Correspondente da Folha na Ásia
NYT diz que Brasil é 'alerta para o mundo'
Professor da USP questiona jornal por superestimar variante e sugerir que 'vacina feita na China' seria menos efetiva contra ela
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No New York Times, com a imagem abaixo, "Crise da Covid no Brasil é um alerta para o mundo inteiro, dizem cientistas". Também em destaque, "comunidades podem perder terreno conforme variante mais contagiosa se espalha". Abrindo o texto:
"A Covid-19 já deixou um rastro de morte e desespero no Brasil, um dos piores do mundo. Agora, um ano após o início da pandemia, o país está estabelecendo outro recorde doloroso. Nenhuma outra nação que experimentou um surto tão grande ainda está lutando contra o número recorde de mortes."
O material vem no rastro de reportagens publicadas noutros veículos dos EUA, como Washington Post, Wall Street Journal e CNN.
Mas entra em controvérsia ao afirmar que "estudos preliminares sugerem que a variante [brasileira P1] parece ser capaz de infectar algumas pessoas que já se recuperaram de outras versões do vírus".
Mais até, um deles "sugere que a Coronavac, feita na China, é menos efetiva contra a P1 do que contra outras variantes".
'INTERESSE'
Via mídia social,, o professor da USP Paulo Lotufo questionou o NYT, dizendo que "a narrativa oficial de que a variante P1 seria a causa do aumento dos casos, além de não ter base empírica, serve como desculpa da inação do governo federal", que estimulou o fim do isolamento.
E defende a Coronavac: "Estudo 'preprint' com oito casos, mas 54 autores, alguns com conflito de interesse declarado, ganha destaque e manchetes cuja consequência será desacreditar a única vacina que temos. Difícil continuar o dia". Sobre o conflito, destacou "trabalhos com a Moderna".
Duas semanas antes, o South China Morning Post ouviu o Instituto Butantan e publicou que já haviam sido feitos testes da vacina com as variantes sul-africana e britânica, "com bons resultados".
CAÇA
Mas o temor da variante P1 agora se espalha pelos EUA, com relatos de novos casos da Flórida ao Oregon, também em tom alarmista, do Miami Herald ao tabloide New York Post.
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