algum Lugar" na semana passada, na sede no museu, localizado na capital paulista. A secretária da Cultura, Economia e Indústria Criativa de São Paulo, Marilia Marton, e o empresário Edgard Radesca, dono do Bourbon Music Street Club, estavam presentes.
com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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