Siga a folha

Descrição de chapéu Folhajus

Ministros do STF desconfiam de 'armação' de bolsonaristas e falta de 'piedade' com Mauro Cid

Diálogo do tenente-coronel com amigo em que critica Alexandre de Moraes foi gravado e divulgado e pode interditar delação premiada que livraria militar da prisão

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Os diálogos divulgados pela revista Veja em que o tenente-coronel Mauro Cid faz críticas à Polícia Federal (PF) e ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foram entendidos por parte dos magistrados da Corte como uma tentativa de "armação" de bolsonaristas para tentar desqualificar as investigações.

O tenente-coronel Mauro Cid durante depoimento à CPI do 8 de janeiro, no Senado - Pedro Ladeira - 11.jul.23/Folhapress

Cid foi gravado quando conversava com um amigo sobre o acordo de delação premiada que firmou com a PF. Nas conversas, ele diz que os investigadores já têm uma "narrativa pronta" e que "não queriam saber a verdade, eles queriam só que eu confirmasse a narrativa deles". Afirma ainda que Moraes "é a lei" porque "ele prende, ele solta, quando ele quiser, como ele quiser".

A desconfiança de que bolsonaristas jogaram uma isca para Cid para tentar implodir o inquérito que envolve diretamente Jair Bolsonaro (PL) está calcada no fato de a conversa ter durado mais de uma hora, indicando que o oficial tinha intimidade com quem conversava com ele. O interlocutor, portanto, poderia ser até mesmo um militar ligado à antiga gestão.

Em segundo lugar, as declarações caem como uma luva para os investigados, que argumentavam, há tempos, que Cid estava sendo forçado a dar declarações que incriminassem o ex-presidente e seus auxiliares fardados.

Para magistrados, as pessoas que procuraram Cid para a "armação" não tiveram o menor sentimento de piedade, já que ele tinha optado por uma delação que o livraria da prisão —mas que agora pode ser revertida.

Nesta sexta (22), depois da divulgação dos áudios, Alexandre de Moraes determinou que Cid fosse novamente preso.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas