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Correspondente da Folha na Ásia

Fuga reabre guerra narrativa em torno da prisão de Ghosn

Veículos financeiros globais se dividem na cobertura da justiça japonesa, que o WSJ descreveu como 'inquisição'

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Há um ano, após o franco-brasileiro-libanês Carlos Ghosn ser preso, foi o Wall Street Journal que noticiou que ele “planejava trocar o presidente-executivo da Nissan”, seu subordinado —que foi quem levou a polícia a detê-lo ao descer do avião em Tóquio.

O jornal chegou a publicar o editorial “A inquisição Ghosn”, questionando a justiça japonesa. Agora, sua cobertura volta a contrastar.

Enquanto o Financial Times e o japonês Nikkei, dono do FT, noticiam que o governo do “Líbano pediu a volta de Ghosn uma semana antes de sua fuga”, insinuando cumplicidade, o WSJ publica que na realidade o pedido em favor do “cidadão libanês” foi apresentado “por meses”.

Diferentemente do FT/Nikkei, o WSJ ouve e destaca do ministro Salim Jreissati que “o governo libanês não teve nada a ver com a fuga. Não tínhamos ideia”.

E ouve da mulher de Ghosn, Carole, que está com ele no Líbano: “O melhor presente da minha vida”.

MEIO CHEIO

Os veículos financeiros concordam sobre o primeiro ano de Bolsonaro.

Para o francês Les Échos, esperam-se “os benefícios da mudança liberal” para este ano, “embora o risco político não deva ser negligenciado”. E a revista britânica The Economist (abaixo) destaca em editorial que “O presidente pode se orgulhar de algumas conquistas. Elas vêm com um preço alto”:

FEBRE TROPICAL

Jornais de assuntos gerais foram menos condescendentes na virada do ano. O Washington Post deu em título que “Bolsonaro não para de insultar todo mundo”. O britânico The Guardian amontoa textos críticos sobre “os primeiros 12 meses do presidente de extrema direita”.

O francês Le Monde avisa que é erro pensar que ele é só “uma febre tropical temporária”. O alemão Süddeutsche Zeitung diz que sua “crueza divide a população”. E o indiano Hindu destaca as alegações de “corrupção e vínculo com milícia” contra, no título, “Todos os filhos do presidente”.

OLHAR CHINÊS

Despacho da Agência de Notícias da China evita balanço e projeta “os desafios do Brasil em 2020”. Dois em especial, as eleições municipais como teste duro para Bolsonaro e, mais importante, a “maior dificuldade” para aprovar reformas, devido ao calendário e à “habilidade pobre” de Bolsonaro junto aos parlamentares.

Também o “total de nove feriados prolongados”, critica a segunda maior agência estatal chinesa.

Link citado: http://www.chinanews.com/gj/2020/01-02/9049624.shtml

GLIFOSATO

No Ouest-France (acima), maior jornal francês, "Agrotóxicos no Brasil matam pelo menos 550 bebês e fetos por ano", parte da série "A Amazônia em perigo". O jornal cobre boa parte do interior agrícola do país, contrário ao acordo comercial União Europeia-Mercosul.

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